Jeanne du Barry - A Favorita do Rei
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Sinopse
Filme de abertura da 76.ª edição do Festival de Cinema de Cannes, este drama biográfico inspira-se na vida de Marie-Jeanne Bécu (1743-1793), uma cortesã francesa de origem humilde que ficou na história por ter conquistado o coração do rei Luís XV, conhecido pelas suas extravagâncias e incontáveis casos extraconjugais, e se ter tornado a sua última amante oficial. Os dois conheceram-se em 1768, tinha ela 19 anos e ele 58, e o seu romance perduraria até pouco antes da morte dele, a dez de Maio de 1774.
Rodada em Versailles e totalmente falada em francês, esta produção contou com um orçamento de 22 milhões de euros (financiado pela Arábia Saudita) e tem realização de Maïwenn — responsável por “Polisse”, vencedor do Prémio do Júri em Cannes, em 2011. A dar vida a Jeanne du Barry está a própria realizadora; a encarnar a personagem Luís XV está Johnny Depp, cuja carreira estava parada desde “O Fotógrafo de Minamata” (2020), de Andrew Levitas. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Jeanne du Barry. Corpos estranhos e um cinema que os ignora
O novo filme de Maïwenn dá, sobretudo, vontade de falar de outros filmes.
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2 estrelas
José Miguel Costa
“Jeanne Du Barry – A Favorita do Rei” é um drama de época escrito, realizado, produzido e protagonizado pela francesa Maiwenn (de modo algo narcísico, e revelando falta de bom senso, já que assume o papel de uma personagem alegadamente com 20 anos), que efectua uma espécie de “crónica” (demasiado fabulada e caricatural) sobre a ascensão e queda da cortesã que dá título ao filme.
Uma plebeia, filha ilegítima de uma cozinheira e um abade, que ganhou um lugar na História por ter-se tornado na amante preferida do rei Luis XV, gerando um enorme escândalo na corte do século XVIII (tanto pelo baixo estatuto social da mesma como pela audácia comportamental por si manifestada).
Rodada em formato 35 mm, é uma obra que enche o olho, ou não fosse quase integralmente filmada no sumptuoso palácio de Versaillhes, com um orçamento de 22 milhões de euros à disposição da realizadora, que lhe permitiu efectuar uma luxuosa recriação de época, nomeadamente ao nível do guarda-roupa.
No entanto, falta-lhe alma e carnalidade, fruto de um guião superficial/insípido e de uma montagem sem rasgo, pelo que nem sequer a presença de Johnny Depp, na sua primeira aparição após o mediatizado julgamento que o opôs à ex-mulher Amber Heard, adensa a “chama à coisa”.
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