Céu Em Chamas

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Comédia Romântica 102 min 2023 M/12 23/11/2023 ALE

Título Original

Sinopse

Leon, Nadja, Devid e Felix encontram-se numa casa de férias junto ao Mar Báltico. O Verão é quente e o calor abrasador intensifica-se quando um grande incêndio deflagra na floresta próxima. À medida que os dias vão passando, eles vão-se entregando ao desejo e ao amor, mas também a um certo ressentimento, criando um ambiente algo claustrofóbico.

Urso de Prata no Festival de Cinema de Berlim e realizado por Christian Petzold (“Bárbara”, “Phoenix”, “Em Trânsito”), este filme é o segundo tomo numa série de obras inspirada nos quatro elementos, iniciada com "Undine" (2020).  PÚBLICO

Críticas dos leitores

Comédia romântica??! (contém spoilers)

Teresa Soares

Como se classifica um filme com uma carga dramática tão violenta de comédia? Dois jovens morrem carbonizados vivos num incêndio florestal, outro jovem sofre de depressão e o único adulto do filme de cancro. Por favor!

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Céu em chamas

Fernando Oliveira

Nos filmes de Christian Petzold, os personagens estão sempre em perigo. Em “Céu Em Chamas” há um grupo de personagens a viver numa casa isolada numa floresta junto à praia na costa do Mar do Norte, incêndios florestais estivais são uma ameaça sussurrada. Os personagens são Felix, o filho da proprietária da casa, fotógrafo; o amigo, Leon, que quer aproveitar o sossego para terminar o romance que está a escrever; Nadja, filha de uma amiga da mãe de Felix, que vende gelados na vila vizinha; e Devid, o nadador-salvador na praia e amante de Nadja. Petzolf gosta de melodramas paralisados emocionalmente, que mostram a tremenda fragilidade das relações afectivas entre os seus personagens “esmagados” pela incompreensão que sentem pelos, e dos, outros. Personagens obsessivos, obsessões escondidas por máscaras que criam. São narrativas que parecem estagnadas por uma inevitabilidade: a felicidade como uma coisa impossível de alcançar. A exaltação do amor que nos era contada no melodrama do Cinema clássico americano num final feliz é em Petzold levada para o lado do sacrifício: a desistência ou a morte dos amantes. “Céu em chamas” até parece que nos afasta do melodrama; Leon que parece ser o personagem mais olhado pelo realizador não consegue escrever, e culpa todos os outros, tudo o incomoda; mas apaixona-se por Nadja assim que a vê a primeira vez; mas, entorpecido, vai deixando tudo acontecer à sua volta, quando reage a algum acontecimento é agressivo, arrasta-se pelo filme. Depois há um poema de Heine declamado por Nadja, o melodrama ali está, mas é tarde demais, a tragédia acontece logo a seguir. Mas há os sorrisos esboçados no final… Primeiro a água (em “Undine”), agora o fogo. Petzold inspira-se nos elementos primordiais da mitologia para nos contar as suas histórias de amor tristes. Há em “Céu em chamas” uma inquietante estranheza (assombrada por “In my mind”, uma canção de uma banda austríaca, os Wallners, que desconhecia), um olhar distanciado mas onde o realizador consegue fazer brotar o desejo, o amor, o ciúme, as angústias que habitam os seus personagens. E o confronto entre esta frieza e aquilo que é mais íntimo a cada um deles é apaixonante de se ver. Com a magnífica Paula Beer, e Thomas Schubert, Langston Uibel e Enno Trebs, “Céu em chamas” é um belo filme sobre perdição, e não é na essência isto o tema do melodrama? (em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.com")

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Sensível e delicado drama

Lucas

Este realizador já fez várias obras primas. Este pode ser um filme menor no percurso dele, mas é também uma depuração do estudo que faz das personagem conflictantes com os seus universos. Melhor que "Undine" mas não tão bom quanto "Transit" ou "Phoenix", o filme oferece belas transformações e dramaticas viragens rumo a um climax filmado com grande sensibilidade. A ver.

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