A Mãe
Título Original
La Madre
Realizado por
Elenco
Sinopse
Miguel, de 14 anos, está em vias de regressar para um centro de acolhimento de menores porque a sua mãe, uma mulher instável e deprimida, se tornou incapaz de cuidar dele. O rapaz faz os possíveis para sobreviver, vendendo lenços de papel na rua ou roubando comida em supermercados. Quando percebe que os serviços sociais estão decididos a ir buscá-lo, vê-se forçado a refugiar-se na casa de Bogdan, um romeno de uma aldeia vizinha que, em tempos, foi amante da sua mãe. Através dele, Miguel começa a trabalhar clandestinamente numa fábrica. Mas a situação piora quando a mãe desaparece sem explicação.
Co-produção entre Espanha e Roménia – e com colaboração da Alfama Films, de Paulo Branco – um filme dramático realizado por Alberto Morais ("Las Olas", “Los Chicos del Puerto“), com Javier Mendo, Ovidiu Crisan, Nieve de Medina e Laia Marull nos papéis principais. PÚBLICO
Críticas dos leitores
3 estrelas
José Miguel Costa
O filme “A Mãe”, uma co-produção entre a Espanha e a Roménia com a colaboração da Alfama Filmes, sob a direcção do espanhol Alberto Martins, é um drama sobre abandono e ausência de afecto maternal que se insere na linha do designado realismo social. <br /> A acção centra-se em exclusivo num adolescente de risco (e acompanhamos a história através da sua perspectiva) sob o qual paira a institucionalização eminente, dado ser filho de uma mãe instável e ausente incapaz de cuidar de si própria (tendo este de tomar as “rédeas da casa”, no tempo que lhe resta entre a frequência da escola e a venda de lenços de papel na rua). <br /> <br />Apesar de ser um filme sincero e sensível, detentor de uma narrativa bem construída (simples e directa), com o qual “queremos simpatizar”, a partir de determinado momento “não sai do mesmo sítio”, faltando-lhe um qualquer rasgo que o faça “explodir” e/ou afastar-se da previsibilidade. E não fosse a excepcional performance do jovem actor (Javier Mendo), portador de um magnetismo incrível (bem captado pela câmara, por vezes frenética, que o segue quase ininterruptamente), a elevar a qualidade da obra, por certo, estaria aqui a queixar-me de uma certa monotonia.
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