O Primeiro Encontro

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Ficção Científica, Drama 116 min 2016 10/11/2016 EUA

Título Original

Sinopse

<div>A Terra é invadida por uma espécie extraterrestre. Enormes naves espaciais fixam-se em vários pontos do globo. Sem saber o que esperar, cientistas, governantes e pessoas comuns estão de respiração suspensa. Pode estar iminente uma guerra de proporções nunca vistas. Uma equipa de especialistas quer, antes de qualquer tomada de posição, compreender as verdadeiras motivações dos alienígenas. É então que Louise Banks, uma das mais conceituadas linguistas do mundo, é chamada a tentar uma abordagem amistosa com os invasores. Talvez ela, com a ajuda do matemático Ian Donnelly e do Coronel GT Weber, consiga encontrar uma linguagem que possa ser descodificada por ambas as espécies, criando uma ponte de compreensão mútua. Mas o risco de fracassar é elevadíssimo e pode colocar em causa a extinção da raça humana…</div> <div>Baseado num conto de Ted Chiang, um filme de ficção científica com realização de Denis Villeneuve ("Raptadas", "O Homem Duplicado", "Sicário - Infiltrado") e argumento de Eric Heisserer. "O Primeiro Encontro" conta com os actores Amy Adams, Jeremy Renner, Forest Whitaker, Michael Stuhlbarg e Tzi Ma. PÚBLICO</div> <div> </div>

Críticas Ípsilon

Ficção científica de câmara

Jorge Mourinha

Um inteligentíssimo filme de ficção científica humanista, “de câmara”, que não precisa de encher o olho para contar a sua história: O Primeiro Encontro.

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Críticas dos leitores

Fantástico

Fernando Pires

Sem dúvida um filme muito inteligente, para pessoas inteligentes, e que nos faz perceber a futilidade do arrependimento tardio das decisões que foram tomadas num contexto completamente diferente das que se verificam mais tarde nas nossas vidas. A ver e rever.

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Arrival

Fernando Oliveira

Em “Arrival” gosto muito do belíssimo argumento de Eric Heisserer, adaptado de um conto de Ted Chiang, que primeiro nos confunde mas depois se revela em toda a sua inteligência; a história do primeiro encontro com uma espécie alienígena e da dificuldade em comunicarmos com eles, que é contada diluindo o presente e o futuro num mesmo tempo. <br />Gosto ainda mais da esplendorosa interpretação de Amy Adams numa personagem tocante, que parece frágil, mas onde percebemos uma imensa força. <br />Ela é Louise Banks, uma linguista, e professora universitária. O filme começa por nos contar o drama em que vive, a morte da filha adolescente vítima de doença. Quando doze naves extraterrestres chegam a locais diferentes do planeta é convocada pelo exército dos EUA para, na nave que paira sobre um campo no Montana, tentar decifrar a sua linguagem e perceber quais são a suas intenções. <br /> É um filme de ficção científica à antiga, onde muito mais que os efeitos visuais interessa a relação da mente humana com os mistérios do Universo. Um filme quase intimista que vagueia como num sonho pela dimensão emocional do acontecimento, em poucos cenários quase minimalistas, cuja narrativa fragmenta o tempo de uma forma que nos deixa espantados quando percebemos como é coerente na sua arbitrariedade. <br />Se este jogo com as dimensões do tempo é o que mais define o filme (e, claro, as dificuldades de entendimento num mundo marcado pelas desconfianças e os nacionalismos extremados); é a humanidade da personagem interpretada por Amy Adams, as suas tentativas de perceber a linguagem dos Ets (símbolos circulares, névoa escrita em névoa, que exprimem ideias e não sons), e como essa compreensão vai desanuviar a sua percepção daquilo que sente e pressente sobre a sua vida, que mais me emociona no filme. <br />Claro que a resolução da história levanta algumas questões ambíguas e lógicas: se sabemos o que o futuro nos traz, não tentaremos sempre alterá-lo e com isso criar paradoxos atrás de paradoxos, mas, deixando isso de lado, “Arrival” é um filme inteligente, realizado de forma bastante competente por Denis Villeneuve que, acima de tudo, nos provoca alguns estremecimentos na “alma”. Que nos toca… <br />Um belo filme. <br />("em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt")
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Diálogo

Pedro Brás Marques

A ficção científica tem estado presente em toda a História do Cinema. Bastará recordar a pioneira e icónica “A Viagem à Lua” de Georges Meliès. <br /> <br />Com o evoluir da técnica e, principalmente, da maturação ao nível da narrativa cinematográfica, a temática evoluiu para duas abordagens distintas: uma mais metafísica e outra mais ligada ao cinema de aventuras. E foi por meados da segunda metade do século vinte que apareceram dois filmes que acabaram por se tornar as referências desses sub-géneros: “2001 – Odisseia no Espaço”, de Stanley Kubrick (1969) e “A Guerra das Estrelas”, de George Lucas (1977). Os novos “O Primeiro Encontro” e “Rogue One: Uma História de Star Wars”, enquadram-se nesta dicotomia. <br />O mais recente episódio da saga onde os dois lados da Força combatem entre si não traz nada de novo. Cronologicamente, situa-se imediatamente antes do filme seminal (agora “Episódio IV”) e conta a história da obtenção dos planos de construção da Estrela da Morte. É uma aventura linear, sem estar preocupada em acrescentar o que quer que seja à rica simbologia da saga “Star Wars”. Novamente a aposta numa heroína, em duelos junto a precipícios, combates espaciais, tudo como nos westerns… No final, não passa dum bom divertimento, o que não tem nada de mal, como é evidente. <br /> <br />Já “O Primeiro Encontro”, ou “Arrival” no original, é um filme com alguma profundidade. Num determinado momento, doze naves alienígenas descem sobre o nosso planeta e permanecem imóveis, sem mostrarem qualquer reacção ou procurarem contacto, até que permitem o acesso ao seu interior. Uma vez lá a comunicação não acontece, pelo que os diversos países recorrem a linguistas. É aqui que aparece Louise, uma especialista americana na área, que juntamente com um físico, Ian, acabam por descodificar a linguagem conceptualmente diferente dos extraterrestres... Mas enquanto Louise tenta decifrar as mensagens e o porquê de serem doze naves e não apenas uma, os líderes militares começam a sentir-se ameaçados e movimentam-se para um embate bélico. <br />O contacto com civilizações alienígenas, que nos pretendem visitar sem qualquer intenção de domínio, não é novo. A abordagem de “Arrival”, pondo a questão no domínio estrito da comunicação, é que é nova. Porque é ali que está a chave de tudo, do entendimento entre todos, não só entre todos os seres humanos como entre estes e os que estão espalhados pelo Universo. A dimensão final daquilo que os extraterrestres deixam à raça humana é quase impossível de captar atentas as nossas próprias limitações e a brutal alteração da percepção da realidade que isso implicaria. Mas não deixa de nos fazer pensar em como nos perdemos em quezílias e problemas que, uma comunicação a um nível mais profundo, possibilitaria. <br /> <br />No seu melhor filme, “Incendies - A Mulher que Canta”, de 2010, Villeneuve viajava até ao passado para perceber o presente. Aqui, em “O Primeiro Encontro”, questiona a nossa percepção de tempo. Sem estar ao nível de obras-primas como “Solaris” de Andrei Tarkowski ou outras, mais recentes, como “Interstellar”, de Christopher Nolan, o realizador canadiano consegue mais uma vez tocar no imaterial, naquilo que está para lá da nossa existência sensorial. E isso não é fácil. Mas, verdade seja dita, a ideia só funciona graças a Amy Adams, que compõe uma Louise onde a fragilidade emocional e a determinação profissional se vão equilibrando. Uma boa proposta, a comprovar que o cinema ainda continua a manter a capacidade de nos fazer pensar e sonhar – “dos 7 a os 77 anos”.
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Um filme fraco e mediocre

Paulo Lisboa

Fui ver o filme porque achei o argumento potencialmente muito interessante, embora não muito original. Dada a temática do filme, as expectativas eram altas. <br />Mas é uma desilusão quase total. Tirando as boas interpretações dos actores principais, e um bom início de filme, que até prometia e que começa assente em bases claras e sólidas. O filme com o desenrolar, acaba por perder força e até alguma lucidez, tornando-se atabalhoado. O facto de os extraterrestres que mais parecem umas lulas gigantes, que emitem uns grunhidos como linguagem, que escrevem numa grafia difícil, embora de aparência infantil. E que ainda por cima nos querem «vender» a sua língua e grafia, porque permite visionar o futuro, acaba por tornar o filme inverosímil e a raiar o patético. <br />Estamos perante um filme fraco e medíocre que não recomendo a ninguém. <br />Numa escala de 0 a 20 valores, dou 7 valores.
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O primeiro olhar

Nelson Faria

Estes extraterrestres são bem mais sugestivos do que os figurados por Mr. Spielberg há trinta anos. <br /> <br />Este filme evidencia a dificuldade e, ao mesmo tempo, a delicadeza do contacto com o desconhecido, com o outro. O primeiro olhar, o primeiro contacto...a surpresa inicial face a novas criaturas traz um encantamento próprio, semelhante - ou não tanto - ao descrito pelo navegador português Pêro Vaz de Caminha, no ano de 1500, "...a feição deles é serem pardos, maneira d'avermelhados, de bons olhos e bons narizes...", conforme "A carta de Pêro Vaz de Caminha", de Jaime Cortesão, Ed. Portugália, Lisboa, 1967. <br /> <br />A personagem de Amy Adams (Louise Brooks) até declara quão difícil é a pronúncia do português se comparada com as restantes línguas românicas...prepara-se o espectador para compreender a complexidade da tarefa a desempenhar pela linguista, o valor científico da personagem. <br /> <br />O problema a resolver é o entendimento com o outro, o desconhecido. <br /> <br />Um bom filme. Disseca o problema do contacto com o desconhecido. Bem abordado. Gosto deste realizador. Já tinha gostado de "Sicario", essa incursão no tráfico de droga, na fronteira México - USA(El Paso - Juarez).
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Sem pressas

João

Filme bonito do princípio ao fim. Com um ritmo que permite apreciar essa beleza, e sem cair na tentação de encaixar cenas de acção a martelo.
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Muito bom

Vítor Bernardo

O argumento, a fotografia e a excelente interpretação de Amy Adams (ao nível do que já nos habituou), tornam o filme muito interessante. <br />Mesmo inserindo-se no domínio da ficção cientifica, o filme consegue gerar uma atmosfera algo intimista entre o espectador e as personagens. <br />Gostei e recomendo.
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Arrival

Francisco Zuzarte

Para um “Primeiro Encontro” com este filme, gostava de poder escrever algo inteligente que de alguma forma transmitisse o que vi num filme que de ficção científica trata, mas que nos toca a todos nós, seres ditos humanos.
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Pretensioso

Antonio C.

Mas não passa disso...chato, inconsequente.
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A expectativa de O Primeiro Encontro

Rui Plácido

Que pena quando se sai desapontado de um filme... Ou as expectativas eram demais elevadas ou o filme foi fracote. Aqui, um mix das duas. A expectativa do tema, do trailer, do "Sicario" de Villeneuve... O conteúdo lá se foi apresentando, aos poucos, e nunca abandonou este registo às gotas. Teve visualmente alguns momentos bem conseguidos. Mas aquele registo (até na banda sonora) à la "Interstellar", valorando em excesso as dissociações da personagem principal que não se encaixam directamente no tema do filme, não consegue projectá-lo para outro plano. Fica na retina o original modo de comunicação daqueles seres e a frase lindíssima (do personagem secundário) no final do filme. Com esforço, 4*
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