Race: 10 Segundos de Liberdade

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Drama, Biografia 134 min 2016 M/12 04/08/2016 ALE, CAN

Título Original

Race

Sinopse

<p>Em 1936, o atleta norte-americano Jesse Owens competiu nos Jogos Olímpicos de Berlim, na Alemanha nazi, e ganhou quatro medalhas de ouro. Escusado será dizer que, Owens, um homem negro, não ia propriamente ao encontro dos ideais de superioridade da raça ariana professados por Adolf Hitler. Este filme de Stephen Hopkins, o australiano responsável por "Predador 2" e "Eu, Peter Sellers", conta essa história, com Stephan James – que não é alheio a filmes de época, tendo interpretado o activista dos direitos civis John Lewis em "Selma" – no papel principal. O actor cómico Jason Sudeikis, aqui num raro papel mais sério, encarna o treinador Larry Snyder. O elenco inclui também Jeremy Irons, William Hurt e Carice van Houten. PÚBLICO</p>

Críticas dos leitores

Race: 10 segundos de liberdade

Augusto Oliveira

Que raio de título é este? "Race" original tanto pode significar "corrida" como "raça", mas a ambiguidade convém ao conteúdo do filme, que tem a ver com as duas coisas (e não só). Mas em português um título misto de inglês e português que sentido faz? Que ficasse "Corrida: 10 segundos de liberdade" ou apenas "Corrida" vá que não vá, mas "Race: 10 segundos..." só pode ser o produto de uma mente idiota de tradutor. O filme tem altos e baixos, entre o suficiente e o bom, mas deve ser visto por todos quantos não conhecem a história da época (1936) e as questões que se colocaram então e ainda nos fazem reflectir sobre a natureza do desporto, do racismo e do nazismo. Ainda recentemente tivemos o caso ca campeã mundial de Xadrêz Anna Muzychuk, que recusou participar num tornei na Arábia Saudita, em protesto contra as exigências relativas a vestuário, perdendo assim os títulos. Fez bem? É uma questão de dignidade. E Jessie Owens fez bem em participar nos jogos de Berlim em 1936?
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Um Grande Atleta

Pedro Batista

Se há algo que os Jogos Olímpicos nos dão, e contínua a dar, são novos heróis desportivos e novas histórias em cada uma das suas edições. E os jogos de 1936, deu-nos uma dessas magníficas históricas: o grande atleta: Jesse Owens.<p> Grande porque conseguiu destronar, não só, recordes mundiais e olímpicos, como também mentalidades. </p><p> Um jovem rapaz do Ohio, Jesse Owens (Stephan James), que gostava de correr, consegui com que o treinador da Universidade, Sr. Larry Snyder (Jason Sudeikis) reparasse nele. É aqui que arranca a história do filme e do percurso que fez com que ganha o estatuto de atleta mais rápido dos EUA e do mundo e vencer de 4 medalhas de Ouro Olímpico. </p><p> E todas as questões que teve de ponderá: O casamento; O treino; A segregação racial; A concentração e abstracção de todo o ruído de forma que pode-se ouvir o que interessava durante as provas; A possibilidade de boicote aos jogos pelo comité olímpico, pela associação dos atletas negras e mais tarde da sua parte aos jogos de Berlim. </p><p> Através do filme consegue se compreender o que estava acontecer na altura e de como os Jogos estavam a ser manipulados para a máquina da propaganda nazi. </p><p> Jesse chega a Berlim, vê como os espectadores reagiam com a entrada de Hitler no estádio e apercebe que tinha que vencer todas as provas que ele estava inscrito. E fê-lo: venceu os 100 metros e Hitler recusou cumprimentá-lo. Venceu os 200 metros, e o tipo contínua a negar que tal facto aconteceu, mesmo filmado no local. </p><p> Debateu-se contra Luz Long, o campeão europeu e alemão do salto em comprimento, no qual ganhou um amigo, após vencê-lo numa final surpreendente e que Jesse estabeleceu um novo record mundial. Long iria perder a vida durante a II Guerra Mundial em Itália, porque foi enviado para a frente da batalha, talvez por causa da questão olímpica ou porque não concordava com as ideias que o governo alemão tinha. </p><p> Hittler ao reparar nestes eventos, nem chegou a estar presente no dia da corrida de estafetas dos 4x100 metros. Os Americanos tinham trazido na sua comitiva dois jovens judeus americanos que iram competir nessa modalidade. Mas que foram "forçados" pelo comité americano, a não participar devido a "pedido" do comité alemão e que tiveram de fazer uma substituição de última hora, colocando os dois atletas que ficaram em 1º e 2º lugar nos 100 metros: Jesse e Ralph Metcalfe. Nenhum deles estavam preparados para correr em estafeta. De acordo com o que vão ver no filme, Jesse recusou participar nessa corrida, porque compreendeu o que estavam a pedir, e só disse que iria fazê-lo se ambos os atletas judeus assim o quisessem. Eles tiveram que ceder, mas pediram a Jesse e aos restantes membros da equipa para vencerem a prova. E assim estabeleceu um novo record e ganharam mais uma medalha. </p><p> Foram, por outras palavras, 4 magnificas bofetadas a Hittler e aos seus ideais. </p><p> Antes do regresso, a directora do filme dos jogos, solicitou a Jesse que repetisse o salto para que pode-se acrescentar esse momento com mais detalhe ao filme. Algo que o deixou um pouco surpreso, mas fê-lo. </p><p> Sobre o filme é sem dúvida um bom filme histórico e uma boa homenagem ao grande Jesse Owens. </p>
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"Race" - ênfase excessiva no racismo

Adriano José

Todos concordamos que o Nazismo e a América dos anos 30 eram vulcões de racismo mas este filme ignora o facto de que Cleveland, onde Owens vivia, era dos sítios menos racistas dos EUA nos anos 30 e a reconstrução das Olimpiadas de 1936 anda sempre à volta desse assunto, para além de recorrer excessivamente à computarização. Jesse Owens merecia um filme biograficamente mais correcto e que concentrasse mais na sua persona psicológica e espiritual.
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