Belém

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Thriller, Drama 99 min 2013 M/12 31/07/2014 BEL, ALE, ISR

Título Original

Bethlehem

Sinopse

<p><span style="color: #000000">Razi (Tsahi Halevi) é um agente dos serviços secretos israelitas que cria laços com Sanfur (Shadi Mar'i), um adolescente que trabalha como seu informador do outro lado da barricada. Com o tempo, desenvolve-se entre eles uma relação muito próxima e pessoal, quase de pai-filho, com ternura, respeito e atenção. Mas Sanfur é irmão de Ibrahim, o militante palestiniano que Razi tem de capturar ou assassinar... Gera-se assim uma teia de conflitos de lealdade e dilemas morais de que é impossível fugir.</span><br /> <span style="color: #000000; line-height: 1.6em">Um "thriller" dramático sobre o conflito israelo-palestiniano. Corresponde à primeira longa-metragem de Yuval Adler e nasce de anos de investigação, levantamento de testemunhos e experiência pessoal do realizador. O filme ganhou seis prémios da Academia do Cinema Israelita, incluindo os de melhor filme, realização e argumento (co-escrito por Adler e Ali Wakad). Foi ainda apresentado na selecção oficial do Festival Internacional de Cinema de Toronto e nos Dias de Veneza.</span><br /> <span style="color: #000000; line-height: 1.6em">PÚBLICO</span></p>

Críticas Ípsilon

Pais e filhos

Jorge Mourinha

Belém olha para o conflito israelo-palestiniano como policial nervoso sobre uma relação ambígua entre um miúdo à procura de um pai e um agente à procura de um informador.

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Críticas dos leitores

4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

<br />É, no mínimo, interessante que no auge do conflito entre Israel e a Palestina estejam em exibição simultânea nas salas de cinema dois filmes oriundos destes países (cuja distribuição comercial entre nós, por norma, é praticamente nula), mais concretamente, este "Belém" (israelita) e "Omar" (palestiniano). Como seria de esperar, ambos se debruçam sobre os dramas inerentes a esta guerra, e claro que cada um deles se mostra ao mundo como o "anjinho de serviço" puro e imaculado enquanto o outro é diabolizado, como se não fosse tudo uma enorme "área cinzenta" (justiça seja feita, a película israelita tenta ser um pouco mais imparcial, na medida em que até questiona "ao de leve" o tratamento dado a alguns palestinianos, embora fiquemos na dúvida se a "preocupação" demonstrada é genuína ou se não passa de pura "estratégia de sedução" para à posteriori atingirem os seus intentos - e essa mesma ambiguidade acaba por ser uma das mais valias desta obra que tem a capacidade de nos deixar mentalmente desestruturados). Trata-se, de facto, de um drama psicologicamente intenso (tanto mais sabendo nós estarmos na presença de factos cuja correspondência com a realidade não é pura coincidência); com excelente timming ao nível da gestão da expectativa/tensão gerada no espectador (de tal modo que passamos todo o tempo com ansiedade acerca do evento que irá ocorrer na cena seguinte - como se fosse possível esta catástrofe ter qualquer vislumbre de "luz ao fundo do túnel" ou perspectiva de um desfecho minimamente satisfatório para ambos os lados); bem estruturado; e "formativo", se tivermos inteligência/distanciamento para filtrar informação (permitindo-nos conhecer/tentar perceber a perspectiva de uma da partes). <br /> <br />Feita esta mini "apresentação/advertência" apenas resta dizer (para não chatear muito mais) que o filme tem por base a relação entre um agente dos serviços secretos israelitas e um informador palestiniano adolescente (que é o irmão mais novo de um terrorista ao serviço do Hamas) - e "só" por isto facilmente depreendem que tem tudo "para dar molho ... do grosso".
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