As Bonecas Russas

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Comédia Romântica 125 min 2005 M/12 20/10/2005 FRA, GB

Título Original

Les Poupées Russes

Sinopse

Cinco anos depois das suas aventuras em Barcelona, Xavier (Romain Duris), o herói de "A Residência Espanhola", vive agora em Paris e tenta a realizar o seu sonho de infância: ser escritor. No entanto, sente-se um pouco perdido, pois ganhar a vida como escritor não é assim tão fácil como ele poderia supor. Para além disso, a sua busca pela mulher perfeita fá-lo saltar de namorada em namorada, numa série de relações inconsequentes. Vai mantendo pequenos trabalhos para conseguir sobreviver, de jornalista a argumentista de televisão e a "babysitter" do filho da ex-namorada. Com tanta coisa junta, Xavier tem dificuldade em concentrar-se. Mas uma viagem a Londres e a São Petersburgo vai permitir-lhe reconciliar o trabalho, a escrita e o amor. <p/>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

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Vasco Câmara

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Luís Miguel Oliveira

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Bonecas russas e uma salada russa

Mário Jorge Torres

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Críticas dos leitores

Depois dos 20, antes dos 20

Gonçalo Sá - http://gonn1000.blogspot.com

Depois de, em 2002, o bem-sucedido e muito acarinhado "A Residência Espanhola" ter apresentado uma perspectiva vibrante e envolvente sobre os dilemas da juventude europeia, Cédric Klapisch regressa agora com um novo olhar sobre as personagens que tornaram esse título numa marcante obra de culto. "As Bonecas Russas" ("Les Poupées Russes") volta a seguir o dia-a-dia de Xavier, que agora já não vive uma atribulada experiência em Barcelona através do programa universitário Erasmus mas tenta desenvolver um percurso profissional como escritor em Paris, mesmo que quase só seja solicitado para trabalhos pouco prestigiantes.<BR/><BR/>O filme centra-se no seu protagonista de forma mais vincada do que o seu antecessor, o que implica que Klapisch faça escolhas quanto às personagens com que este se relacionará de forma mais aproximada, reduzindo assim parte do elenco multicultural d'"A Residência Espanhola" a meros figurantes, com uma presença algo dispensável e meramente decorativa.<BR/><BR/>Se este factor retira algum do carisma, uma vez que a saudável pluralidade dá lugar a um argumento mais agarrado ao protagonista, também acaba por expor uma maior concisão e permite o desencadear de uma densidade emocional mais considerável, ainda que o filme seja essencialmente leve, acessível e imediato.<BR/><BR/>Cosmopolita, irónico e divertido, "As Bonecas Russas" consegue ser uma cativante experiência cinematográfica ao proporcionar um realista e palpável relato sobre os encantos e desencantos do crescimento, focando agora, não o fim da adolescência, mas a alvorada da idade adulta - e apesar das personagens terem envelhecido cinco anos, o rumo das suas vidas continua tão indefinido e volátil como o dos tempos universitários.<BR/><BR/>Apostando num ritmo dinâmico que origina uma narrativa fluida e apelativa, Klapisch oferece também, no entanto, alguns momentos de um absorvente intimismo, mergulhando no âmago das personagens e nas inquietações por detrás da sua aparente energia e vivacidade.<BR/><BR/>Ora aproximando-se dos cânones da comédia romântica (mas fugindo ao facilitismo), ora enveredando por domínios do "road movie", contendo ainda uma lógica de filme-dentro-do-filme (através dos ocasionais momentos que seguem as histórias escritas por Xavier), "As Bonecas Russas" alterna seriedade (nos diálogos do par central, por exemplo) com sátira (as piscadelas de olho à ficção televisiva) e essa mistura revela-se consistente e inventiva.<BR/><BR/>Entre Paris, Londres e São Petersburgo, são abordadas questões como as dificuldades das relações amorosas, as incertezas da vida profissional, as orientações sexuais, a relevância da amizade e da família, os contrastes de culturas ou o crescimento e a (falta de) maturidade, temas que já se destacavam n'"A Residência Espanhola" mas que ganham aqui um novo fôlego.<BR/><BR/>Mesmo estando um pouco abaixo desse primeiro capítulo – o factor surpresa não é tão elevado -, "As Bonecas Russas" conta com um elenco igualmente coeso (Romain Duris e Kelly Reilly estão especialmente inspirados), uma montagem e argumento não menos criativos e uma banda sonora que, mais uma vez, assenta na perfeição (agora a grande canção não é "No Surprises", dos Radiohead, mas a belíssima "Misteries", de Beth Gibbons). Pode não ser um dos filmes essenciais de 2005, mas é um dos mais irresistíveis, e quem procurar uma proposta simultaneamente lúdica e inteligente tem aqui um título de visita obrigatória. Boas viagens. 3,5/5 - Bom.
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Depois dos 20, antes dos 20

Gonçalo Sá - http://gonn1000.blogspot.com

Depois de, em 2002, o bem-sucedido e muito acarinhado "A Residência Espanhola" ter apresentado uma perspectiva vibrante e envolvente sobre os dilemas da juventude europeia, Cédric Klapisch regressa agora com um novo olhar sobre as personagens que tornaram esse título numa marcante obra de culto. "As Bonecas Russas" ("Les Poupées Russes") volta a seguir o dia-a-dia de Xavier, que agora já não vive uma atribulada experiência em Barcelona através do programa universitário Erasmus mas tenta desenvolver um percurso profissional como escritor em Paris, mesmo que quase só seja solicitado para trabalhos pouco prestigiantes.<BR/><BR/>O filme centra-se no seu protagonista de forma mais vincada do que o seu antecessor, o que implica que Klapisch faça escolhas quanto às personagens com que este se relacionará de forma mais aproximada, reduzindo assim parte do elenco multicultural d'"A Residência Espanhola" a meros figurantes, com uma presença algo dispensável e meramente decorativa.<BR/><BR/>Se este factor retira algum do carisma, uma vez que a saudável pluralidade dá lugar a um argumento mais agarrado ao protagonista, também acaba por expor uma maior concisão e permite o desencadear de uma densidade emocional mais considerável, ainda que o filme seja essencialmente leve, acessível e imediato.<BR/><BR/>Cosmopolita, irónico e divertido, "As Bonecas Russas" consegue ser uma cativante experiência cinematográfica ao proporcionar um realista e palpável relato sobre os encantos e desencantos do crescimento, focando agora, não o fim da adolescência, mas a alvorada da idade adulta - e apesar das personagens terem envelhecido cinco anos, o rumo das suas vidas continua tão indefinido e volátil como o dos tempos universitários.<BR/><BR/>Apostando num ritmo dinâmico que origina uma narrativa fluida e apelativa, Klapisch oferece também, no entanto, alguns momentos de um absorvente intimismo, mergulhando no âmago das personagens e nas inquietações por detrás da sua aparente energia e vivacidade.<BR/><BR/>Ora aproximando-se dos cânones da comédia romântica (mas fugindo ao facilitismo), ora enveredando por domínios do "road movie", contendo ainda uma lógica de filme-dentro-do-filme (através dos ocasionais momentos que seguem as histórias escritas por Xavier), "As Bonecas Russas" alterna seriedade (nos diálogos do par central, por exemplo) com sátira (as piscadelas de olho à ficção televisiva) e essa mistura revela-se consistente e inventiva.<BR/><BR/>Entre Paris, Londres e São Petersburgo, são abordadas questões como as dificuldades das relações amorosas, as incertezas da vida profissional, as orientações sexuais, a relevância da amizade e da família, os contrastes de culturas ou o crescimento e a (falta de) maturidade, temas que já se destacavam n'"A Residência Espanhola" mas que ganham aqui um novo fôlego.<BR/><BR/>Mesmo estando um pouco abaixo desse primeiro capítulo – o factor surpresa não é tão elevado -, "As Bonecas Russas" conta com um elenco igualmente coeso (Romain Duris e Kelly Reilly estão especialmente inspirados), uma montagem e argumento não menos criativos e uma banda sonora que, mais uma vez, assenta na perfeição (agora a grande canção não é "No Surprises", dos Radiohead, mas a belíssima "Misteries", de Beth Gibbons). Pode não ser um dos filmes essenciais de 2005, mas é um dos mais irresistíveis, e quem procurar uma proposta simultaneamente lúdica e inteligente tem aqui um título de visita obrigatória. Boas viagens. 3,5/5 - Bom.
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Humor absolutamente divinal

Filipa

Escusam de me falar em clichés, lugares comuns e afins, porque este filme é uma comédia de ir às lágrimas. Quem é que precisa de profundidade para dar uma gargalhada? O propósito é fazer rir, e faz. Objectivo cumprido. Tem toques de humor absolutamente divinais, de tão absurdos. Além disso retrata as nossas preocupações mais comuns, os nossos erros de sempre, os nossos sonhos mais profundos - de uma forma leve, simples (porque nem tudo o que é simples é mau). Julgo não ser difícil para qualquer um de nós rever-se na busca incessante e tantas vezes infrutífera do amor perfeito, da pessoa perfeita. Um filme que nos põe muito bem-dispostos, mas que nos deixa a pensar.
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Ora essa...

Ana

Bem, que o primeiro filme era bom, isso não nego. Envolvia-nos no espírito do Erasmus e dava-nos vontade e passar pelas mesmas coisas. Mas este... Devo confessar que fiquei um pouco desiludida... Não digo que o filme seja mau, não é isso. Mas falta-lhe qualquer ingrediente que "A Residência Espanhola" tinha que o fazia funcionar... É um bom filme para ver em casa, quentinho, junto à lareira. É um mau filme para ir ver ao cinema, com a expectativa de algo tão grande ou maior que o primeiro. Mas afinal... nunca se gosta tanto da sequela como do primeiro filme. Especialmente se esse filme for tão especial como "A Residencia Espanhola" foi para tanta gente.
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Grande filme!

Vítor Hugo

Quem não gostou do filme que faça Erasmus! Só quem fez Erasmus percebe a verdadeira essência do filme, já que o realizador é um aluno ex-Erasmus também. É um filme que retrata quase na perfeição a panóplia de sensações vividas na experiência em causa. Só devemos falar ou escrever quando temos a certeza absoluta da exactidão do que vamos dizer ou escrever...
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Obrigado Mário Torres

João Gargaté

Finalmente encontro alguém com a mesma opinião que eu tive em relação a este filme farçola. Se me soubesse exprimir como o Mário Torres, teria certamente escrito qualquer coisa muito parecida. Portanto, não faço minhas as palavras do Mário, mas faço minhas as ideias do Mário em relação a este filme
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Peso médio

kalash

É certo e sabido que fazer 30 anos implica um balanço. Teoricamente a charneira da vida anda algures por aí. Nivelando a questão pelo indivíduo-padrão (sem qualquer espécie de dramatismos e/ou comportamentos que fujam ao que se convencionou por chamar de "normalidade", portanto), é um "assunto/estado de espírito" que muito dificilmente será motivo para a criação de uma obra-prima (seja em cinema ou em qualquer outra linguagem). E é por aí que o filme resulta, numa leve e inteligente "conversa de café" devidamente actualizada ao contexto dos nossos dias. Nada mais que isso, porque afinal o assunto não pede/dá mais que isso. Segue para a prateleira dos pesos médios, entre o "High Fidelity"e o "Lost in Translation".
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Se todas as sequelas fossem assim...

Pedro Nunes

Concluí o meu curso em Erasmus. E identifiquei-me com o final da "Residência Espanhola", no momento em que Xavier vai a uma entrevista de trabalho. Já nas "Bonecas Russas", identifiquei-me com Xavier mesmo antes de o filme começar. Fui para a sala de cinema com uma grande mala de viagem e uma mochila às costas. "Ora não há forma melhor de estar no espírito do filme" - pensei eu... E lá embarquei nesta nova aventura. E que agradado fiquei! Este filme é claramente uma comédia romântica. Mas não é uma comédia romântica igual às outras. Nas outras comédias românticas segue-se sempre a mesma receita. Juntam-se duas pessoas de realidades completamente diferentes num amor impossível, que apesar das dificuldades vence tudo. Neste filme não. Foca-se numa história de amor possível de acontecer, e incide-se antes na teorização do amor para um jovem adulto: expectativas, alegrias e desilusões. Existirá o verdadeiro amor?<BR/><BR/>Nas outras comédias românticas as relações dos personagens principais derrapam pelas pressões sociais ou pelos mal-entendidos. Nesta derrapam pela incessante busca da pessoa perfeita, por parte de Xavier. Nas outras comédias românticas eu saio do cinema a sorrir. Nesta eu saio do cinema a pensar. Juntando a tudo isto que podemos ainda reviver as personagens e a mistura de culturas que já caracterizavam a "Residência Espanhola". O que é um valor acrescentado.<BR/><BR/>Mas não se pense que este filme apresenta a mesma receita que ditou o sucesso da "Residência Espanhola". Este filme é diferente! Este filme é muito à frente... Agora, fico à espera da sequela da sequela. O que será que lhes acontece daqui a 10 anos? É que se Cédric Klapisch me conseguiu impressionar com o seguimento da "Residência Espanhola", imagino o que conseguirá fazer se criar o seguimento das "Bonecas Russas"... Cinco estrelas.
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A Rússia aqui tão perto!

José Miguel Oliveira

Cédric Klapisch está melhor que nunca. Efectivamente, para aqueles que como eu se reencontraram na "Residência Espanhola", este filme é uma magnífica fotografia dos dilemas, desencontros e encontros dos anos pós-universidade. O problema, ou não, da precaridade do emprego, do sentido da vida, das pressões familiares, dos amores recalcados, das paixões de sonho e da incerteza do amanhã estão, quanto a mim, perfeitamente explicitados por Klapisch. De uma grande actualidade, este filme é a revelação de um mundo cada vez mais global, onde já nada é como nos apresentaram. França e Inglaterra estão cada vez mais unidos e a Rússia está à distância de um lindo passo de ballet. Vodka e Skodas marcam o estilo de um sonho de jovem onde a mais idolatrada simetria cai por terra.<br/><br/>A realidade está à distância de uma mensagem de telemóvel, num olhar (e que olhar) que parte numa carruagem de comboio. Um filme muito real que nos permite descobrir que todos atravessamos as mesmas perguntas, sempre na esperança de encontrar a última das bonecas russas. Feliz dos que a encontram, felizes daqueles que, ao não a encontrarem, esperam pelo próximo filme da Klapisch. Bravo.
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