Foi um papel disputado, o da mexicana Frida Khalo, ícone da pintura do século XX, comunista, companheira do muralista Diego Rivera, bi-sexual, amante de Trotsky, rosto e olhar carregados por sobrancelhas fartas e bigode. <br/>
Madonna reviu-se na imagem dessa mulher e começou a comprar quadros da pintora, a cantora-actriz porto-riquenha Jennifer Lopez cobiçou o papel, mas foi Salma Hayek que ganhou o projecto e conseguiu que autorizassem a reprodução dos trabalhos de Frida e Rivera no filme.
"Frida" é a história da pintora mexicana, desde a conturbada relação com o mentor e marido Diego Rivera (Alfred Molina), à relação ilícita com Trotsky - exilado no México e que o casal acolheu em sua casa pouco antes de Estaline o mandar assassinar -, ou às provocantes relações com outras mulheres. A vida de Frida mudou radicalmente em Setembro de 1925, quando foi empalada viva num acidente de autocarro. Houve pessoas que morreram no acidente, Frida teve de se sujeitar a inúmeras operações, mas nenhuma apagou a cor do sangue que mancharia depois toda a sua obra somada à imagem, simultaneamente crua, dura e ao mesmo tempo doce de uma mulher.<p/>PUBLICO.PT