O Exame

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Drama 128 min 2016 M/12 24/11/2016 ROM, FRA, BEL

Título Original

Bacalaureat

Sinopse

Numa pequena cidade romena vive Romeo (Adrian Titieni), um médico muito respeitado, com a sua mulher e filha adolescente. O maior sonho da sua vida está prestes a realizar-se: a filha, uma aluna brilhante, foi seleccionada para uma bolsa para estudar psicologia em Inglaterra. A única coisa que tem de fazer é passar num exame, algo que está praticamente garantido. Mas no dia anterior à prova a rapariga é atacada por um desconhecido. Esse incidente, apesar de não deixar mazelas físicas, vai devastá-la. Decidido a assegurar o futuro da sua única filha, Romeo vê-se forçado a encontrar um modo de conseguir a aprovação dela no exame. Mesmo que, para isso, tenha de usar métodos moralmente duvidosos…
Estreado em Cannes, onde ganhou o prémio de Melhor Realizador, uma história dramática com assinatura do aclamado realizador romeno Cristian Mungiu (vencedor da Palma de Ouro em Cannes com "4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias"). PÚBLICO
 

Críticas Ípsilon

Passar o exame da escola romena

Vasco Câmara

Não é o fim do mundo, ninguém morre, mas os compromissos morais minam o quotidiano: Exame passa o tempo todo a sussurrar-nos isso, na sua quietude, na sua autoridade. Ao serviço da tese, sujeita as suas personagens ao exame.

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Críticas dos leitores

4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Este “Exame” do Cristian Mungiu é mais um magnífico exemplo do realismo cru (e descritivo) da nova vaga de cinema romeno, que nos dá a conhecer os podres de uma sociedade que ainda vive na sombra do passado, sem vislumbrar qualquer esperança num futuro próximo (a herança dos “mecanismos” da era do ditador Ceaucescu continua a pairar, apesar da transição do país para um regime democrático). <br /> <br />Através da história intimista/angustiante de um médico de uma cidade do interior, aparentemente incorruptível, que se vê obrigado a mexer os cordelinhos para que a sua filha não chumbe num exame decisivo que poderá valer-lhe a atribuição de uma bolsa de estudo para uma escola em Inglaterra, faz uma análise critica (sem emitir quaisquer juízos de valor e/ou entrar num registo panfletário) à cultura de corrupção generalizada e socialmente transversal que se perpeptuou, mesmo ao nível das “coisas mais simples” do quotidiano, numa espécie de favores em cadeia (sem que, aparentemente, tal procedimento, provoque indignação pública, por ser visto como natural e inevitável - como se fosse integrante “genética” do povo). <br /> Nesta sociedade há como que uma selecção darwinista que aniquila aqueles que se recusam a ser parte integrante do “sistema”. Todavia, no final o realizador deixa-nos com uma (ténue) restea de esperança, que não impede que saiamos algo deprimidos da sala de cinema.
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