Três Recordações da Minha Juventude

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Drama 123 min 2015 10/03/2016 FRA

Título Original

Trois Souvenirs de ma Jeunesse

Sinopse

Depois de uma longa ausência no estrangeiro, Paul Dédalus está de regresso a França. Chegar a casa fá-lo reviver o passado e recuar a três momentos decisivos da sua vida: a infância, que deixou vários traumas devido à péssima relação com a mãe; uma viagem à antiga URSS, onde ajudou um jovem judeu a fugir do país; e, por último, a paixão por Esther, uma rapariga misteriosa que foi – e talvez ainda seja – o grande amor da sua vida…
Com realização e argumento de Arnaud Desplechin, um filme dramático que recupera a personagem Paul Dédalus, já antes apresentada em “Comment je me suis disputé... (ma vie sexuelle)”, também realizado por Desplechin em 1996. O elenco conta com a participação de Mathieu Amalric, Quentin Dolmaire, Lou Roy-Lecollinet e Dinara Drukarova, entre outros. “Três Recordações da Minha Juventude” teve 11 nomeações para os prémios César, entre eles o de Melhor Filme, Melhor Realização e Melhor Argumento Original. Em competição na Quinzena dos Realizadores no Festival de Cinema de Cannes, arrecadou o Prémio SACD (Société des Auteurs et Compositeurs Dramatiques).  PÚBLICO
 

Críticas Ípsilon

Desplechin na sua água

Luís Miguel Oliveira

As visitas do cineasta ao romanesco estão entre os filmes mais singulares do cinema francês contemporâneo: Três Recordações da Minha Juventude

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John Hughes intelectual

Jorge Mourinha

Um romance iniciático de uma leveza quase insolente embrulhado num filme que ganharia em ser menos autoral.

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Críticas dos leitores

Paul e Esther

J.F.Vieira Pinto

Paul Dédalus, retido no aeroporto à chegada, tem alguma dificuldade em explicar a existência de um “outro” Dédalus! E aqui começa a sua história que atravessa toda uma época onde a Europa de leste se “abre” ao ocidente. Paralelamente, o realizador (ou autor) Arnaud Desplechin, vai compondo o puzzle, sim, isso mesmo, que terá sido a história de amor de Paul e Esther iniciado nos “oitentas”, até ao nossos dias. Tudo “regado” com uma excelente banda-sonora e aqui agradecemos a Desplechin pelo facto de evitar os “tops” irritantes da época, escolhendo só a nata; fabulosas “músicas adicionais” compõem este “Três Recordações da Minha Juventude”. Como bónus, a presença de dois excelente atores – o futuro o dirá – diz-se nestas coisas: Quentin Dolmaire e Lou Roy-Lecollinet (a “convencida” Esther) serão certamente cartas a ter em conta. Seria injusto não mencionar Amalric: igual a si próprio: excelente (***)
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4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

O titulo do filme "Três Recordações Da Minha Juventude" é bastante explicito em relação ao seu conteúdo, e tem por base a história de vida de Paul, um antropólogo que, após vários anos a residir no Tazaquistão, decide retornar ao seu país natal (França). Aquando da sua chegada ao aeroporto é detido com o objectivo de averiguar-se a autenticidade do seu passaporte, já que aparentemente existe um outro individuo com os mesmos dados de identificação na Austrália. A partir deste interrogatório passa a recordar-se de três momentos do seu passado (divididos em capítulos), decorridos no período da infância e adolescência, dando especial ênfase aos meandros da sua relação amorosa com uma bela jovem. <br />Apesar da apresentação de tal enredo num registo episódico nada ter de minimamente original, o realizador tem a capacidade de transformá-lo num produto muito interessante, graças à sua narrativa intímista e lirica (e em simultâneo realista) exposta de um modo não tradicional, através de um mosaico de flashbacks algo anárquicos (quer por não seguirem uma ordem temporal definida, quer por a duração dos três actos, bem como a linguagem e a forma como os mesmos são filmados, ser heterogénea - como se assistíssemos a três projectos distintos com um forte fio condutor a interligá-los, o protagonista). <br /> <br />E claro, a grande mais-valia deste filme é a dupla de jovens actores, que irão dar cartas no futuro, Lou Roy-Lecollinet e Quentin Dolmaire (este último a fazer-nos lembrar Louis Garrel), dos quais a câmara parece enamorar-se e, deste modo, brindar-nos com algumas cenas bastante sedutoras.
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