Cinema Francês - Os Grandes Mestres 1930 - 1960

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min 23/08/2000 FRA

Título Original

Sinopse

Depois das retrospectivas de cinema japonês e cinema russo, é o francês que se vai falar no Nimas durante o Verão. Com início a 12 de Julho, e prolongando-se até ao principio de Outubro, a distribuidora Leopardo Filmes apresenta uma retrospectiva intitulada "Cinema Francês 1930-1960 - Os Grandes Mestres", composta por 16 filmes de dez cineastas, que será depois também mostrada noutras cidades (Porto, Coimbra, Braga, Setúbal e Figueira da Foz). PÚBLICO<br /><br />Toda a programação <a href="http://cinecartaz.publico.pt/Cinema/17543_nimas">aqui</a>

Críticas dos leitores

Madame de ...

Fernando Oliveira

E a câmara dança com o par ao ritmo daquelas valsas que são encenadas como se fossem apenas uma: a relação entre Louise de… (Danielle Darrieux) e o barão Donati é sublinhada naquele contínuo temporal desenhado prodigiosamente em cada plano, a sequência “interrompida” por um gesto, um olhar, uma palavra. Uma elipse cinematográfica genial num filme genial, de 1953 é o penúltimo de Max Ophüls. A seguir viria “Lola Montéz”. Ou como uma história no Cinema deve ser acima de tudo contada pelas imagens.
É uma belíssima história de amor que, como em quase todos os filmes do realizador, vai desaguar em tragédia. Adaptado de um romance de Louise de Vilmorin, sobre uma mulher da sociedade francesa, casada por conveniência, que se apaixona por um diplomata italiano. Há uns brincos que passam de mão em mão e que serão a causa do final trágico – e a forma como estes cada vez que aparecem vão modificando as ambiências da narrativa, e como neste movimento simbolizam os estados de alma daquela mulher, frívola, depois apaixonada, até à perdição.
Filme perfeito - reparem naqueles espantosos movimentos da câmara que acompanha Louise pela escada de caracol – também porque consegue envolver a história; no fundo, banal, quase de opereta; nessa magnificência formal. É um filme que evolui da superfície para o abismo, da máscara para os recantos mais obscuros da “alma”, só podia ser trágico.
Um filme maravilhoso, com uma interpretação soberba de Danielle Darrieux.
(em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt")

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