No meio de um concerto e devastado com a morte da filha, o impressionante e furioso discurso contra um deus inexistente e os que, em seu nome, impedem a investigação médica e científica que permitiria salvá-la. <br />(brilhante!!!)

É verdade que a história do casal maravilha (outrora) muito feliz que não consegue exorcizar os seus demónios e ultrapassar o vazio decorrente da ausência de um filho que foi ceifado pela doença é lenga-lenga lacrimejante mais que batida (vista pela enésima vez numa qualquer tarde de ressaca de domingo à tarde). Se a isto adicionarmos o conceito da exploração do antagonismo entre as duas formas adoptadas pelos elementos do casal para sobreviver a esta situação limite, ou seja, de um lado a fé no transcendente, do outro o cepticismo/(ir)racionalidade científica (bem como o recurso estilístico adoptado pelo realizador para no-la contar, com uma narrativa fragmentada por constantes flashbacks para intercalar os eventos passados e o presente - que, neste caso, até resulta na perfeição) só reforçamos a nossa convicção pré-concebida. Todavia, o realizador convence-nos - e bem - que mesmo a mais "banal" das histórias pode ter sempre novos pontos de interesse, dependendo da forma como é exposta/explorada. Para o efeito "bastou-lhe" apresentar-nos (sem lamechices, pois nem sequer chegamos a empatizar especialmente com nenhum deles) o par romântico mais exótico que o cinema viu nos últimos anos (um belga herege com a mania que é cowboy, que toca banjo numa banda de música country - embora, possivelmente, nunca tenha colocado os pés em solo americano e nutra desprezo pelos nativos deste país -, e uma tatuadora trendy religiosa, que caligrafou no seu corpo o nome de todos os seus ex-amores), cujos estádios da paixão (e "estados de espírito") vão sendo decifrados através da música (e eu que até nem nutro especial simpatia por filmes musicais - ainda mais tratando-se de música country - fiquei completamente rendido à(s) harmonia(s) ora alegres ora melancólicas, e não poucas vezes dei por mim a "bater o pézinho"). <br />E, deste modo, somos envolvidos num romance com personagens de imãs opostos se atraem de um modo arrebatador, dando-nos um murro no estômago com tal força que a sua (des)aventura vai ficar tatuada na nossa memória por muito tempo.

<p>Tive o prazer de ver este filme no Festroia... Fantástico.<br /><span style="font-size: 10px">Grande interpretação de Veerle Baetens e uma banda sonora muito boa, mesmo para quem não é fã de música country.</span></p>

O explosivo "The Broken Circle Breakdown"/ "Ciclo Interrompido" é um retrato intenso e poderoso sobre o amor, morte e bluegrass. O realizador consegue eficazmente evitar a manipulação emocional ao lidar com um tema tão delicado. <br />"The Broken Circle Breakdown" / "Ciclo Interrompido", que conta igualmente com uma excelente direcção de fotografia e interpretações arrebatadoras, questiona-nos se o amor, mesmo que intenso, pode vencer o destino…ou não. <br /> <br />

Trata de uma excelente história de amor com música country misturado neste enredo dramático. <br />Viu no Festróia do ano passado (2013) e venceu na sua categoria de filme. <br />Para quem tenha "receio" de filmes europeus, só tenho uma coisa a dizer: Arrisque, pois vai gostar deste filme.