Águas Agitadas

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Drama 115 min 2008 M/16 19/08/2010 NOR

Título Original

Troubled Water

Sinopse

No seu último dia de cadeia e depois de cumprir uma longa pena pelo rapto e morte de uma criança, Yan Thomas (Pål Sverre Valheim Hagen) agarra-se à esperança de avançar com a sua vida em busca de uma segunda oportunidade. Depois de anos como organista da capela do presídio, resolve candidatar-se a uma vaga numa igreja de Oslo onde, sem que ninguém desconfie do seu passado, acaba por conquistar o amor de Anna (Ellen Dorrit Petersen), a pastora, e o respeito e admiração de todos. Tudo parece encarrilado até ao dia em que é reconhecido por Agnes (Trine Dyrholm), a mãe da criança a quem ele terá causado a morte. E Agnes, que ainda não ultrapassou a perda nem o sentimento de culpa pela morte do filho, exige saber o que verdadeiramente se passou naquele trágico dia de Inverno...<br/> Último filme da trilogia do norueguês Erik Poppe começada com "Schpaaa" (1998) e "Hawaii.Oslo" (2004), uma história dramática sobre culpa, redenção e segundas oportunidades.<p/>PÚBLICO

Críticas dos leitores

A vida é assim

AMFC

O que à partida não passaria de uma asneira de adolescentes transforma-se numa tragédia que marcará para sempre a vida de várias personagens. E isto é o retrato fiel da vida, cheia de armadilhas que escapam ao nosso controle e que nos pode mudar e marcar para sempre. O culpado precisa de obter o perdão e a vítima precisa de perdoar, para ambos se poderem libertar do passado. Definitivamente a ver.
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Reconciliação pós-crime vinda do Norte da Europa

Fernando Costa

“Águas Agitadas” é o novo filme de Erik Pope, o norueguês multipremiado que com esta película realiza a sua terceira longa-metragem. “Águas Agitadas” é um filme sobre reconciliação após uma tragédia, reconciliação do ser humano com ele próprio e com os outros. A película conta a história de Jan Thomas, um jovem delinquente que “acidentalmente” mata uma criança, Isak, e é condenado a cumprir pena. A narrativa inicia-se com Thomas a conseguir a liberdade condicional e o filme conta-nos a história da tentativa inicial de reconstrução de uma vida por parte de Thomas, olhando igualmente os pais da criança falecida. A libertação de Thomas e o “reencontro” acidental com mãe de Isak vão precipitar uma série de acontecimentos que levarão à “resolução” final do que se iniciou há muitos anos com a morte de Isak. Erik Pope é económico e eficiente na realização conseguindo fazer sentir as dificuldades de cada um dos envolvidos (Thomas e dos pais de Isak) em lidar com o terrível acontecimento. Thomas está a lutar por uma segunda oportunidade (negando ter morto a criança) e os pais apesar de terem recomposto as suas vidas ainda não conseguiram paz de espírito porque não ficaram esclarecidos no julgamento sobre o que verdadeiramente aconteceu ao seu filho. O argumento e Pope decidem primeiro seguir Thomas e só já quando o filme vai avançado olhamos para o casal, especialmente para a mãe. O tom é o de contenção com tensão (tensão no conflito interior de Thomas, tensão entre os pais, especialmente a mãe, e Thomas) com Pope a saber usar a fragmentação temporal da narrativa para ir em crescendo até quase ao final. Depois o argumento usa um dispositivo narrativo, ainda que clássico (não revelaremos para não estragar o filme), que se sente exagerado para resolver o filme. É exagerado pela forma com que Pope o filma e pela interpretação da actriz que interpreta a mãe de Isak. É pena porque esses últimos momentos tão importantes fazem perder muito do que foi construído cuidadosamente ao longo do filme. O confronto era inevitável poderia é ser bastante menos forçado e inclusive “melodramático” porque em última análise dá origem a uma catarse também ela forçada e sem a força “redentora” que poderia ter. “Águas Agitadas” não é um grande filme mas também não é sofrível, está algures no meio. 2,25/5 **
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Mais revoltadas que agitadas...

Angela Silva

O filme decorre em torno de um crime do passado, que influencia (directa ou indirectamente) a vida de várias pessoas no presente. Se a história nos começa a parecer banal e monótona, analisando o dia-a-dia e sentimentos (e fantasmas) da personagem que se encontra implicada nesse crime, a meio dá-se uma reviravolta e começamos a ver a vida do lado da vítima. Apesar de se tornar quase redundante e terminar de forma algo inesperada, não deixa de ser um bom filme que mexe com emoções e deixa o espectador a pensar sobre a culpa, a revolta e o perdão.
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