Anything Else - A Vida e Tudo o Mais

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Comédia Romântica 108 min 2003 M/12 29/01/2004 EUA, FRA

Título Original

Anything Else

Sinopse

É uma história de amor entre duas pessoas muito neuróticas. Jerry Falk (Jason Biggs), aspirante a escritor em Nova Iorque, está habituado a uma vida sem surpresas. Mas essa vida não está a ir a lado nenhum. Jerry tem um agente que não consegue despedir por caridade, mas que quase não lhe arranja trabalho. E é junto de Dobel (Woody Allen), um professor de 60 anos, meio obsessivo-compulsivo e que também aspira a ser escritor, que Jerry procura conselhos. Um dia, Jerry apaixona-se à primeira vista por uma jovem mulher emancipada chamada Amanda (Christina Ricci). E, rapidamente, descobre que afinal a vida (com a imprevisível, belíssima, bulímico-frígida Amanda) pode ser uma verdadeira caixinha de surpresas. "Anything Else - A Vida e Tudo o Mais" é a última comédia, com sabor "agridoce", de Woody Allen. <p/>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

Play it Woody, again

Kathleen Gomes

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Uma infinita tristeza

Mário Jorge Torres

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Nostalgia

Vasco Câmara

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Críticas dos leitores

Só visto mesmo!

Madalena Marques

Realmente, só visto mesmo! Um filme bem disposto, num ambiente simpático acompanhado sempre duma musiquinha Jazz... Genial! Coisas do dia-a-dia, mas que são sempre únicas, consoante as diferentes pessoas. Dúvidas, pensamentos, filosofias, muitas filosofias. Espontaneidade. Um jogo de vidas cruzadas. Um bom momento à frente do ecrã que nos deixa a pensar depois que saímos da sala de cinema. Obrigada, Woody Allen!
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Sempre inovador

Isabel Abecasis

Mais uma vez um filme de Woody Allen surpreende pela positiva. A genialidade e talento do criador não se esgotam com o passar dos anos. Quando fui ver este filme, após tantos que já vi deste autor, pensei ir assistir a algo "déjà vu". Mas não. Os diálogos, o tema e tudo o mais continuam inovadores.
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Allen ao seu melhor nível

F. Castro

Quando se vai ver um filme de Woddy Allen, é quase sempre uma aposta segura. Nem sequer espero grandes surpresas. Sei que vou assistir a um filme de alguém que filma Nova Iorque (o Central Park então!) como mais ninguém. Os filmes últimos de Allen mais parecem uma série, tal a semelhança do argumento, as ideias exploradas ou até os personagens. Isto, claro está, não é uma observação negativa. "Aquilo" é tão bom que no fim do nos resta desejar que o ano passe depressa para o próximo episódio de Allen! Um comentário final para as interpretações de Biggs, nem tão bom como Branagh na interpretação do próprio Woody mas, mesmo assim, muito bom; e de Ricci, que encarna o personagem de uma forma superficial genial.
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Eternamente Woody Allen

Sandra Henriques

Jason Biggs surpreendeu-me pela positiva. Christina Ricci nem tanto... Woddy Allen foi Woody Allen. A sátira constante do homem judeu - mas ateu - que tem a mania da perseguição e a realidade americana de como é fácil construir um autêntico arsenal caseiro. Nova Iorque sem as imagens do Ground Zero, felizmente, porque já cansa. Central Park como a clareira da selva urbana. As únicas críticas más que tenho a fazer são às cinco pessoas que se sentaram ao meu lado. Se tivesse dinheiro, tinha comprado os bilhetes para aqueles cinco lugares. Uma ida ao cinema não deveria ser a opção de quem não tem mais nada de interessante para fazer numa terça-feira à noite. Por essas e por outras, sou e sempre serei fã das matinées. Talvez porque o protagonista do filme fosse Jason Biggs, acharam que fosse uma espécie de "American Pie" escrita e dirigida por Woody Allen. Porque Woody Allen não deve arrancar gargalhadas explosivas, mas sorrisos cúmplices de quem já o conhece muito bem. Porque, apesar de tudo, consegui concentrar-me no filme por cima das sonoras expressões brejeiras do meu "colega" de fila: "Oh filha, 'tás lá gorda agora! 'Tás boa!"; "As conversas das gajas são sempre a mesma coisa"... Apesar de tudo, é um bom filme, daqueles que se vêem uma e outra vez.
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Erros de casting

V. Guerra

O filme só tem piada, no estilo decadente de Woody Allen, quando ele aparece. Por isso, há ali meia hora, na primeira parte, onde os actores despejam texto, sem provocar mais do que enfado. Há a excepção do clássico de Vito. Ainda virá mais Allen? (Bem, Oliveira já vai nos 95 anos...)
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Mais do mesmo

Pedro Policarpo

Woody Allen sempre nos habituou a um estilo próprio e característico. Mas não basta o histórico e a obra Allen como realizador, argumentista e actor para fazer este filme sobreviver. Não basta o talento indiscutível de actores como Danny de Vito ou Adam Sadler para que um pobre argumento, com um registo de humor próximo da basicidade de um mau episódio dos malucos do riso onde não existe consolidação de nenhum personagem com coerência, nos faça sorrir com velhas piadas ou objectos que caem. Já esperaríamos Nova Iorque, os clássicos do jazz, a simplicidade e a abordagem de temas simples da vida do dia-a-dia, mas quando a fórmula é a mesma o risco é a dobrar, e o que se exige a este filme é muito mais do que aquilo que ele nos dá. A análise e a crítica deve, e têm de, saber distinguir a obra dos autores. E se mesmo Adam Sadler, o mais novo, merece já os nossos créditos (veja-se a diferença deste desempenho do apresentado no "Embriagado de Amor" de PT Andersen), temos de ter a objectividade para afirmar que este é um filme falhado.
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Conto de fadas

Luís Coelho

"Anything Else" é realmente "como tudo o resto". Quer dizer... como todos os outros filmes de Woody Allen: um conjunto curioso de associações psicanalíticas, uma súmula construtiva de divagações neuróticas, um prolixo ardil de neuroses e de obsessões retardadas. Estórias de amores desencontrados e de vidas desconstruídas, o cisma constante e putrefacto da morte e da inevitabilidade de um destino daninho e incerto... Woody Allen existe em todos nós. A linha entre a "sanidade" e a neurose é ténue, senão uma pura ilusão. Talvez por isso as opiniões sobre o realizador neurótico (e os seus filmes) sejam tão antagónicas: porque reflecte a necessidade de desindividualização patológica de uns e a necessidade de esquecimento da realidade conturbada dos tempos modernos e acerbos por parte de outros. Temos que "Anything Else" é mais um filme ao estilo de "Maridos e Mulheres", mas com menos maridos e mulheres. É mais uma espécie de "Manhattan" ou "Annie Hall", mas sem a originalidade e fecundidade dos tempos da Diane e da Mia. Contudo, é mais um soberano esboço desse fecundo e conturbado "corpus" alleniano (Mário Jorge Torres), é mais uma genial contribuição para o entendimento da espécie humana, em toda a sua complexidade. "Anything Else" faz-me lembrar diversos contos de fadas, em que a personagem mais jovem (neste caso Jerry Falk/Jason Biggs), imatura e embotada numa ausência de individuação ética e personalística, passa por diversas adversidades, diversas provações, até que, no fim, encontra o caminho para o crescimento e para a libertação. Neste filme, a libertação do seu "estranho" psicanalista, o despedimento do seu incompetente agente, o desprendimento em relação a um amor conturbado com uma bulímico-frígida (leia-se, frígida com quem se envolve emocionalmente) e o corte da dependência em relação ao obsessivo Dobel, representam a partida para um mundo de maturidade e crescimento interior. Logicamente, este crescimento não pode passar por uma cidade que é palco de uma excessiva laboração psicanalítica (Manhattan). É preciso escolher um oposto, uma cidade igualmente cosmopolita mas sem atmosfera alleniana. Los Angeles é uma excelente escolha, e, aliás, encontra-se no extremo oposto dos EUA, no extremo oposto das intenções inconscientes. Resta saber se o próprio Allen vai ingressar nesta viagem, numa espécie de rejuvenescimento (simbolizado perfeitamente pela sua transformação em Jerry), ou se se vai manter prisioneiro dos seus mais recônditos conflitos inconscientes (cativo, como tal, de Duplo... digo Dobel, que não chegou a partir para LA, por medo de um mundo cada vez mais terrorista, ou por medo da adversidade 'interior'). Diria que se "Anything Else" é como todos os outros filmes de Allen, é porque este não conseguiu ainda exorcizar os seus fantasmas inconscientes. Penso que todos os espectaculares filmes de Woody Allen são sobretudo um exercício de catarse, uma libertação lenta de conflitos interiores que persistem em alimentar-se do génio. Ora, pergunto eu: quando somos nós a exorcizar o Woody das nossas mentes, das nossas vidas? Até agora, ainda não consegui deixar de ver e aplaudir os seus filmes. Mas algum dia terei de partir para LA...
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