'71

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Thriller, Acção min 2014 M/12 08/10/2015 GB

Título Original

'71

Sinopse

<div>Irlanda do Norte, 1971. A cidade de Belfast está dividida pela religião e política, entre áreas habitadas por protestantes e outras por católicos, cujos habitantes se opõem ao domínio britânico e apelam à independência. Gary Hook, um jovem soldado do exército inglês, faz parte de uma brigada antimotim que para ali é enviada para resolver um conflito. Quando os militares perdem o controlo da situação, a sua unidade vê-se obrigada a uma retirada súbita e ele é acidentalmente abandonado. Perdido e só num lugar desconhecido, no meio de um conflito armado que mal compreende e rodeado por pessoas que o olham como o inimigo a abater, tem de encontrar uma forma de escapar às ruelas de Belfast e salvar a sua vida.</div><div>Estreado internacionalmente no Festival de Cinema de Berlim (onde esteve em competição), "'71" teve duas nomeações para os prémios BAFTA. Com realização de Yann Demange e argumento de Gregory Burke, conta com a participação dos actores Jack O'Connell, Sean Harris, David Wilmot, Richard Dormer, Paul Anderson e Charlie Murphy, entre outros. PÚBLICO</div>

Críticas Ípsilon

Atrás das linhas inimigas

Jorge Mourinha

Uma primeira meia-hora notável revela um realizador capaz de filmar acção com garra e inteligência.

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No vespeiro de Belfast

Luís Miguel Oliveira

A primeira longa-metragem de Yann Demange mostra que o realismo seco e pragmático ainda não é uma arte perdida no cinema britânico.

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Críticas dos leitores

A guerra é uma zona cinzenta

Pedro Brás Marques

O conflito na Irlanda do Norte, entre católicos e protestantes, personalizado no combate entre o Exército Republicano Irlandês e o Exército Britânico, preencheu boa parte dos noticiários durante o último quarto do século passado. Explosões, assassinatos, violência a rodos, de e para ambas as partes, eram uma constante nos jornais e na televisão. <br />Hoje tudo acalmou e não admira, portanto, que comecem a emergir obras de ficção que procuram mostrar o que se passou durante a fase mais violenta do conflito, precisamente a partir dos anos setenta. «71» é um exemplo duma obra cinematográfica, alinhando com outras recentes, como “Na Senda dos Condenados” e “Dança das Sombras”. Aqui, acompanhamos um jovem recruta, desde a formação até ao campo de batalha e a sua tentativa de sobrevivência no meio do inimigo. Sim, faz lembrar o extraordinário “Full Metal Jacket”, de Stanley Kubrick, mas há uma boa desculpa: a instrução militar não dá para grandes laivos de criatividade… <br />Gary é o soldado britânico protagonista de “71”, ano em que se passa a acção - o “Bloody Sunday” seria no ano seguinte… Não é nenhum herói, não é um combatente excepcional. É apenas um militar igual a tantos outros, um homem comum, que se vê mergulhado numa guerra que, no fundo, não compreende. É odiado por quem nem sequer o conhecem e acaba traído por aqueles que deveriam estar ao seu lado. No fundo, descobre à sua custa, que num cenário de caos e violência, como aquele, não há uma arrumação ética que permita identificar quem é bom e quem é mau. Tudo se mistura. Imagem perfeita deste desnorte é o que acontece depois da explosão dum bar, a que ele miraculosamente escapa, quando se vê a deambular pelas ruas de Belfast completamente desorientado, em todos os sentidos. <br />Yann Demange tem aqui a sua estreia como realizador. Optou, e bem, por inserir-se no que se pode chamar de “realismo britânico”, um estilo seco e duro mas também sensível, que atravessou o cinema da velha Albion durante boa parte dos últimos trinta ou quarenta anos. Normalmente os filmes que se enquadram neste “realismo” abordam histórias dramáticas, ligadas a conflitos sociais, protagonizadas pela “common people” que Jarvis Cocker e os Pulp tão bem ironizaram. Há por aqui ecos de muito cinema (“Bloody Sunday” de Paul Greengrass, é de evocação obrigatória…) mas Demange consegue desenhar com alguma originalidade um retrato sólido do conflito, das suas incongruências e intolerâncias, onde os soldados não passam de peões. Quanto a Jack O’Connel, no papel de Gary Hook, parece estar especializado em papéis de mártir, já que junta a este o que compôs em “Inquebrável”, de Angelina Jolie.
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3 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

71 (um mix de filme de guerra, relato de época e triller) foi um dos produtos cinematográficos sensação de 2014 (aclamado pela generalidade da critica especializada), que nos relata a história de um jovem soldado britânico acidentalmente abandonado, durante uma rixa entre católicos e protestantes, nas conturbadas/labirinticas/sombrias ruelas de Belfast no "pré Bloody Sunday". <br />Pese a euforia em seu redor, verdade seja dita que este não me "encheu as medidas" (inclusive, a narrativa soou-me a pouco mais que banal, talvez por incidir sobre um tema já estafado), excepto no que concerne à excelente forma como foi filmado (através de uma câmara na mão ... frenética - o que lhe confere tensão e um quase constante sentimento de claustrofobia).
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