Chicago

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Comédia, Musical 113 min 2002 M/12 21/02/1998 CAN, EUA

Título Original

Sinopse

Nos loucos anos 20, tudo o que reluz é fama, mas em Chicago só há espaço para uma estrela! Velma Kelley (Catherine Zeta-Jones) é uma corista famosa que faz sensação e tem todos os homens aos seus pés. Quando mata o marido infiel contrata um advogado, Billy Flynn (Gere), que transforma o seu caso no centro das atenções dos media, o que só aumenta a sua popularidade. Roxie Hart (Renée Zellweger) é uma aspirante a estrela que acaba por ir também parar à prisão quando o namorado a tenta deixar. Billy não deixa escapar uma boa história que faça as capas de todos os jornais e oferece-se assim para tomar também conta do caso de Roxie, adiando o de Velma. Ambas passam por várias dificuldades, mas nada as faz parar na sua luta pela conquista da celebridade. No entanto, apenas uma poderá ser a estrela mais querida da América. "Chicago", que abriu fora de competição o Festival de Berlim 2003, é a versão cinematográfica do musical multi-premiado de Bob Fosse e é o primeiro filme de Rob Marshall (coreógrafo da Broadway). O filme está nomeado para 13 Óscares, entre os quais melhor filme, actor, actriz e realizador.<p> </p>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

Chicago

Kathleen Gomes

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"Pastiche"

Mário Jorge Torres

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Richard, Renée e Catherine, corpos do baile

Vasco Câmara

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Críticas dos leitores

Brincando de Bob Fosse

Ricardo Pereira

O psicólogo alemão Hugo Mauerhofer definiu o "estado de cinema": uma pessoa dentro de uma sala escura (fora de seu ambiente normal e vendo imagens surgirem à sua revelia e sem uma cronologia real) está num estado muitíssimo parecido com o do sonho. Esse "estado de cinema" encontra-se entre a vigília e a inconsciência: observamos a vida alheia com a segurança do anonimato. Os musicais só funcionam integralmente quando o público se entrega ao "estado de cinema". Plateias mais modernas comumente reclamam da falta de verosimilhança do género, em que uma simples frase é desculpa para um mirabolante número de canto e dança. Porém, de tempos em tempos, alardeia-se a "ressurreição" do género. Desta vez, o responsável é "Chicago", filme de Rob Marshall, grande vencedor do Óscar deste ano e baseado no espectáculo que Bob Fosse dirigiu na Broadway na década de setenta. "Chicago" conta a história de Roxie Hart (Renée Zellweger), uma dona de casa que sonha com as luzes da ribalta, e Velma Kelly (Catherine Zeta-Jones), uma estrela do showbizz. Ambas estão presas, acusadas de crimes passionais e sob os cuidados da chefe da carceragem Mama Morton (Queen Latifah) e, principalmente, do advogado Billy Flynn (Richard Gere). A questão da verosimilhança é resolvida de maneira semelhante à utilizada por Lars Von Trier em "Dancer In The Dark" (2000). Separa-se fantasia e realidade: de um lado, a triste rotina da carceragem; do outro, o alegre colorido da imaginação das personagens. Mas se "Dancer In The Dark" era um forte melodrama com contrapontos musicais, "Chicago" é uma aparentemente infindável sucessão de números que, apesar de deslumbrantes, não criam acúmulo nenhum. Na fase áurea dos musicais, os enredos eram bastante simples. Mas pelo menos eles existiam! Já em "Chicago", a história é quase que desprezada: ela existe, ela está lá, mas ninguém lhe dá muita atenção. Algo parecido acontece com Amos Hart (John C. Reilly), o único personagem em todo o filme que não está preocupado com a fama. Ele existe, ele está lá, mas ninguém lhe presta muita atenção. Se antes os números de dança estavam subordinados à história (sendo que os melhores musicais eram os que atingiam um perfeito equilíbrio entre enredo e espectáculo), agora importa apenas "deslumbrar" o público. A montagem (de Martin Walsh) chega a ser atordoante. Números musicais sucedem-se com a velocidade de um relâmpago. Mal se tem tempo de ver os pés dos dançarinos – se é que eles são mostrados. Afinal, o que é que esse filme quer revelar? Ou ele quer mais esconder? Esse jogo de prestidigitação, onde o que se exibe não é o que parece e o que se oculta nem sempre é o que se pretende, sustenta "Chicago". Enfim, enquanto "Moulin Rouge" reinventou um estilo e abriu caminho para outras produções do género, "Chicago" apenas ecoa o passado, cuja falta de renovação acabou por deixar os musicais longe das telas por décadas. Não me parece que "Chicago" tenha conseguido mudar isto.
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Para além do musical....

Isabel Bastos

“Chicago” é um filme sobre a América e sobre a Justiça americana. Olhar para este filme apenas como um musical é olhar apenas para um lado do filme. Trata-se de uma sátira — brilhantemente musicada e coreografada — ao "show business" em que a América transforma quase tudo.
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A cidade

luís gaspar

Chicago lembra as noites quentes de inverno. Lembra os impossíveis e os possíveis das pontas dos nós estéticos com que cada um se vai enrolando. Chicago canta-se, mas é surdo. Porque os filmes que não se repetem, os filmes que nunca foram vistos, calam e fazem-se calar. O filme grita-nos as ambições que esquecemos, e dá-nos, prontamente, as interpretações que nos sonham. Rudolfo Valentino em tiras de fita absorvente, com duas camadas, clamam o absoluto como a fama, e dão-nos a fama como o silêncio que o absoluto sufoca. A ambição, o luxo, a prisão, o nada. E o nada que se faz canção quando se tem charme, quando se sabe mentir, quando se faz... cinema. E o cinema que mente e se declara culpado. E consigo leva os cúmplices que compraram os bilhetes e exigiram drama. Culpa, sim, porque somos nós que nos perdemos na ambição que não existe para lá do filme, dos gestos falsos das actrizes que são afinal cantoras que são afinal o que for preciso, e do advogado que canta e serve-nos a pílula última do cinema não convencional: sermos nós a convencioná-lo. A banalizá-lo. se algum dia Chicago for banal, é por culpa nossa. Não. É por culpa dele Do filme? Do realizador. Que não trouxe mais que o que já existia. Sem nunca ter passado de um musical.<BR/><BR/>É isso, não é?
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Puro entretenimento

Pedro Jordão

Este filme consegue ser entretenimento puro e pôr de novo na ribalta os musicais (já em forte ascensão depois do primeiro piscar-de-olho do "Romeo and Juliette" e, claro, do "Moulin Rouge") . Coreografia e música óptimas; boas interpretações; divertimento e comédia com espaço para crítica social e (discreta) à pena de morte. Enfim, um prazer.
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A sensação de ver "Chicago"

M.F.R.

Reconheço que a sensação de quem vê o filme "Chicago" sem ter tido a oportunidade de ver, ao vivo e a cores, o musical de Bob Fosse (seja em Nova Iorque, Londres ou Portugal, sim, porque o musical já esteve em Portugal!) possa ser de satisfação, pelas excelentes prestações vocais, composição de cenários e respectivos adereços, pela forma como, de repente, actores e actrizes surgem num registo completamente distinto, mas ao mesmo tempo de desilusão, a meu ver, por se tratar de um género a que a generalidade do público não tem tido acesso ao longo do tempo. No entanto, tratando-se de um musical, é obviamente cantado na maioria das cenas, embora não de forma tão intensa como acontecia, por exemplo, no filme "Evita". Fiquei muito surpreendido com a excelente transposição para o cinema, com a qualidade das prestações dos intérpretes, enfim, recomendo vivamente a todo o público em geral.
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Lufada de ar fresco

Ramiro Guinote

Independentemente de todas as críticas que se façam, eu acolho este filme como uma lufada de ar fresco no panorama do cinema internacional. E digo isto não como um cliché, mas porque a ideia cheira a novo, uma vez que actualmente entrámos numa fase de sequelas sem grande alma... então digo que este é um filme de grande qualidade e que aconselho vivamente a ver!
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Atrasados como sempre

S.C.

Já devia era ter estreado!
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