<p>EUA, anos 1920. Depois de muitas tentativas de publicação da sua obra – e respectivas rejeições –, o escritor Thomas Wolfe (Jude Law) mal consegue acreditar quando cai nas boas graças de Maxwell Evarts Perkins (Colin Firth), da editora Scribner, que tem no currículo a responsabilidade da descoberta de vultos como Ernest Hemingway ou F. Scott Fitzgerald. Wolfe celebra a sua sorte e já se vê ascender ao panteão dos mestres americanos da literatura, sem imaginar quão duro será o caminho. Wolfe é um autor tão talentoso quanto profícuo. Perkins não tem alternativa senão obrigá-lo a fazer cortes às centenas de páginas – ou milhares, no caso do segundo romance – que lhe apresenta nos manuscritos originais. Mesmo vendo o seu trabalho tornar-se "best-seller", Wolfe nunca deixa de sentir a dor de cortar palavras e frases que lhe são caras. Neste processo longo e intenso, terão de lidar não só com a genialidade e ego um do outro, mas também com os efeitos da empreitada sobre as suas vidas pessoais. Estreado no Festival de Berlim, onde foi nomeado para o Urso de Ouro, é o primeiro trabalho em realização do encenador e director teatral Michael Grandage.<br /> Com argumento de John Logan, o filme baseia-se no premiado livro "Max Perkins: Editor of Genius", de A. Scott Berg. Publicado em 1978, é a biografia do histórico editor nova-iorquino que deu notoriedade a grandes autores e foi, para Thomas Wolfe, um mentor (ou mesmo uma figura parental). Além de Law e Firth, o elenco conta com Nicole Kidman, Laura Linney, Guy Pearce e Dominic West, entre outros. PÚBLICO</p>