United States of Love

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Drama 106 min 2016 M/16 25/05/2017 POL, SUE

Título Original

Zjednoczone stany milosci

Sinopse

Em 1990, a Polónia vive o seu primeiro ano como país livre. Neste contexto de euforia mas também de indefinição, quatro mulheres aparentemente felizes decidem que é chegado o momento de encarar a mudança nas suas próprias vidas. Agata despreza Jacek, o marido, e fantasia com uma relação impossível com o jovem padre da paróquia; Renata é uma professora reformada que, para atenuar o tédio em que a sua vida se tornou, desenvolve uma estranha obsessão por Marzena, a belíssima vizinha do lado, cujo marido trabalha na Alemanha; e Iza, irmã de Marzena, luta para esquecer o homem com quem teve uma relação adúltera durante seis anos…
Escrito e realizado por Tomasz Wasilewski ("Plynace Wiezowce"), um filme-mosaico sobre a solidão da mulher numa sociedade que, apesar de estar em transformação, ainda se move segundo perspectivas e princípios tendencialmente machistas. PÚBLICO
 

Críticas Ípsilon

Histórias da miséria sexual na Polónia de 1990

Luís Miguel Oliveira

Objecto interessante mas limitado, United States of Love é um filme lúgubre até dizer chega.

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Críticas dos leitores

4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

"Este é um filme sobre o Desejo e as consequências que ele traz num momento em que as pessoas estão a curar-se de um colapso ideológico." (Thomasz Wasilewski) <br /> <br />United States of Love, do realizador polaco Thomasz Wasilewski, dá-nos a conhecer as neuroses/"solidões"/"insatisfações" de 4 mulheres de uma pequena aldeia na Polónia de 1990 (que apenas têm em comum entre si um desejo sexual - algo platónico - reprimido, que as leva a adoptar comportamentos bizarros/obsessivos), numa espécie de metáfora subtil e, em simultâneo noir, à sociedade emergente (e ainda "arcaica"/demodé) do pós-queda do muro de Berlim, em pleno processo de reaprendizagem da(s) liberdade(s) perdida(s). E fá-lo de um modo sequencial, com recurso a uma narrativa quase episódica, saltando de uma personagem para a outra sem que entre si exista qualquer "fio condutor" forte (apesar de todas elas se conhecerem e, em determinados momentos, partilharem espaços em comum, não podemos afirmar que possuam propriamente histórias cruzadas), o que lhe confere uma certa idiossincrasia. <br /> <br />Este filme que já vi "definido" algures, de um modo muito interessante, como um cruzamento entre o cinema romeno e o movimento dinamarquês Dogma 95 (e eu acrescentaria que também "tem o seu quê" de Almodovar), alterna de forma brilhante longos planos fixos (de beleza ímpar) com outros em que a câmara segue num movimento frenético os seus personagens. Todavia, aquilo que o distingue dos demais enquanto produto cinematográfico é a sua "narrativa visual". De facto, o trabalho de fotografia, que aposta numa quase "inexistência de cor" e em cenários austeros (reforçando a sua aura de película ultra-realista), é simplesmente divinal (reduzindo tudo o resto "adereço").
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