Após centenas de anos de ocupação humana, Paris deparou-se, durante o século XVIII, com um problema de sobrelotação dos cemitérios, quase todos localizados dentro dos limites da cidade. O Cemitério dos Inocentes, em uso desde a Idade Média, tinha sido convertido numa espécie de sepulcro colectivo. Entretanto, o crescimento da cidade foi acumulando gerações de despojos funerários para os quais os cemitérios não tinham capacidade, começando a contaminar reservatórios de água e dando origem a um grave problema de saúde pública. Para resolver esta questão, o Conselho de Estado francês ordenou que todos os cemitérios da zona fossem encerrados e os corpos ali sepultados transladados para as galerias subterrâneas existentes no subsolo, anteriormente usadas como pedreiras. Calcula-se que, no processo, tenham sido aí colocados mais de seis milhões de corpos ou esqueletos humanos. 

Em "O Reflexo do Medo" a estudante de arqueologia urbana Scarlett Marlowe vive atormentada pelo suicídio do pai, um arqueólogo de renome que dedicou a sua vida ao estudo da lendária Pedra Filosofal. Decidida a continuar o legado do progenitor, Scarlett foi avançando com as suas investigações. Agora, convicta de que o objecto se encontra numa câmara secreta abaixo das ruas da cidade de Paris, ela reúne uma equipa de exploradores da sua total confiança e aventura-se pelos longos quilómetros das catacumbas. Porém, apesar de saberem que iriam entrar num ambiente de morte e desolação, eles nunca poderiam imaginar que durante aquela jornada claustrofóbica fariam uma descida aos infernos da sua própria mente, obrigados a enfrentar os seus demónios mais íntimos.

Realizado por John Erick Dowdle ("Quarentena", "O Demónio"), também autor do argumento em parceria com o seu irmão Drew, um "thriller" psicológico em estilo de "found footage" que explora algumas das mais atemorizantes fobias do ser humano. PÚBLICO