A Toca do Lobo

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Documentário 102 min 2015 M/12 03/11/2016 POR

Título Original

A Toca do Lobo

Realizado por

Sinopse

O escritor Tomaz Xavier de Azevedo Cardoso de Figueiredo nasce em Braga, a 6 de Julho de 1902. Pouco depois, a família muda-se para a Casa de Casares, construída pelo seu avô materno em Arcos de Valdevez. Aos 12 anos vai para o Colégio dos Jesuítas, em La Guardia (Galiza, Espanha) e, em 1920, ingressa no Curso de Ciências Jurídicas, em Coimbra. Em 1930, já casado, vai para Tarouca como notário. Mais tarde passa pela Nazaré, Ponte da Barca e Estarreja. Durante a década de 1950, é-lhe diagnosticada doença psiquiátrica, que o obriga a internamento hospitalar. O seu romance "A Toca do Lobo", Prémio Eça de Queiroz em 1948, em que o escritor revive a sua infância e juventude, dá nome a este filme realizado por Catarina Mourão ("Desassossego", "À Flor da Pele", "Pelas Sombras"), sua neta. O que começou como um projecto de doutoramento na Universidade de Edimburgo (Escócia) transformou-se num documentário transgeracional sobre a sua própria família. O momento decisivo para a sua realização aconteceu com a descoberta de um programa de televisão nos arquivos da RTP sobre Tomaz de Figueiredo, que ela nunca conheceu mas que parece falar-lhe directamente. "Aí foi o momento em que eu disse: este filme tem de ser sobre o meu avô. Porque senti que, de uma forma quase fantasmagórica, ele me estava a convocar para fazer este filme. Na história, narrada na primeira pessoa pela realizadora, "passado, presente e futuro estão todos juntos ali como se fossem um só", resume. PÚBLICO
 

Críticas Ípsilon

Uma investigação familiar abre as portas ao passado

Luís Miguel Oliveira

A Toca do Lobo é uma aproximação pessoal e documental à lógica, quase onírica, do melodrama. O melhor filme de Catarina Mourão desde A Dama de Chandor.

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A memória perdida de uma família e de um país

Jorge Mourinha

A Toca do Lobo, de Catarina Mourão, é um magnífico documentário sobre a memória perdida de uma família, e também de um país: os segredos, as mentiras, os silêncios e as omissões que continuamos a cumprir.

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Críticas dos leitores

Excelente! Imperdivel!

Antonia Pereira

Documentário de uma verdade e sensibilidade profundas sobre a família, as raízes que nos constroem e inquietam. A memoria narrada com total rigor e sem qualquer concessão a lágrima fácil mas que não pode deixar de nos comover na sua essencial simplicidade. Retrato de uma família, de uma época mas universal no seu significado. Uma obra-prima!
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A não perder!

Filomena

Três gerações de uma família - avô, filha e neta (Catarina Mourão, a realizadora) - que retratam a vida em Portugal no século 20. Beleza e realismo. Quase duas horas de cinema a sério!!
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Escritor por natureza e por convicção

Nelson Faria

Li em tempos o romance "A Toca por Lobo". Fixei a ideia que talvez se aproxime de Camilo. Nada disto. O próprio autodefine-se da seguinte forma: "...não pertence nem poderá pertencer a qualquer escola, dum escritor frecheiro livre, insolidário com boticas, dum escritor que não acarneira em linhas gerais.", conforme carta que dirigiu ao Júri do Prémio Camilo Castelo Branco em 1950. <br /> <br />A neta do escritor, realizadora deste documentário, fá-lo com a afectividade e proximidade próprias dos laços familiares. Obra tocante, profusamente documentada por depoimentos, leva o espectador a colocar-se no espírito do tempo de vida do escritor(1902-1970), passando pelos tempos de repressão e censura do Estado Novo. <br /> <br />O cinema português tem um longo campo de acção potencial. Em nome de um maior conhecimento dos autores portugueses, alguns de primeira linha. <br /> <br />Documentário elaborado sem grandes recursos, longos planos fixos, mas a procura de objectivamente informar o espectador. <br /> <br />Excelente.
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Delicioso saudosismo

Vera

A Toca do Lobo é mais uma janela do que propriamente uma toca. É uma janela da qual se entrevê uma história - a deles, mas também a nossa - e que nos deixa espreitar um tempo do qual sentimos saudade, mesmo sem o ter conhecido. Isto é dito pelo próprio Tomaz de Figueiredo, que nos é apresentado como um homem extremamente lúcido (lucidez essa que se conseguiu sobrepor à doença) e que facilmente conquista a nossa simpatia e admiração. <br />É uma obra com uma estética cuidada e sensível, aconchegante e confortável, que tem o poder de entrar pelo coração e sair pela cara em forma de sorriso. É como sentar-se perto de uma lareira em casa dos avós, a ouvir aquelas histórias começadas por "antigamente..." que, de uma forma ou de outra, nos ajudam a encontrar algum sentido para o nosso próprio ser.
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