"Florbela": 2* <br /> <br />"Florbela" tinha tudo para ser um filme esplêndido, mas foi apenas razoável. <br /> <br />Cumprimentos, Frederico Daniel.

Estava ansiosa para ver o filme. Florbela Espanca é uma das poetas que mais gosto, mas achei o filme fraco. <br />Destaco a cena em que fica explícito que o amor do irmão não é fraterno, mas de um homem por uma mulher. Só esta cena já vale assistir ao filme.

Gostei muito. Envolvente, tocante, bonito, maravilhosamente interpretado por Dalila Carmo, Ivo Canelas e Albano Gerónimo. Figurinos, fotografia, direcção de autores e sonoplastia muito boa. Parabéns a Vicente Alves do Ó.

<p>Dalila Carmo é, quase inteiramente, o trunfo desta fita. Soube trazer todo o seu (muito) talento para resultar esta, apesar de tudo, bela homenagem à grande "poeta". Outros elementos de grande valor são o actor Albano Jerónimo, que tão bem constrói a personagem do último marido de Florbela Espanca, médico de raciocínio frio, determinado, sempre bom - tudo o que é oposto à natureza de Florbela - e também a mestria de muitas cenas, pela autenticidade, pela naturalidade, pela arte com que são concebidas e filmadas.<br />Mas é claro que há coisas menos boas, desde as cenas enfadonhas à horrível música de fundo, e decisões erradas como a do demasiado explícito sobreiro numa cena final.<br /><br />Quanto à história, sabe-se que este filme foi feito junto com uma série de televisão que abrange toda a vida da protagonista (algo que não deve perder-se), mas centrado no período em que o irmão Apeles esteve com Florbela pela última vez. E é uma escolha muito, muito bem vista.</p>

<p>Não vou comentar o filme em si, deixo isso para quem saiba, no entanto, vou comentar o conteúdo do filme, onde ao que parece, a única coisa que interessa na obra da Florbela é a relação com o irmão, e deixando de lado o imenso acervo que deixou. Tive pena que não se tenha falado mais da vida da Florbela pós-morte do irmão, e como acaba mesmo por morrer de desgosto... <br />Acho fantástico que não se tivesse passado a câmara pela poesia dela. Há mais Florbela do que a morte do irmão. O filme, a mim, soube a nada, porque do amor pelo o irmão não é novidade.</p>

Gostei muito. Achei a história muito bem contada e ambiente criado também foi envolvente.<br />Nem se notou aquela "coisa indefinível" de ser um filme português. Já se tornou evidente que assim os críticos não gostam.<br />Nas salas, em vez dos óculos para 3D virtual, deviam fornecer lenços de papel para as lágrimas reais :).

<p>Muito bom. Muito bonito visualmente, muito bem filmado, narrativa envolvente, emoção à flor da pele, trabalho de actores notável. Um todo coerente e intensíssimo, um compromisso difícil de conseguir.<br />Ainda por cima sobre uma subestimada personagem portuguesa, ao qual o filme salva do esquecimento. Há algo de muito mais próximo quando se trata de uma história repleta da portugalidade que nos envolve.<br />Há de facto um "deita abaixo" óbvio nas críticas dos críticos. Inveja não sei, mas parece...<br />A não perder.</p>

<p>Entrar no mundo de Florbela é recuar no tempo em busca de qualidades humanas intemporais, de uma loucura que não traz felicidade, de um procurar que se não encontra. Tudo isto transparece à perfeição no filme "Florbela", sem esquecer a boa realização, a riqueza dos planos e interpretações soberbas. Enquanto filme centrado na vida e obra de uma personagem tão multifacetada, correr-se-ia o risco de uma caricatura. Da poetisa e do Portugal da época. Das múltiplas relações conjugais à tormentosa e porventura "pecaminosa" relação com o irmão Apeles. Todavia, assim se não passa. Há uma estranha "souplesse" que perpassa o filme e que é pouco habitual em produções nacionais.<br /><br />O Portugal, esse, embora diferente, não o estará muito. Continua a ser país de golpes e de "gangsters", tão belo quanto corrompido, tão moderno quanto tacanho. Uma mulher que desafiou convenções sociais, que se marimbou para a moral sexual imperante faz imensa falta nos dias de hoje. Bem vistas as coisas, muitas "teias de aranha" permanecem e a "altura" dos Poetas, embora não prevista no plano da "troika", não devia nunca ser subestimada.</p>

O filme chegou finalmente a Braga e não pude deixar de ir ver logo no primeiro dia!<br />Um filme que nos enche a alma e nos emociona a cada minuto. Para além disso, extremamente bem feito.

<p>Meus amigos. Os críticos de cinema gostavam de ser realizadores ou encenadores mas não têm capacidade pra tal é por isso que são críticos. Porque criticar é muito mais fácil do que fazer!!!</p>