Chama-me pelo Teu Nome

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Drama, Romance 132 min 2017 18/01/2018 EUA, BRA, FRA, ITA

Título Original

Call Me by Your Name

Sinopse

<div>Verão de 1983. Elio, de 17 anos, vive com a família em Itália, numa bela mansão do século XVII. O pai, um professor de arqueologia de renome, convida Oliver, um norte-americano de 24 anos, a passar alguns meses em sua casa, para o ajudar num projecto. Extraordinariamente inteligente, culto e educado, Elio é também um rapaz tímido e pouco preparado para a vida, que pouco tem em comum com a personalidade exuberante de Oliver. Apesar disso, à medida que o tempo vai passando e se vão conhecendo mais profundamente, uma atracção difícil de ignorar surge entre os dois…</div> <div>Com argumento de James Ivory (responsável pela realização de "Quarto com Vista sobre a Cidade", "Regresso a Howards End" ou "Os Despojos do Dia") e realização de Luca Guadagnino, um filme dramático sobre o amor e a descoberta da sexualidade. Inspira-se na obra com o mesmo nome escrita pelo italiano de origem egípcia André Aciman. Estreado no Festival de Cinema de Sundance (EUA), "Chama-me pelo Teu Nome" é a última parte da trilogia "Desejo", de que também fazem parte os filmes de Guadagnino "Eu Sou o Amor" (2009) e "Mergulho Profundo" (2015). Os actores Timothée Chalamet, Armie Hammer, Michael Stuhlbarg, Amira Casar, Esther Garrel e Victoire Du Bois dão vida às personagens. PÚBLICO</div> <div> </div>

Críticas Ípsilon

O sabor do alperce

Luís Miguel Oliveira

O "bucolismo" como prolongamento e expressão da sensualidade e dos impulsos eróticos da personagens, o travo agridoce dos amores fugazes – mas temos a sensação de ver Jean Renoir tomado de assalto por uma campanha publicitária da Calvin Klein.

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Críticas dos leitores

Perfeitamente lindo

Ilda

O cenário, a narrativa, os diálogos, a história fabulosa, as atores lindos... <br /> <br />O livro é também perfeitamente lindo.
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Algo despercebido....

Geraldo

Até agora não vi uma única nota, de crítico ou leitor, atentando para o fato de que a história de amor entre o protagonista e o amigo de seu pai pode ter sido encerrada pela tragédia do HIV à época. Por duas vezes mostrou-se uma grande ferida/mancha escura no namorado americano, a qual inclusive disse-se estranhar o motivo porque não sarava! A conversa com o pai trouxe à tona a questão dos gays não se assumirem. Enfim, o filme foi bem além, mas as pessoas parecem tê-lo visto de forma bem aquém! A sequência final, como disse Luís Miguel, é de impressionar qualquer um.
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Só amor

Pedro Brás Marques

Um amor de Verão com todos os contornos clássicos do género, que vai desde um cenário que tanto apela a uma doçura bucólica como à curiosidade histórica, que oferece personagens sofisticados envoltos numa paixão dilatada pelo calor da estação. O twist, aqui, é que não se trata nem do amor entre dois adolescentes, antes entre um jovem e um adulto, nem entre um homem e uma mulher, mas entre dois homens. Isso fará alguma diferença? Obviamente que não. <br />A acção situa-se no norte de Itália. Elio vive numa casa recheada de obras de arte, de música e de livros, tudo a que ele se socorre para alimentar a alma. É poliglota, músico multifacetado e um leitor voraz. E só tem 17 anos. Os pais são pessoas claramente acima da média no que a cultura e, até, erudição diz respeito, sendo o pai um reputado arqueólogo que nesse Verão de 1983 resolve convidar um jovem e promissor colega americano, para partilharem uma série de trabalhos. Oliver é diferente de todos os que rodeiam Elio. Tem sentido de humor, é inteligente, extremamente bem-parecido e parece compreende-lo. Mais do que uma obsessiva e possessiva relação como muitas vezes acontece, irrompe entre eles um sentimento mais calmo e plácido, o Amor. E a prova, se tal ainda fosse preciso, dessa pureza está no título do filme, “Chama-me pelo meu nome”, retirado dum diálogo entre eles, em que acabam por pedir um ao outro que troquem de nomes, para que os dois sejam um. <br />As interpretações de Armie Hammer, como Oliver, e principalmente de Timothée Chalamet enquanto Elio são as linhas de força deste filme realizado pelo italiano Luca Guadagnino. A “força” do primeiro em contraste com a “fragilidade” do segundo são os pólos duma trama filmada com segurança e serenidade, mas que vive, ainda, duma série de detalhes que a enriquecem e embelezam. Desde logo, a referência à cultura clássica onde a homossexualidade e, até, a pederastia, tinham uma receptividade diferente da de hoje. A família de Elio é uma emanação dos antigos patrícios romanos, ricos, cultos e de contornos aristocráticos com uma mansão rodeada por um pomar de árvores de fruto, qual jardim das delícias, que proporcionam que Elio e Oliver se refastelam com os suculentos frutos que por ali abundam, numa metáfora óbvia da tentação para o pecado… Aliás, o uso recorrente que fazem dos alperces, por uma vez a roçar até o mau gosto, é demonstrativo da vontade de Guadagnino em fazer ver ao espectador o sentido profundo que quer dar à omnipresença do fruto… <br />Hoje, a homossexualidade ainda não saiu exactamente do armário, mas a sua aceitação é mais do que pacífica, em especial nas novas gerações. É sinal de respeito pela diferença, de abertura e de tolerância, valores que são essenciais para uma convivência social pacífica. E para isso muito contribuem histórias “simples” como esta, onde a relação amorosa não é vista como entre dois homens, mas sim entre dois seres humanos. Daí que o sentido deste argumento assinado por James Ivory seja bem melhor e interessante do que a literalidade da relação entre Elio e Oliver.
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Não é um filme sobre homossexuais!!

Anita

Em conversa com amigos, percebi que este filme teve várias interpretações. Alguns entenderam que a essência do filme relata a primeira vivência dum adolescente numa relação homossexual; ou seja, o ênfase do filme é a homossexualidade. <br />Para mim, este filme descreve a simplicidade; a insegurança, as primeiras experiências emotivas e sexuais dum adolescente. O facto de se tratar dum casal homossexual é apenas um mero pormenor; pelo que bem poderia ser uma relação heterossexual com uma mulher mais velha, por exemplo. <br />É um filme bonito; que deveria ser visto por muitas pessoas...sobretudo os preconceituosos. Para mim, o ponto alto do filme é a conversa do pai para com o filho... em como é importante vivenciar as experiências da vida e degustá-las para sempre; sem receios, amarguras ou arrependimentos. <br />Resumindo: para mim não é um filme sobre homossexuais!!
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Não posso adiar o coração

Helena Amaro

Do melhor conselho que um pai pode dar: não se poder nem adiar nem matar um coração. <br />Ainda trago esta(s) história(s) de amor às voltas, mas só posso, para já, dizer: ide ver, de coração aberto, tudo que pode ser bonito na vida - o amor, a dor, o fim. E de como as casas e os jardins, a passagem do verão ao inverno, os caminhos de ida e volta da casa à urbe, as montanhas e a cidade grande que liberta para o anonimato, as promessas e a desistência, podem ser palco, cenário, personagem e chão de uma história tão edificante, mesmo que todos pareçam tão em cacos e tão submersos como a escultura que emerge, avisando ao que íamos, pela mão do filme. <br />
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Sensibilidade

César Silva

Filme belíssimo, sem pressas, o filme quase que corre ao ritmo da natureza, dolente, sensual, o desejo em todas as suas facetas e possibilidades. Compreendo as criticas, estão tão habituados à estética americana, com a sua adrenalina e a necessidade de um ritmo neurótica que este isto filme soa a calmo demais...mais de duas horas de deleite puro
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Call me by your name...

Helena

Adorei o filme. Tudo é bonito de prender a respiração. Os cenários, as aldeias, o arvoredo, os personagens, a música, os diálogos, o alperce. O T Chalamet vai sublime. Não concordo com o Luís Miguel Oliveira quando ele refere que o diálogo entre pai e filho não se enquadra na época. 1983? Porque não? Como afirma, e bem, o pai, não somos todos iguais no que toca a liberdades de opção. Nem hoje! Só um aviso: não é um filme para mentes puritanas!
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Mais um...

Julio

É só (mais um!) filme com uma história de homossexuais. Já chateia... A continuar assim qualquer dia não há outras alternativas. Na indústria cinematográfica o lobby ganha cada vez mais peso.
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1983 somewhere northern Italy

João Cotrim Mendes

Morte anunciada, mas não é, de todo, uma tragédia grega. Muitos flops a começar e a acabar pela datação, com largas repercussões a nível de verosimilhança e credibilidade (no fim tenta compor-se, com algum êxito). O nome vale o filme, mas foi copiado. O passado não teve filmes, teve Oscar(es) Wild(s); talvez o presente tão-pouco possa tê-los. Se assim for, paciência. Que diria João Benard da Costa deste filme, Ele que escreveu a melhor crítica que jamais li, que foi sobre o "Esplendor na Relva"? Certamente Ele saberia (eu não sei) fazer a ponte entre os dois filmes, ambos sobre o Desencontro. Ah!: Um mérito o filme tem: partir de certa altura, e até ao fim, as pessoas deixaram de se rir...
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Maurice

Portus

No pequeno texto acima, claro que deveria ser feita referência a "Maurice" de James Ivory. É um lapso...
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