Frida

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Histórico, Arte, Drama, Romance 123 min 2002 M/12 04/04/1999 CAN, MEX, EUA

Título Original

Sinopse

Foi um papel disputado, o da mexicana Frida Khalo, ícone da pintura do século XX, comunista, companheira do muralista Diego Rivera, bi-sexual, amante de Trotsky, rosto e olhar carregados por sobrancelhas fartas e bigode. <br/> Madonna reviu-se na imagem dessa mulher e começou a comprar quadros da pintora, a cantora-actriz porto-riquenha Jennifer Lopez cobiçou o papel, mas foi Salma Hayek que ganhou o projecto e conseguiu que autorizassem a reprodução dos trabalhos de Frida e Rivera no filme. "Frida" é a história da pintora mexicana, desde a conturbada relação com o mentor e marido Diego Rivera (Alfred Molina), à relação ilícita com Trotsky - exilado no México e que o casal acolheu em sua casa pouco antes de Estaline o mandar assassinar -, ou às provocantes relações com outras mulheres. A vida de Frida mudou radicalmente em Setembro de 1925, quando foi empalada viva num acidente de autocarro. Houve pessoas que morreram no acidente, Frida teve de se sujeitar a inúmeras operações, mas nenhuma apagou a cor do sangue que mancharia depois toda a sua obra somada à imagem, simultaneamente crua, dura e ao mesmo tempo doce de uma mulher.<p/>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

A pintora e a vida

Mário Jorge Torres

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Frida

Vasco Câmara

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Filme liso

Kathleen Gomes

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Críticas dos leitores

É muita Salma Hayek para pouca Frida Kahlo

Ricardo Pereira

Existem personagens que de tão fortes e complexos, são garantia de uma boa história – mesmo que esta não seja lá muito bem contada. É o caso de Frida Kahlo (1907-1954), pintora mexicana que é considerada a primeira artista surrealista da América Latina. O filme de Julie Taymor, “Frida”, é seguramente uma dessas histórias que podem ser contadas sem muita profundidade ou compromisso com a verdade e que, ainda assim, dão um bom resultado final. Frida foi uma dessas personagens maiores do que a própria vida, em matéria de comportamento, sexualidade, arte, política, numa época em que tudo isso ainda não tinha virado moda. Casou-se com uma figura muito semelhante – Diego Rivera – e não raro o superou. Os dois se engajaram em todas as causas políticas de seu tempo. Apoiaram a Revolução Russa, mas deixaram o Partido Comunista depois dos expurgos e dos massacres imputados a Estaline. Rivera tornou-se famoso a ponto de ser convidado a pintar um mural para o Rockfeller Center, em Nova Iorque, pelo milionário Nelson Rockfeller. Mas os dois desentenderam-se porque o artista se recusou a apagar o rosto de Lenine na pintura (um episódio relatado com muito mais destaque em “Cradle Will Rock”, de Tim Robbins). Diego e Frida tiveram um casamento aberto e tempestuoso, com muitos amantes de ambos os lados e Frida flertando abertamente com a bissexualidade. Não há dúvida de que sua vida merece um filme, ainda mais que a história e os manuais de arte muitas vezes lhe fazem a injustiça de colocar sua pintura extremamente criativa e pessoal como um mero rodapé do mais celebrado Rivera. Tecnicamente, Frida é impecável, da trilha sonora de Elliot Goldenthal (que venceu o Óscar) à fotografia de Rodrigo Prieto, com interessantes efeitos especiais que fundem a vida e a obra da pintora. E Chabela Vargas cantando “La Llorona” diante de uma garrafa vazia de tequila é um momento especial, mas não deixa de ser um apêndice – mais ou menos como o foi Caetano Veloso cantando “Cucurucucu Paloma” em “Habla Con Ella”, de Pedro Almodóvar. Pena que ao refinamento visual e ao bom gosto plástico não corresponda um mínimo de preocupação em se investigar os sentidos mais profundos da arte e da trajectória pessoal de Frida Kahlo. Não nego as boas intenções de Julie Taymor e Salma Hayek – ao que consta, fascinada pela artista desde os 14 anos. Mas, pessoalmente, seria preferível retratar uma Frida com mais bigode, como aquela que o mexicano Paul Leduc retratou em Frida, Natureza Viva, de 1984, com Ofelia Medina no papel principal – que Julie Taymor, aliás, alegou não ter visto. Pode-se dizer que é muita Salma Hayek para pouca Frida Kahlo. O corpo nu que aparece nas telas quando a personagem Frida está mostrando uma de suas cicatrizes, é o maravilhoso corpo de Salma Hayek. Nada a ver com o corpo de quem havia passado por mais de dez cirurgias, algumas experimentais, tinha a coluna estilhaçada, um pedaço da pélvis enxertado na coluna e um pé torto. A irmã de Frida, Cristina, foi personificada pela belíssima Mia Maestro. A primeira mulher de Diego por Valeria Golino. E a anfitriã dos artistas mexicanos de então, Ashley Judd. Onde estão as mulheres dos anos trinta, redondinhas e cheia de pelos debaixo do braço?
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Frida com muita cor mas pouca dor

Carla Laranjeira

Tenho de começar por dizer que gostei muito do filme! Que não me choca nada o quase excessivo folclore presente no filme - esse folclore é mexicano, é da pintora, existia nas suas roupas, nas suas casas e inesperadamente na sua pintura. E digo inesperadamente porque a pintura de Frida Khalo vive também, e muito, da sua DOR. E é isso que falta no filme. A dor no filme mostra-se nos seus quadros e raramente na personagem, que fala dela, de vez em quando. E a dor de Frida não foi ocasional - foi longa, dura, castradora, ardente, constante desde o fatídico acidente. E foi com essa dor que ela pintou, que ela riu e que ela aguentou aquela avassaladora e desigual relação com Diego Rivera. Falo de dor física, das dores que o sangue, os ferros e as rugas dos seus quadros nos mostram. Uma espantosa Salma Hayek (que não teria desmerecido o Oscar) a quem falta apenas mostrar um pouco mais de sofrimento no olhar. A não perder! Que nos abra o apetite para a única biografia da pintora existente em Portugal!
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Frida no seu melhor!!!

Cpinheiro

Muito bom! Conhecia "por alto" a história da mexicana Frida Kahlo. Sabia que tinha tido uma vida sofrida, mas não fazia ideia dos dramas vividos. Este filme retrata de forma exemplar a vida da pintora. Quanto a mim, realização e produção estão de parabéns, embora não me consiga habituar a ouvir "espanhóis"(mexicanos neste caso), a falar inglês, Acho que o filme teria sido muito melhor se fosse versão espanhola. De qualquer forma, recomendo, sem dúvida alguma!
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