O Capitão

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Drama, Histórico 118 min 2017 M/16 22/03/2018 POL, POR, ALE, FRA

Título Original

Der Hauptmann

Sinopse

Ano de 1945. Com a chegada dos Aliados, a guerra na Europa está prestes a chegar ao fim. Vários soldados alemães, conscientes da derrota, optam por desertar. Um deles é Willi Herold, de 19 anos. Na sua fuga, o rapaz depara-se com um automóvel abandonado onde encontra uma mala com um uniforme de capitão. Ao vesti-lo, assume a personagem que o representa, sentindo o poder e o estatuto que lhe estão inerentes. É então que, reunindo um grupo de desertores, inicia uma vaga de assassinatos e saques sem misericórdia por todos os lugares por onde passa...
Estreado no Festival de Cinema de Toronto, um filme biográfico quase totalmente a preto e branco, realizado pelo alemão Robert Schwentke ("Pânico a Bordo", "A Mulher do Viajante no Tempo", "Red: Perigosos", "Insurgente", "Da Série Divergente: Convergente"), sobre a verdadeira história de Willi Herold, um alemão julgado por crimes de guerra. Este filme é uma co-produção entre a Alfama Films de Paulo Branco, a alemã Filmgalerie 451 e a polaca Opus Film. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Os fardados e os mortos

Luís Miguel Oliveira

Um soldado alemão desertor, nos últimos dias da II Guerra, disfarça-se de capitão. Passa a agir como se espera: ordena e comete um sem número de atrocidades, infligidas sobretudo a outros desertores. A história é boa, o filme nem por isso.

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Críticas dos leitores

Um retrato do Nacional-Socialismo

João Tomaz Parreira

O Nazismo, o poder do Nazismo, baseou-se na ideologia, e esta é interior; mas também a aparência, na coreografia. Este filme trata disto: o Poder da Farda, indiferentemente de se ser capitão ou soldado raso, ou o próprio Fuhrer (este perante as turbas multitudinárias não aparecia sem a farda).
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Um retrato do Nacional-Socialismo

João Tomaz Parreira

O Nazismo, o poder do Nazismo, baseou-se na ideologia, e esta é interior; mas também a aparência, na coreografia. Este filme trata disto: o Poder da Farda, indiferentemente de se ser capitão ou soldado raso, ou o próprio Fuhrer (este, perante as turbas multitudinárias, não aparecia sem a farda).
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Um dos filmes do ano

Carla de Menezes

Filmado a preto e branco para que a atenção do observador não fuja do essencial - o incrível trabalho de um crescimento moral invertido plasmado numa (in)contenção fisionómica dos actores - em vez de se prender na barbárie física do sangue e demais líquidos da guerra, é um filme incrível do princípio ao fim. E atenção, não saia nos créditos finais porque a mensagem continua aí, provocatória reflexão sobre esse momento histórico alemão que se universalizou e permanece pelos tempos futuros da sua e nossa história. Uma escolha musical fantástica a acompanhar este filme que pretende transverstir-se de farsa quase burlesca da humanidade e dessa máquina kafkiana da guerra de Hitler. A necessidade de sobrevivência em tempos tão destituídos de amor próprio, é capaz de atrocidades pré-históricas que contribuem para uma alucinação colectiva difícil de contrariar. Uma mestria de filme, que levará decerto estatuetas em 2019, como filme estrangeiro.
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Um idiota vestido de idiota maior

Manuel Matos

Quando a vida nos dá a inesperada possibilidade de escolher o nosso próprio destino. É disto que trata este filme. Baseado numa história verídica, não admira que o protagonista tenha optado pelo mais fácil, pelo mais cómodo e, claro, pelo mais desastroso. O filme, infelizmente, não lhe fica muito atrás. Excepção feita à notável fotografia a preto e branco, tudo o resto se resume à exploração das situações aberrantes que o protagonista vai cavalgando do alto do seu poder usurpado. Um poder que tantas vezes encontramos nas nossas vidas.
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4 estrelas

José Miguel Costa

O filme "O Capitão", do alemão Robert Schwentke, cuja acção decorre na Alemanha, nas duas semanas que antecedem o final da segunda guerra mundial, e que tem por base a história (baseada em factos verídicos) de um desertor do exército germânico que, aquando da sua fuga, encontra uma farda pertence a um capitão do Hitler (e consequentemente decide adoptar uma nova identidade), é um ensaio brilhante (em registo quase burlesco, apesar do dramatismo que o caracteriza) sobre a banalidade do mal (e de como a sua "semente" está omnipresente, aguardando apenas "terreno fértil para germinar"). <br /> <br />É uma obra descrente na humanidade do Homem (pese o pleonasmo) que, de modo quase inato, parece não ter capacidade de resistir à corrupção do poder. E demonstra-o de forma cruel, expondo-nos perante a barbárie sem limites que Ele é capaz de impingir ao seu semelhante (esmiuçando uma dimensão, por norma, ausente das obras que exploram esta temática, ou seja, o - também - extermínio de alemães nos campos de concentração, sob a justificação de serem traidores e/ou ladrões). <br />No entanto, apesar de retratar um universo trágico não deixa de ser visualmente deslumbrante, graças à sublime fotografia a preto e branco (sem dúvida, uma das grandes virtudes deste filme co-produzido pelo Paulo Branco).
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