E Agora? Lembra-me

Imagem Cartaz Filme
Foto
Votos do leitores
média de votos
Imagem Cartaz Filme
Foto
Votos do leitores
média de votos
Documentário 164 min 2013 M/12 28/08/2014 POR

Título Original

E Agora? Lembra-me

Realizado por

Sinopse

Há quase duas décadas que Joaquim Pinto convive com o HIV e com o vírus da hepatite C. Reconhecido pela realização de "Uma Pedra no Bolso" (1988), "Onde Bate o Sol" (1989), "Das Tripas Coração" (1992), "Moleque de Rua" (1997) ou "Porca Miséria" (2007), pelo trabalho como engenheiro de som em inúmeros filmes e como produtor de João César Monteiro ("A Comédia de Deus", "O Bestiário") ou Teresa Villaverde ("A Idade Maior", "Três Irmãos"), Pinto teve de se afastar da carreira no cinema devido à progressão da doença. Após anos de luta, decide regressar com esta obra que assina conjuntamente com Nuno Leonel, seu companheiro desde 1996. Através de um documentário confessional, que segue o seu "caderno de apontamentos" sobre um ano de ensaios com medicamentos experimentais iniciados em 2011, ele faz uma reflexão sobre "o tempo e a memória, as epidemias e a globalização, a sobrevivência para além do expectável, a dissensão e o amor absoluto".<br /> "E Agora? Lembra-me" teve a sua estreia internacional em 2013, no Festival de Locarno (Suíça), onde conquistou o Prémio Especial do Júri e o Prémio da Crítica Internacional (Fipresci). Desde então, foi apresentado em mais de uma vintena de festivais, onde recebeu várias distinções, entre elas o Grande Prémio Cidade de Lisboa no DocLisboa, o Prémio de Melhor Filme no Festival de Valdivia (Chile) e o Grande Prémio nos Encontros Internacionais do Documentário de Montréal (Canadá). PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Um filme do desassossego

Jorge Mourinha

Joaquim Pinto faz colidir o ensaio, o documentário e o registo histórico em E Agora, Lembra-me.

Ler mais

Memento mori

Luís Miguel Oliveira

O diário pessoal de Joaquim Pinto é um dos mais surpreendentes e poderosos retratos de nós todos que se viram nos últimos tempos.

Ler mais

Críticas dos leitores

Vítor

Vítor Gonçalves

Filmes que ressuscitam esperança no nosso tão menosprezado cinema português. Desde Sangue do Meu Sangue que esperava por sair assim alterado de uma sala de cinema - há filmes que, mesmo nos limites do orçamento, roçam a perfeição no propósito a que se deram - e sim, este filme quis e conseguiu representar a vida de um homem que parece não saber falar ou pensar sem filosofia ou conceito. Parabéns ao Joaquim, parabéns ao Nuno, que se expõem corajosamente para nos levar ao fundo de sensações e pensamentos que Hollywood ansiou e falhou em explorar.
Continuar a ler

Seriedade

Luis Moisão

Não é fácil (para mim), gostar do cinema Português... <br />No que considero como não sendo "um filme fácil" e até em geral, se calhar menos atrativo, gostei do trabalho aqui apresentado, que me parece valoriza (a mim valorizou) o "conceito do cinema Português".
Continuar a ler

4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Joaquim Pinto é um prestigiado realizador, produtor e engenheiro de som que (con)vive há cerca de 20 anos com as limitações inerentes ao facto de padecer de sida e hepatite C, o que implicou um afastamento quase total das "andanças" da 7ª arte. Após um período intenso de luta contra a doença, que resultou infrutifero no que concerne à hepatite C, decide submeter-se, como cobaia, a um processo terapêutico com medicamentos em fase de experimentação. Este momento critico da sua vivência (com a duração de um ano) acabou, no entanto, por ser a justificação para o seu regresso (em grande) às telas de cinema, uma vez que optou por registá-lo para a posteridade - tendo a coragem de compartilhá-lo com o grande público. Teve ainda a sapiência de não se limitar à linearidade de algo do tipo "olhem para mim aqui tão infeliz com um sofrimento atroz" (o que já não seria pouco), ao invés, "ofereceu-nos" um documentário, não apenas intimista, mas também/sobretudo experimental, que é uma espécie de bloco de anotações sobre o seu quotidiano, e através do qual nos "embrulhamos" no seio dos seus devaneios (inclusive, em termos estilisticos) e dissertações filosóficas acerca da morte, religião, ciência, arte, história, amor (nomeadamente o vinculo que o une ao seu companheiro dos bons e maus momentos), política (o próprio realizador define-o como um "filme de combate"), os prazeres da vida simples e ... "tudo e mais um par de botas" (em modo "tudo ao molho e fé em Deus"). <br />E esta salganhada que nos vai sendo servida ao longo de quase 3 horas, de forma fragmentada e entre deambulações cronológicas, sem aparente (e dê-se a devida ênfase ao termo "aparente") planificação, que poderia ser apontada como uma das grandes limitações desta obra (o que em parte não deixa de corresponder à realidade) acaba por revelar-se uma das suas principais virtudes, por ter dado origem a um "híbrido indefinido" e livre de barreiras/formalismos (e o cinema também deve ser "isso"). <br /> <br />
Continuar a ler

Envie-nos a sua crítica

Preencha todos os dados

Submissão feita com sucesso!