A Espera

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Drama 100 min 2015 M/12 14/04/2016 FRA, ITA

Título Original

L'attesa

Sinopse

<div>Anna deixa-se levar pelo passar dos dias, percorrendo sem rumo a enorme mansão onde vive, na Sicília. Tudo à sua volta é silencioso e triste. Não fossem os poucos contactos que vai tendo com Pietro, o encarregado, e ela viveria em total reclusão. Um dia, chega Jeanne, uma jovem que diz ser namorada de Giuseppe, o filho de Anna. Segundo ela, os dois combinaram encontrar-se ali para os festejos da Páscoa. Enquanto esperam por ele, as duas mulheres aproveitam para se conhecerem e saberem outras facetas de Giuseppe. Porém, por mais que aguardem, parece que não há forma de ele retornar a casa…</div><div>Primeira incursão na realização a solo de Piero Messina, conhecido pelas suas participações como assistente de realização dos premiados "Este é o Meu Lugar" (2011) e "A Grande Beleza" (2013), ambos de Paolo Sorrentino. "A Espera" inspira-se vagamente em "La vita che ti diedi" e "La camera in attesa", duas peças do nobelizado escritor italiano Luigi Pirandello (1867-1936). Juliette Binoche e Lou de Laâge dão vida às protagonistas.</div><div><br /></div>

Críticas Ípsilon

Piero Messina estraga Juliette Binoche

Vasco Câmara

O atordoamento de Binoche, actriz que não víamos assim, tão despida de maneirismos, há muito tempo, é sufocado sem tréguas pelas pretensões grandiloquentes do seu realizador.

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Juliette Binoche e Lou de Laâge: dueto de câmara

Jorge Mourinha

Duas actrizes notáveis dão corpo e alma a um “dueto de câmara” sobre mulheres em luto emocional.

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Críticas dos leitores

A Espera

Julio Simi Neto

Mais um grande trabalho de Juliette Binoche e da nova musa francesa, a jovem Lou de Laâge. Um filme silencioso, um drama realista somado a uma fotografia arrebatadora. Filmaço.
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À Espera

Sonia Fausta T. Monteiro

O princípio do filme já mostra, pelo ambiente da casa, que está profundamente triste, e não parece ser apenas porque Anna perdeu o irmão. Dá para desconfiar que algo aconteceu ao filho, e pode ter sido a morte, mas a dúvida permanece até o fim, quando intuimos o verdadeiro drama. <br />Juliette Binoche interpreta qualquer personagem de forma magistral, e aqui não foi diferente. Consegue passar qualquer emoção, simplesmente pelo olhar. Gostei muito do filme.
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A espera...

Rita Mendes

Belíssimo. Onde o insólito e a estética se cruzam e se completam. <br />Pode um amor ultrapassar a morte? Seguramente, o amor materno. <br />Em grande Julilete Binoche! <br />Bom ir ao cinema para ver um filme assim!
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4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

"A Espera" é um drama que nos relata um encontro insólito num espaço fechado (um soturno e isolado palacete rural na Sicilia), que se desenrola durante alguns dias e coloca frente a frente uma mãe enlutada (Juliette Binoche), num sofrimento atroz pela morte recente do filho, e a ex-namorada deste (Lou de Laâge), que vem visitá-lo, alegadamente a seu convite (sem sequer sonhar da tragédia, entretanto, ocorrida). Todavia, a solitária matriarca resiste em dar-lhe conhecimento da triste noticia, o que leva ambas (perfeitas desconhecidas, que nunca se haviam cruzado) a enredarem-se numa angustiante e complexa teia relacional. <br /> <br />É um filme intimo e delicado/elegante (com planos que parecem ter sido desenhados milimetricamente), que apesar de ser detentor de uma narrativa escassa e linear (povoada de silêncios), em momento algum esmorece o nosso interesse (pelo contrário, o suspense e a angustia vai-nos resgatando gradualmente), graças quer a um inteligente jogo psicológico do realizador quer à mestria das duas actrizes em confronto (que nos mantém num permanente estado de ambiguidade emocional - nunca chegaremos a descortinar se a mãe pretende proteger a jovem rapariga ou simplesmente "vampirizá-la", bem como se esta última é tão pura e imaculada quanto faz transparecer). <br /><br />Portanto, perante tal descrição facilmente se depreende que a grande força desta obra advém da prestação imaculada e visceral das actrizes que se complementam (e da Binoche outra coisa não seria e esperar). Mas não só, aliás, o seu principal mérito decorre da espectacularidade das imagens (o realizador - com apenas 34 anos -, nesta sua 1ª obra, brinda-nos, ao brincar com as sombras e a luz como poucos, com cenas verdadeiramente líricas e que constituem um orgasmo para a retina), pelo que é caso para afirmar "filho de peixe sabe nadar", na medida em Piero Messina trabalhou como assistente de realização de Paolo Sorrentino - o tal de "A Grande Beleza" e "Youth" (no entanto, não se pense que este limita a ficar à sua sombra, pelo contrário, o "discípulo superou o mestre", pois a beleza deste é mais clássica e atenta ao pormenor ao invés da, por vezes, excessiva estilização das imagens pop que, por norma, caracterizam o Sorentino). <br /><br />Destaque ainda para a banda sonora, uma verdadeira cereja no topo do bolo (e que inclui, por exemplo, The XX e Leonard Coen). <br /> <br />E se na 1ª obra já tivemos direito a tudo isto, ficaremos a aguardar com ansiedade pelo filme que se segue!
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