O filme não dá ideia que a Inglaterra não voltou aos tempos de 1939. Palavras de Churchill: "We are not fighting to restore the past. We must plan and create a noble future." <p> O Império Britânico começou a desfazer-se (vide Independência da Índia em 1947, a Índia de Ganghi e outros); foi instituído o Serviço Nacional de Saúde; a educação gratuita, etc.... O chamado "Welfare State". Le Carré, por exemplo, faz, em "A perfect spy", um livro autobiográfico, largas referências ao grande salto qualitativo que se verificou, no pós-guerra, em Inglaterra. É uma marca impressiva para quem viveu esses tempos. </p><p> O filme tem um ponto interessante: a forma como retrata a instituição militar, com os seus códigos e convenções apontados à necessidade de criar um corpo de homens prontos para combate. Mas o ponto crucial é que o "trabalho de casa", o trabalho duro é sempre feito por milicianos - os que lá estão a título temporário; os profissionais da tropa, os militares de carreira...são profissionais da tropa. </p><p> É neste plano - o que é que os milicianos fazem na tropa - que o filme é interessante. Está bem demonstrado. De resto, retrata pouco a Inglaterra, uma nova e renovada Inglaterra, com um estrondoso boom económico, na vertigem da mudança nos anos 50 do século passado. </p><p> De salientar o desempenho dos dois actores que dão corpo aos sargentos milicianos do filme. </p><p> 3*** estrelas. </p>

Uma salganhada de personagens superficiais, num filme que nunca se percebe bem onde quer ir...