Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios
Título Original
Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios
Realizado por
Elenco
Sinopse
Críticas dos leitores
Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios
Fernando Oliveira
O nome do filme é tão bonito como curioso: “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios”, e foi por isso que eu cheguei a ele. Segundo o IMDB o filme estreou em Portugal na RTP2 em Novembro de 2020, e está integrado num pequeno ciclo com filmes do realizador Beto Brant a acontecer esta semana no TVCine Edition. Será distração minha mas o nome do realizador e os seus filmes eram desconhecidos para mim. O filme (realizado com a colaboração de Renato Ciasca) é apenas interessante, mas é muito bonita a forma como sabe encenar aquela sensualidade que parece sufocante e que os filmes e os livros nos dizem típica dos países quentes (?), homens e mulheres com roupas leves, ou nus, e quase sempre suados, a entrega a uma sexualidade ardente, um “amor louco” que faz o filme deslizar para o melodrama, e uma espantosa actriz, Camila Pitanga, a figurar estas ambiências. Caulby é fotografo, vai viver para um pequena cidade do Pará, conhece Lavinia, a jovem mulher de um pastor evangélico; primeiro fotografa-a, depois envolvem-se fisicamente e emocionalmente; Caulby quer que ela parta com ele, ela recusa, deve muito ao marido. Os abusos na infância levara-na à prostituição e ao alcoolismo, ele encontrou-a na rua e “salvou-a” com a religião (?). O filme toca ao de leve na religiosidade evangélica excessiva do Brasil, na destruição ambiental da Amazónia, o que parece estar “a mais” na história mas que depois explica o desenlace: o marido de Lavinia é assassinado com dois tiros na cara, Caulby é suspeito, ela desaparece. Caulby volta a encontrá-la, mas… (Na mitologia romana, Lavínia foi uma princesa que causou uma guerra quando o seu pai desfez uma promessa de casamento para a casar com Eneias, um estrangeiro, conforme o profetizado por um oráculo). Parece o enredo de uma telenovela, mas olhado apenas como o Cinema pode. Um drama “sujo”, um filme singular o suficiente para nos manter interessados. (em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.com")
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