Os Oito Odiados

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Acção, Western 168 min 2015 M/16 04/02/2016 EUA

Título Original

The Hateful Eight

Sinopse

Wyoming (EUA), alguns anos após a Guerra Civil Americana (1861-1865). Oito estranhos encontram-se abrigados numa estalagem nas montanhas devido a uma terrível tempestade de neve. Aos poucos, os viajantes começam a descobrir os segredos sangrentos uns dos outros, levando a um confronto inevitável. <br />Oitava incursão em cinema de Quentin Tarantino (o aclamado realizador de“Cães Danados”, “Jackie Brown”, “Kill Bill - A Vingança (vol. 1 e 2)”, “Sacanas Sem Lei”, “Django Libertado”), um “western” sangrento protagonizado por Samuel L. Jackson, Kurt Russell, Channing Tatum, Jennifer Jason Leigh, Walton Goggins, Demián Bichir, Tim Roth, Michael Madsene e Bruce Dern, que reúne temas como a traição e a mentira, recorrentes no trabalho do realizador. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Grandiloquente e desmesurado

Jorge Mourinha

Não se descobre nada de novo no novo Tarantino, mas o homem respira tanto cinema que este é o nosso preferido dele desde Kill Bill.

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Embalados pelo sangue

Vasco Câmara

Este esplêndido Tarantino começa como ghost story, dá a volta a uma obra em carroça fantasma, inunda-nos com sangue e no final embala-nos, quer pôr-nos a dormir.

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Cães ressentidos

Luís Miguel Oliveira

Os Oito Odiados vê-se como um filme que fala da América como um mar de ressentimentos não-resolvidos: os brancos e os negros, os mexicanos, as mulheres, os nortistas e os sulistas.

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Críticas dos leitores

Bom

João

Tim Roth no seu melhor.
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Os Oito Odiados por mim mais ainda

Cabeção

Gente, sinceramente quem espera um tipo de faroeste com muitos tiros e ação, então não perca seu tempo, pois somente nos últimos minutos desta porcaria de filme acontece alguma coisa próximo de um bom filme de faroeste, na verdade um IMDB 5,5 estaria de bom tamanho. Não perca seu tempo.
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Os Oito Odiados

Maria José

Excelente!!
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Os Oito Odiados

Carlos Vinhal

O rei vai nu. Filme gratuitamente violento. Quem não o vir não perde nada. As estrelas dos críticos não são para levar a sério.
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Algo claramente falhou aqui

Ana

Comecemos pelo bom. Fotografia irrepreensivel. Banda sonora prometedora. Elenco também elevador de expectativas (até Channing está menos mal). <br />Agora foquemo-nos no mau. Tudo o resto. Graficamente violento, sem nada acrescentado por esta carnificina exacerbada. O choque gratuito apenas pelo poder de violentar. Demasiado gore sem sequer ter o prazer da historia compensar o esforço.
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Hora de mudar?

Pedro Vardasca

Não sabemos quantos mais filmes restarão até que Tarantino dê por encerrada a sua atividade, mas é certo que as gerações futuras reconhecerão, sem margem de erro, o Tarantino touch e o adjetivo correspondente terá até direito a uso corrente, prerrogativa a que só aspiram figuras muito especiais. Quentin tem feito por isso, construindo um acervo que revisita os géneros que fizeram o cinema norte-americano – os filmes de gangsters, de guerra e de ação, o western e até um que traz à luz do dia a memória de um estilo marcado pela identidade étnica, o blaxploitation -, dispersão que nunca apaga as especificidades do realizador. <p> Por isso, é fácil identificar um Tarantino no meio de uma enxurrada de filmes e Os Oito Odiados são igualmente feitos da matéria-prima que singulariza o cinema do norte-americano. Resta agora saber das qualidades do filme, jogando para razoavelmente longe os preconceitos, favoráveis ou desconfiados, acerca do trabalho começado há mais de vinte anos por este antigo funcionário de um videoclube dos arredores de Los Angeles. </p><p> Do sul escaldante pré-Guerra de Secessão de Django Libertado passamos para o norte gelado pós-guerra de Os Oito Odiados, com o mesmo combustível ao serviço de ambos, a convivência multirracial e de género nos Estados Unidos da América. Para que o sangue vá fervendo, Tarantino arruma as suas personagens num entreposto comercial, ideia já explorada há sessenta e cinco anos por Henry Hathaway no ótimo “O Correio do Inferno”. Avança o filme e instala-se uma sugestão de mistério policiário, um quase jogo de salão conforme fixado nos romances de Agatha Christie. Sem nenhuma mente especialmente dedutiva presente, acabam por ser as armas a ter a palavra final, com um previsível mar de sangue a inundar a tela. </p><p> Como é hábito, Tarantino esculpe com notável habilidade as suas personagens, o que as faz perdurar na memória de quem acompanha o seu cinema, mas o que agora interessa verdadeiramente é a sensação de previsibilidade que, filme após filme, se vai instalando incomodamente naqueles que procuram algo mais. Na verdade, será um exagero afirmar que o realizador optou por fazer sempre o mesmo filme, mas não será errado sugerir que Quentin se vai assemelhando, cada vez mais, àqueles grupos Pop/Rock que preferem tocar, até à eternidade, os hits que, um dia, os fizeram ser amados pela multidão. Por isso, talvez seja o momento deste indesmentível talento arrepiar caminho e rumar a novas paragens. Ainda vai muito a tempo de, verdadeiramente, nos surpreender. </p>
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Vê-se...

Luis Raul

"Baralha" e...torna a dar!...
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Obra-prima

Jorge Rosa

Oitavo poema de Tarantino à 7ª arte. A arte da diversão, do encanto, do faz de conta. Atores sublimes, música épica, fotografia notável.
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Bom filme à Tarantino

Paulo Lisboa

Fui ver o filme porque sou adepto dos filmes de Quentin Tarantino, gosto do seu estilo excessivo e «quase gore». O argumento do filme também me pareceu interessante. <br />Gostei do que vi, estamos diante de um filme retintamente à Tarantino, com originalidade, uma estética muito própria, sangue em barda e a cereja em cima do bolo, um argumento que convida à dedução. O único ponto menos conseguido do filme, é que o mesmo demora algum tempo a «arrancar». <br />Estamos perante um bom filme de Quentin Tarantino, mas só o recomendo a quem goste do estilo. <br />Numa escala de 0 a 20 valores, dou 15 valores a este filme.
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Um filme para ler

Pedro Brás Marques

Quentin Tarantino é um caso à parte na História do Cinema. Ninguém, como ele, consegue oferecer uma obra onde se misturam, em explosiva harmonia, humor negro, referências cinematográficas, diálogos de nível literário, fotografia irrepreensível, entre muitos outros ingredientes como acontece neste "The Hateful Eight/Os Oito Odiados", um filme que é um verdadeiro deleite visual. <br />Apesar de tudo se passar num Wyoming adormecido sob um manto de neve, a verdade é que as oito personagens do título mais parecem diabos acabados de sair do Inferno. Basicamente tudo se passa em dois espaços. O primeiro, dentro duma carruagem, onde viajam dois caçadores de prémios, interpretados por Kurt Russell e Samuel L Jackson, sendo que o primeiro tem literalmente atrelada a si uma criminosa, a que Jennifer Jason Leigh dá vida. Pelo caminho ainda dão boleia a um candidato a sheriff, todos eles se dirigindo a uma estalagem, a “Minnie's Haberdashery”. Ali chegados, a acção passa quase exclusivamente a centrar-se no grande salão onde já se encontram as personagens restantes: um mexicano que se diz encarregado da estalagem, um carrasco com tiques dandy, um pistoleiro solitário e um amargurado general sulista. Como vai sendo revelado lentamente, cada um deles acaba por ter prévia relação com um ou outro, assim se explicando o ódio do título… <br />Mas há muito, muito mais. Aliás, o enredo é tão vasto, embora nada complexo, que seria impossível reproduzi-lo em menos do que meia-dúzia de páginas. E esse é o principal trunfo deste “The Hateful Eight”. São quase três horas de diálogos cruzados, umas vezes longos e narrativos, outros curtos e venenosos, mas sempre vivos e a acrescentarem degraus para o desenlace final. E Tarantino não se fica por aqui. Quase tudo é evocativo a começar logo pelo título, a brincar com o clássico “Os Sete Magníficos” de John Sturges; com um “lettering” a homenagear os “western spaghetti”, alguns dos quais musicados precisamente por Ennio Morricone, eleito para aqui repetir o feito; o “gore” sádico e excessivo do mestre Sam Peckinpah; o ambiente peculiar de termos as personagens presas pela neve e que têm de desvendar um assassinato como Sidney Lumet fez em “Crime do Expresso do Oriente” baseado na obra de Agatha Christie, sendo Jackson um quase Poirot e Walton Goggins um quase capitão Hastings… Enfim, toda uma viagem dentro de outra viagem. <br />Mas a mestria de Tarantino está em não só em dar de novo, como também em recriar, baralhar conceitos e até brincar com tudo isto, numa atitude subversiva e irreverente, que o torna num verdadeiro caso no cinema contemporâneo. Não há, aqui, cedência ao politicamente correcto: fala-se de racismo, de misoginia e de vingança como se estes fossem os verdadeiros motores da Humanidade, em oposição à hipocrisia beata que por aí se vende. Este é um mundo de duros, de homens e mulheres que sabem o que querem, como querem e têm as suas próprias leis. Mas será que esse mundo existe? Ou tudo o que ouvimos da boca das personagens aconteceu mesmo ou aquelas histórias são todas mentiras, já que a mentira é mais uma das leis dos fora-da-lei? <br />“The Hateful Eight” é um belíssimo filme, divertido, inteligente e com um ritmo vertiginoso, apesar do aparente paradoxo de isso resultar, essencialmente, dos fabulosos diálogos que Tarantino escreveu. Depois, há o recurso físico ao filme de 70mm, normalmente usado para retratar grandes espaços, mas que no jogo de Tarantino é quase só usado em cenas de interiores, dando a impressão que a sala da estalagem é um salão enorme, onde as personagens se encontram a considerável distância umas das outras, quando a verdade é que o espaço é reduzido, como se aquilata pelo exterior do edifício. E não podemos esquecer os actores, alguns que são já da família, “a gente de Tarantino”, parafraseando João Bénard da Costa e a sua “Gente de Ford”, referindo-se aos actores predilectos do grande realizador do Oeste, John Ford. Efectivamente, a Samuel L. Jackson, a Michael Madsen e a Tim Roth vieram juntar-se agora uma diabólica Jenniffer Jason Leigh e um Kurt Russell com tiques de John Wayne. Todos juntos, formam uma verdadeira família, num filme que não é, de todo, para toda a família.
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