Muito Amadas

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Drama 104 min 2015 03/03/2016 Marrocos, FRA

Título Original

Much Loved

Sinopse

Marrocos, nos dias de hoje. Noha, Randa, Soukaina e Hima são quatro prostitutas que apenas se têm umas às outras. Elas vendem o corpo e recebem dinheiro em troca de favores sexuais. Cúmplices, dignas e merecedoras, sustentam as famílias que as desprezam, ao mesmo tempo que sobrevivem a todo o tipo de violência numa sociedade machista que tanto as utiliza como as vê como imorais.
Com argumento e realização do francês de origem marroquina e tunisina Nabil Ayouch (“Mektoub”, “Whatever Lola Wants”, “Os Cavalos de Deus”), “Muito Amadas” foi banido de circulação em Marrocos devido a “conteúdo imoral”. No Festival de Cinema de Cannes, foi apresentado na Quinzena de Realizadores, onde competiu pela Palma de Ouro. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

A mais velha profissão do mundo

Jorge Mourinha

Nabil Ayouch quer contar o lado humano da prostituição em Marrocos, mas não o consegue por inteiro.

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Críticas dos leitores

Muito Amadas

Evandro Joaquim Garcia

Excelente filme! Pena que não vi o início, pois entrou na tv a cabo às 05h da manhã! <br />Espero reprise e acho que merece ser visto para ser entendida a mensagem!
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É a vida

José Manuel Borralho

Está lá tudo no que diz respeito à prostituição. Não é preciso ir à Tailândia. Abuso do dinheiro, prostituição infantil, com "clientes" europeus, solidariedade entre si, suportam despesas familiares e são desprezadas. Os "politicamente corretos" não gostam, mas é a realidade dos países pobres.
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Maraquexe

Luis

Posso-vos garantir que em Maraquexe não me apercebi de que houvesse prostituição. Por isso acho bem que venha um natural mostrá-lo.
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Muito (des)amadas

Marcela Monte

Como as novas tecnologias são muito mais fáceis de implementar do que a prática dos direitos humanos!!!
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Muito amadas, sim, mas só entre elas...

Pedro Brás Marques

O valor e a importância da mulher no mundo árabe é um tema fracturante quando se comparam os seus direitos e, até, as suas condições de vida com o que se passa com as suas semelhantes no mundo ocidental. Mas o franco-marroquino Nabil Ayouch quis ir ainda um pouco mais longe e resolveu contar a vida de quatro prostitutas de Marraquexe, neste “Muito Amadas”. E armou uma controvérsia que levou, em Marrocos, o filme a ser proibido e as actrizes a serem perseguidas. <br /><br />O realizador optou por um registo muito próximo dum documentário, pouco revelando sobre o passado das quatro. Focou-se essencialmente num período temporal curto, em que acompanhamos as suas investidas junto de ricos empresários árabes que, na vertigem da noite, consomem álcool, droga e mulheres como se não houvesse amanhã. Pior, tratam-nas como se verdadeiros objectos fossem, prontos a usar e a deitar fora, humilhando-as de todas as formas possíveis. Elas não têm alternativas. São verdadeiros párias da sociedade e nem sequer se dignam a passear na rua de forma descontraída. Vivem com um homem, que as conduz, ajuda e até as protege, mas sem chegar a ser um proxeneta, já que o seu papel é completamente passivo, quase o de um criado. Mas há vida para lá da prostituição. Onde as personagens ganham alguma dimensão e onde as conhecemos na realidade, e não no papel que interpretam enquanto prostitutas, é nas conversas de sala e nas viagens de táxi. Ali contam as suas ambições, os seus sonhos, as suas esperanças. Sofrem, choram mas ajudam-se mutuamente. A forma como as quatro dormem, todas juntas, braços e corpos entrelaçados, como se fossem irmãs órfãs, é das imagens mais marcantes deste filme de Nabil Ayouch, que há quatro anos tinha apresentado o muito interessante “Os Cavalos de Deus”, sobre os atentados bombistas na praça Djeema El Fna, também em Marraquexe. <br /><br />As quatro actrizes acabam por interpretar quatro tipos diferentes de mulher, desde a insubmissa e irreverente até à inocente e inexperiente, umas completamente profissionais enquanto outras preocupadas com a vida para além do exercício da “profissão mais velha do mundo”. O registo visual é do tipo “câmara em punho” e toca a filmar, no claro intuito de tornar a acção o mais realística possível. O problema deste “Muito Amadas” não é esse é o de ser evidente que houve mais preocupação em mostrar, até em denunciar, a hipocrisia da situação e a violência a que as mulheres estão sujeitas, do que propriamente transmitir ou fazer sentir algo de mais profundo no espectador.
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3 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

"Muito Amadas" retrata a vida de um grupo de prostitutas em Marraquexe. A sua narrativa realista, humanista e intimista, embora aborde uma temática quase tabu (de recordar que se trata de um país conservador, em que a esmagadora maioria da população professa o islamismo) nunca prescinde do humor (o que em nada esmorece a forte critica social às hipocrisias de uma sociedade patriarcal) entrelaçado no drama (o que lhe confere uma vitalidade transbordante). <br /> <br />É fácil simpatizarmos com as protagonistas (maioritariamente actrizes não-profissionais), e consequentemente com o filme, mesmo sem o realizador efectuar manipulações que as transforme em “mártires”. De facto, este teve a inteligência/capacidade de fugir aos estereótipos, bem como aos julgamentos morais (tanto em relação às mesmas quanto à sociedade em que estão inseridas), apresentando-as não como meros objectos/conceitos mas “simplesmente” como pessoas com virtudes e defeitos que exercem essa actividade como modo de subsistência. <br /> <br />Isto pode parecer pouco para alguns, no entanto, infelizmente, já foi o suficiente para que a actriz principal tivesse que refugiar-se em França, depois de ter sido vitima de agressão e de múltiplas ameaças.
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3 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

"Muito Amadas" retrata a vida de um grupo de prostitutas em Marraquexe. A sua narrativa realista, humanista e intimista, embora aborde uma temática quase tabu (de recordar que se trata de um país conservador, em que a esmagadora maioria da população professa o islamismo) nunca prescinde do humor (o que em nada esmorece a forte critica social às hipocrisias de uma sociedade patriarcal) entrelaçado no drama (o que lhe confere uma vitalidade transbordante). <br /> <br />É fácil simpatizarmos com as protagonistas (maioritariamente actrizes não-profissionais), e consequentemente com o filme, mesmo sem o realizador efectuar manipulações que as transforme em “mártires”. De facto, este teve a inteligência/capacidade de fugir aos estereótipos, bem como aos julgamentos morais (tanto em relação às mesmas quanto à sociedade em que estão inseridas), apresentando-as não como meros objectos/conceitos mas “simplesmente” como pessoas com virtudes e defeitos que exercem essa actividade como modo de subsistência. <br /> <br />Isto pode parecer pouco para alguns, no entanto, infelizmente, já foi o suficiente para que a actriz principal tivesse que refugiar-se em França, depois de ter sido vitima de agressão e de múltiplas ameaças.
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