Freeheld - Amor e Justiça
Título Original
Freeheld
Realizado por
Elenco
Sinopse
Críticas Ípsilon
Um caso da vida
Freeheld: Amor e Justiça é o relato de uma “cause célebre” na luta pelos direitos LGBT na sociedade americana, dirigido com a moleza dos telefilmes sobre “casos da vida”.
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Freeheld
Fernando Oliveira
Há aqueles filmes que são movidos apenas pelo desejo de nos contar uma história, filmes que querem apenas que nos emocionemos com as alegrias e as tristezas dos personagens que por lá evoluem.
“Freeheld” realizado em 2015 por Peter Sollett é um desses filmes. Parece ser um filme com vários aspectos que o poderiam aproximar da lógica produtiva dos mais banais modelos narrativos na televisão ou no Cinema: a inspiração num caso verídico, um drama familiar e um conflito com os poderes políticos; mas a inteligência com que são filmadas algumas cenas, o comedido realismo, ou a excelência do trabalho dos actores (Julianne Moore, Ellen Page e Michael Shannon), aproximam o filme dos melhores valores do Cinema clássico americano.
Laurel Hauster é uma detective de New Jersey, é lésbica mas esconde-o dos seus colegas; ela e Stacie Andree apaixonam-se e começam a viver juntas numa casa que compraram. Quando a Laurel é diagnosticado um cancro terminal, percebe que Stacie, vinte anos mais nova e mecânica de profissão, não vai ter condições para manter a casa das duas. Há uma dezena de anos as leis ainda não eram iguais para casais homossexuais e heterossexuais e começa assim uma “luta” com os vereadores da cidade para que a pensão resultante da morte de Laurel pudesse beneficiar Stacie.
O filme balança entre a história de amor entre as duas mulheres e a casa como símbolo desse amor, e a discussão da alteração da lei prestando particular atenção às reacções dos colegas de Laurel, a evolução da doença, mas também ao folclore que se associa a estas causas.
O debate tornou-se nacional e a pensão acabou por ser atribuída a Stacie. Já tinha sido realizado um documentário premiado sobre as duas mulheres e a sua história, e a ideia de um filme ficcionado era uma ideia de anos da actriz Ellen Page e do escritor Ron Nyswaner, que resultou num emocionante drama romântico, que é bonito até às lágrimas. (em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.com")
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