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O Quadrado
Título Original
The Square
Realizado por
Elenco
Sinopse
Christian é um homem respeitado que trabalha como curador num museu de arte contemporânea. É pai extremoso de duas crianças pequenas, conduz um carro eléctrico e contribui como pode em todas as causas humanitárias. Em suma, é um homem de bem. Profissionalmente, o projecto que tem agora em mãos é "O Quadrado", uma instalação peculiar que convida os visitantes a reflectir sobre altruísmo. Para o ajudar na promoção do evento, Christian conta com o departamento de relações públicas do museu. Mas os eventos que se sucedem acabam por lançar Christian numa crise que fará vir ao de cima uma versão menos "politicamente correcta" de si mesmo…
Palma de Ouro na 70.ª edição do Festival de Cannes, uma comédia negra com assinatura do sueco Ruben Östlund ("Força Maior") e interpretações de Claes Bang, Elisabeth Moss, Dominic West e Terry Notary. PÚBLICO
Críticas dos leitores
Raro
Miguel Ferreira
Ruben Östlund é um dos realizadores mais interessantes da atualidade. Sempre a atuar no domínio do "ser" humano e da sua psique. Pensar que "O Quadrado" é sobre arte contemporânea é passar completamente ao lado do filme. Pena alguma duração excessiva e aqui e ali o recurso a lugares um pouco comuns. Ainda assim, muito acima da média.
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Quadrado branco sobre fundo branco
EC
A arte contemporânea leva muitas pessoas a acreditar que também são artistas, porque seriam capazes de criar a maior parte dessas obras. Todavia, acreditar que se é um artista não faz dessa pessoa um artista. A cópia nunca é uma obra de arte. A fragilidade deste quadrado é que aquilo que é interessante não é novo (e.g., piscadela de olho a “Caché” de Haneke); e o que é novo não é propriamente interessante.
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"O quadrado"
José Manuel Heitor
Uma "obra prima", laureada com a palma de ouro do festival de Cannes. Fala-nos de arte concetual e dos desafios que ainda hoje nos coloca, mas acima de tudo o filme aborda a "arte de viver" com um enorme murro no estômago sobre a nossa sociedade de mendigos. <br />Absolutamente BRILHANTE! <br />O melhor filme da minha vida. <br />Imperdível!
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Seremos quadrados?
Célia Quaresma
Depois de duas horas de filme a ver e a ouvir falar de arte contemporânea, em linguagem adequadamente incompreensível, fico a pensar que resolveria os problemas do protagonista (vários e variados) como ele. Nuns casos conseguindo escapar, noutros não. <br />A ideia do filme promocional da exposição do quadrado no Museu (com a menina loira) é brilhante. Não consigo deixar de sorrir quando penso que esta ideia dá sentido ao quadrado. <br />Tal como a reposição do cascalho nos montinhos dá sentido aos montinhos acidentalmente destruídos... <br />Há filmes assim, que nos deixam a pensar. São filmes muito artísticos. <br />Adorei.
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O Quadrado
Margarida Paulino
Péssimo.... <br />Há muito tempo que não via nada tão mau!
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4 estrelas
José Miguel Costa
O realizador sueco Ruben Ostlund, depois de em 2015 ter deslumbrado com “Força Maior”, regressa em excelente forma com “O Quadrado”, uma hilariante comédia sarcástica e impregnada de humor negro (indutor de uma constante tensão – a tragédia iminente “anda no ar”) que, de uma forma inteligente e, por vezes, non sense, expõe/critica o absurdo inerente ao pretensioso e vácuo mundo da arte contemporânea (“definindo-o” como um quase embuste de/para pseudo-elites intelectuais). <br /> Para o efeito faz-se valer de uma narrativa que acompanha as desventuras do curador de um conceituado museu (interpretado com maestria por Claes Bang) que está a trabalhar na divulgação de uma nova instalação artística (um simples quadrado desenhado no chão, dentro do qual as pessoas deverão ser altruístas). <br /> Com base nesta “simples” premissa brotam uma série de geniais sequências cinematográficas (tanto ao nível do conteúdo como cenicamente), que acabam por estender os tentáculos da sua critica mordaz a outros subtemas, nomeadamente, o preconceito social e racial “politicamente correcto” (gozando o polimento com que os intelectuais liberais tratam as várias minorias – a tal “caridadezinha” dissimulada), os limites da liberdade de expressão e o assédio sexual. <br /> <br />Já diz o ditado popular “quem muitos burros toca, algum há-de deixar para trás”, e é neste aspecto que o Ostlund acaba por escorregar (afastando-se daquilo que poderia ser uma obra-prima), pois ao querer opinar sobre uma série de vertentes, fá-lo sem recurso a uma linha narrativa coesa (e sem um desenvolvimento adequado de todos os pontos que toca). De modo que, em alguns momentos, ficamos com a sensação de estarmos perante cenas que, apesar de brilhantes, soam algo desconexas e sem interligação (como que organizadas aleatoriamente e sem qualquer tipo de diálogo entre si) – facto que acaba por ser mais notório devido à extensão da pelicula, que não teve o bom senso de “terminar em devido tempo".
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