Versus: A Vida e os Filmes de Ken Loach

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Documentário 93 min 2016 M/12 01/12/2016 GB

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Sinopse

<div>Com assinatura de Louise Osmond ("Deep Water", "Dark Horse"), este é um documentário sobre Ken Loach, um dos mais controversos (e premiados) cineastas da actualidade. Com testemunhos de colaboradores, actores e especialistas em cinema, a realizadora vai revelando acontecimentos sobre a sua vida pessoal, ao mesmo tempo que percorre as quase cinco décadas ao serviço do cinema de cariz social, que defende o indivíduo das injustiças do sistema. Realizada em 2015, em simultâneo com a rodagem de "Eu, Daniel Blake", esta obra tenciona ser uma homenagem a Loach, realizador de muitas obras notáveis, entre elas "Terra e Liberdade" (1995), "A Canção de Carla" (1996), "O Meu Nome É Joe" (1998), "Bread and Roses" (2000), "Sweet Sixteen" (2002), "Ae Fond Kiss..." (2004), "Brisa de Mudança" (2006) – vencedor da Palma de Ouro em Cannes –, "Neste Mundo Livre..." (2007), "O Meu Amigo Eric" (2009), "Route Irish - A Outra Verdade" (2010), "A Parte dos Anjos" (2012) ou "O Salão de Jimmy" (2014). PÚBLICO</div> <div> </div>

Críticas dos leitores

Ken, o esquerdista conservador

J.F.Vieira Pinto

O homem “with balls” que também se “prostituiu” ao “sistema vigente”, é aqui retratado, excelentemente, pela mão de Louise Osmond. Documentário brilhante que liga muito bem com o não menos brilhante “Eu, Daniel Blake”, aparentemente, um sucesso em tempo de Natal, isto, se tivermos em conta que os “multiplexes” precisam da sua salas para exibir os “produtos” cinematográficos do momento, acompanhados pelas habituais campanhas de bugigangas . Falamos claro, das produções de Hollyhood e, o narrador, aqui, poderá, também estar influenciado pelo “esquerdista” Ken ... <br />Ken Loach é um enorme realizador. Mas, como todos os mortais, precisa de viver. E é nessa fase da sua vida que, pelo facto de não ter que produzisse os seus filmes, que se vê obrigado a fazer anúncios para as grandes marcas. O assunto é amplamente esmiuçado no documentário. <br />Mas, o que leva este homem, aparentemente “conservador” a fazer filmes para a “classe trabalhadora” onde o “Capital” e o “Trabalho” estão permanentemente em conflito? Está-lhe no sangue. Loach, não consegue contornar esta tendência e daí o epíteto de “realizador de esquerda”. Ainda bem. Dificilmente encontramos homens desta estirpe. Os seus amigos cineastas, tiveram de rumar aos EUA – acomodando-se aos filmes formatados de Hollyhood -, para puderem sobreviver em tempos de “cortes sociais” durante o “reinado” de Margaret Thatcher. <br />Ken Loach poderia ter sido um grande realizador – leia-se: ter ganho dinheiro -, desde que se “acomoda-se” aos ditames dos produtores, fazendo filmes, digamos...”convencionais! <br />Excelente “doc” onde Louise Osmond põe a nu o “franzino” Ken, que tinha sido “fabricado” para ser advogado, se tornou cineasta, para nosso gáudio. <br />Ken Loach, panfletário, esquerdista, seja o que for, é um grande realizador, pena não haver mais como ele, difícil, em tempos de globalização onde o dinheiro, facilmente, “prostitui” qualquer um e, Louise Osmond, tem aqui um belíssimo documentário. Não vai ganhar muito dinheiro com ele...(****)
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