Rumo à Outra Margem

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Drama 127 min 2015 M/12 14/04/2016 JAP, FRA

Título Original

Kishibe no tabi

Realizado por

Sinopse

<div>Há já três longos anos que Yusuke, o marido de Mizuki, desapareceu inexplicavelmente. Agora, sem que ela esperasse, ele voltou. Durante todo esse tempo, ela esforçou-se por continuar a sua vida, sofrendo em silêncio e tentando encontrar razões que justificassem o seu afastamento. Ele explica-lhe que a sua ausência se deveu a um trágico acidente onde morreu afogado. É o fantasma de Yusuke que está perante ela. Ele quer levá-la numa longa viagem pelo caminho que percorreu para que Mizuki conheça todos os que foram cruzando com ele. Nessa jornada, ambos se vão sentir redefinir, tanto como seres humanos, como enquanto casal…</div><div>Com realização e argumento do japonês Kiyoshi Kurosawa ("Cure", "Castigo", "Sonata de Tóquio"), conta com Tadanobu Asano e Eri Fukatsu nos papéis principais. "Rumo à Outra Margem” foi o vencedor do prémio Un Certain Regard na edição de 2015 do Festival de Cinema de Cannes. PÚBLICO</div>

Críticas Ípsilon

Um longo adeus

Luís Miguel Oliveira

É a história de um luto, de um longo adeus: a uma viúva, a muito delicada e sofredora Eri Fukatsu, volta subitamente o marido morto há três anos. Ou o espírito dele, em materialização “realista” de carne e osso.

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Críticas dos leitores

4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Mizuki é uma jovem que ficou viúva prematuramente, há cerca de 3 anos. Todavia, dado o corpo do marido nunca ter aparecido, porque alegadamente foi consumido por caranguejos, esta nunca teve a possibilidade de consumar o ritual do luto, pelo que as memórias teimam em não abandoná-la (ainda mais quando ficaram alguns "muros" entre ambos, nunca antes assumidos, por derrubar). <p> Num dia igual a tantos outros (obviamente, solitário) eis que lhe surge, em carne e osso, o fantasma do defunto, que pretende redimir-se das lacunas do seu passado, bem como verbalizar-lhe pela última vez, antes de partir em definitivo para o "outro lado", o amor que nutre por ela. Todavia, antes da separação terrena ainda irão encetar em conjunto uma viagem espiritual e geográfica por vários locais reais por onde o seu "espírito/espectro" deambulou e habitou no período que medeia entre a sua morte e o reencontro (povoados por humanos, igualmente, mortos e em estado de transição). </p><p> Estamos perante um melodrama romântico com algumas incursões no mundo do sobrenatural (ou será que tudo não passa de um surto esquizofrénico da protagonista? A interpretação fica sob a vossa inteira responsabilidade), cuja narrativa explora as temáticas da perda, dor, ressentimento(s) e a necessidade da vida "seguir em frente" após a tragédia. </p><p> Perante tal descrição, quem ainda não teve a sorte de visionar o filme poderá alegar que o “Rumo à Outra Margem” à primeira vista não parece dotado de algo excepcionalmente original (o que até é verdade), no entanto, este filme não pode ser confundido com "qualquer um", na medida em que é um excelente exemplo da sensibilidade, estética e formalidade tipicamente nipónica (até custa a crer que o Kiyoshi Kurosawa até à data apenas tenha realizado filmes de terror - o que representa uma verdadeira inflexão no rumo da sua carreira, sobretudo se atendermos que esta é uma obra predominantemente contemplativa e "poética"). </p>
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