Trumbo

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Biografia, Drama 124 min 2016 18/02/2016 EUA

Título Original

Trumbo

Sinopse

<div>James Dalton Trumbo nasceu em Montrose, EUA, a 9 de Dezembro de 1905. Aos 30 anos estreou-se com “Eclipse”, o seu primeiro romance. Já em 1939 escreveu “Johnny Vai à Guerra”, um clássico pacifista premiado com um National Book Award. Durante a década de 1940, com provas dadas na Sétima Arte, era já um dos argumentistas mais bem pagos de Hollywood, escrevendo sucessos de bilheteira como “Kitty - A Rapariga da Gola Branca” (que lhe valeu a primeira nomeação para um Óscar na categoria de melhor argumento adaptado), “Trinta Segundos sobre Tóquio” (1944) ou “Ternura“ (1945). Em 1947, ele e nove outras personalidades foram chamados a depor na comissão parlamentar de inquérito da Câmara dos Representantes dos EUA, presidida pelo senador Joseph McCarthy (1908-1957), cuja função era averiguar a suposta infiltração de comunistas na indústria cinematográfica. Trumbo recusou-se a acusar os colegas e foi condenado por desobediência civil, passando a integrar a primeira lista negra de Hollywood e obrigado a cumprir onze meses de prisão no estado de Kentucky. Após cumprir pena, muda-se com a família para o México. Ali, não desiste de trabalhar e arrisca escrever argumentos para cinema usando pseudónimos, arrecadando secretamente dois Óscares com os filmes “Férias em Roma” (1953), de William Wyler, e “O Rapaz e o Touro” (1956), de Irving Rapper. Mais tarde, com o apoio do realizador Otto Preminger, viu o seu nome ser creditado em “Exodus” (1960). Logo em seguida, Kirk Douglas tornou público que foi ele o responsável pelo argumento de “Spartacus” (1960), de Stanley Kubrick. Com isto, Trumbo foi reintegrado no Writers Guild of America, o sindicato dos argumentistas de Hollywood, e passou a ser creditado por todos os seus trabalhos. O seu último argumento para cinema foi com filme “Papillon” (1973), de Franklin J. Schaffner. “Night of the Aurochs”, publicado postumamente em 1979, foi o seu derradeiro romance. A 10 de Setembro de 1976, com 70 anos de idade, Dalton Trumbo tem um ataque cardíaco que se revelou fatal.</div> <div>Com realização de Jay Roach (“A Campanha”) e argumento de John McNamara, um drama que adapta a obra biográfica sobre Dalton Trumbo escrita, em 1977, por Bruce Alexander Cook. O elenco conta com Bryan Cranston, Diane Lane, Helen Mirren, Louis C.K., Elle Fanning, John Goodman e Michael Stuhlbarg, entre outros. PÚBLICO</div> <div> </div>

Críticas Ípsilon

Hollywood não sabe o que fazer com as suas histórias

Luís Miguel Oliveira

Se o mcarthyismo era maniqueísta, tratá-lo, como faz Trumbo, apenas virando o maniqueísmo ao contrário não é a melhor solução.

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Críticas dos leitores

Vermelho, cor do Inferno

Pedro Brás Marques

Intolerância. A histórias de Dalton Trumbo, tal como a de Carol, retratadas nos filmes homónimos, têm em comum o sectarismo e o fanatismo que atravessou a hipócrita sociedade americana dos anos 50. <br />“Trumbo” é o ‘biopic’ de Dalton Trumbo, um dos mais extraordinários argumentistas da história do cinema, mas que teve o azar de ser comunista em plena época de perseguição a tudo o que tivesse ressonâncias ao vermelho, isto é, à União Soviética, o futuro “Império do Mal”. Esta “caça às bruxas”, tristemente liderada por Joe McCarthy, levou a que muitos profissionais de Hollywood fossem despedidos, perseguidos e presos, apenas por defenderem ideias contrárias ao “establishment”. Trumbo nunca negou ser, mas também nunca respondeu afirmativamente, antes questionando qualquer interlocutor sobre o que é que o movia para fazer a pergunta. Esteve preso, teve de se mudar, a família era apontada a dedo, ele tornou-se um pária para a comunidade cinematográfica e, nesse período, viu dois trabalhos seus receberem Óscares, sem que a autoria lhe fosse atribuída. <br />Bryan Craston recria o prórpio Dalton Trumbo e carrega o filme às costas quase sozinho, apenas ligeiramente ofuscado por uma Helen Mirren em “overdrive” interpretativo, no papel duma coscuvilheira venenosa pertencente à “nobreza” de Hollywood. Curiosamente, a bela Diane Lane tem um papel secundário e apagado, o que não deixa de surpreender, já que enquanto mãe da família a sua personagem podia ter sido muito melhor explorada para efeitos dramáticos. Já a realização de Jay Roach é banalíssima, o que não admira vinda de alguém que assinou algumas das mais patéticas comédias dos últimos dez anos. <br />Foram tempos complicados estes, em que cidadãos eram perseguidos não só pelos seus semelhantes como pelo próprio Estado. Conceitos como liberdade de opinião ou autodeterminação eram impensáveis há seis décadas. Muito mudou desde então, mas o caminho está longe de estar percorrido. E é precisamente esse o enorme contributo de filmes como “Trumbo” e “Carol” que nos alertam para os totalitarismos, muitas vezes coloridos com cores enganadoras, e o quanto eles são um verdadeiro atentado ao Estado de Direito e ao conceito que hoje damos, de forma precipitada, por plenamente adquirido, a Liberdade.
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Uma vida

Fado Alexandrino

Deve estrear a 18 de Fevereiro. <br />Os comunistas vão arrancar os cabelos. <br />É a história, muito bem contada e melhor representada, do que aconteceu ao argumentista Dalton Trumbo, autor de verdadeiras pérolas do cinema. <br />Sob a acusação de ser comunista, e verdadeiramente era o filiado número 47187 (lá nos States não sabiam o que era a clandestinidade) acabou por ser preso e perder o emprego, ele e mais um punhado de aspirantes a comunistas. <br />Após a saída da prisão recomeçou a trabalhar sob nomes falsos até que assinando o argumento de "Spartacus" debaixo de um pseudónimo (que todos sabiam quem era) Otto chamou-o para assinar o argumento de "Exodus" com o próprio nome. <br />E depois JFK foi ver o filme e fez-lhe um público elogio. <br />O resto é história. <br />Um filme perfeito que se arrisca a levar para casa um Oscar. <br />O período McCarthy é encarado como uma zona negra dos Estados Unidos. <br />A interrogação que se coloca é: <br />O que seriam hoje se este homem não tivesse existido?
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