Omar

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Thriller, Drama 96 min 2013 17/07/2014 Palestina

Título Original

Omar

Sinopse

<p>Omar é um jovem palestiniano que, por amor, está disposto a todos os sacrifícios. Para ver Nadia, a namorada, ele trepa o muro de separação que foi construído para demarcar os territórios palestinianos ocupados. Um dia, é preso e espancado por agentes israelitas, por suspeita do homicídio de um deles. Enfrentando a possibilidade de ser sentenciado a 90 anos de prisão, recebe a proposta de, em alternativa, se converter em agente duplo para os serviços secretos de Israel. Determinado a não obedecer a ordens do inimigo, Omar junta-se a Tareq, o irmão militante de Nadia, e começa a sua luta pela conquista da liberdade, para si e para o seu povo. Mas, para que isso seja possível, o rapaz tem de enfrentar as terríveis consequências das escolhas que é obrigado a fazer.<br /> Nomeado para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro, um filme sobre o amor, a amizade e a lealdade nas suas diversas contradições. Conta com argumento e realização de Hany Abu-Assad ("O Paraíso, Agora!", também nomeado para o Óscar em 2006). Em Cannes, onde foi exibido na secção Un Certain Regard, "Omar" recebeu o Prémio do Júri. PÚBLICO</p>

Críticas Ípsilon

De que lado estás neste muro?

Vasco Câmara

Omar estabelece um pacto com a sua personagem, não há ambiguidades aí. Belém escolhe a objectividade - coisa sempre ambígua

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Fatalismo ao sol de Gaza

Jorge Mourinha

O conflito israelo-palestiniano num prisma de filme policial

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Críticas dos leitores

Boa surpresa!

Paulo Lisboa

Fui ver o filme porque queria ver como o realizador abordava a vida nos territórios ocupados na Palestina. <br /> <br />Antes de entrar no cinema a minha expectativa era baixa, porque sabia que a maior parte dos actores eram amadores mas, verdade seja dita, tiveram boas actuações. <br />Gostei dos valores que o filme transmite, como a lealdade, a amizade, um certo respeito familiar e um certo amor à pátria. É um bom filme <br /> <br />Numa escala de 0 a 20 valores, dou 16 valores a este filme.
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“Omar” - Um drama shakespeariano no Médio Oriente.

Nelson

Numa altura em que se reacendeu de forma trágica o conflito israelo-palestiniano, estreou nas salas de cinema portuguesas o filme "Omar". <br /> <br />O realizador palestiniano Hany Abu-Assad volta a efetuar um filme tendo como pano de fundo este conflito, à semelhança de “Paraíso Agora” de 2005 (ambos nomeados para Óscar de melhor filme estrangeiro). <br /> <br />Tal como no filme de 2005 (sobre dois bombistas suicidas), em “Omar” o realizador usa o conflito apenas como cenário para os seus personagens. O seu objetivo é sempre mostrar as pessoas: os seus sentimentos, emoções, pulsações que condicionam os seus atos (mesmo que alguns sejam reprováveis). No fundo quer demostrar que os palestinianos são seres humanos normais, sujeitos às mesmas fraquezas e virtudes, merecendo a mesma dignidade que a restante humanidade. <br /> <br />A história deste filme é sobre Omar, os seus dois amigos (Tarek e Amjad) e sobre Nadia (irmã de Tarek) com a qual mantem uma relação secreta longe do conhecimento de Tarek. Os três amigos planeiam e executam um ataque matando um soldado israelita. Os serviços secretos israelitas conseguem provar que Omar esteve envolvido no ataque e propõem uma escolha impossivel para Omar: uma previsível prisão perpétua ou a liberdade caso este entregue Tarek, que os israelitas pensam ser o cérebro desta célula “terrorista”. Omar é libertado, tendo 30 dias para fazer o que os israelitas querem ou voltará para a prisão. <br /> <br />A partir daqui Omar parece estar condenado a um destino trágico, independentemente das escolhas qua faça. Não quer trair os seus companheiros e o seu povo, mas o facto de ter saído “muito cedo” da prisão israelita, torna-o aos olhos da sua comunidade um possivel “colaboracionista”, uma suspeita que o consome, e que o compele a fazer de tudo para provar o contrário. <br /> <br />Mas contra isto concorre a paixão intensa e arrebatadora que sente por Nadia e o desejo de querer construir com ela uma vida em comum, que não será possível se for preso. Mas como ter uma relação com Nadia e ao mesmo tempo entregar o seu irmão aos israelitas? <br /> <br />Este dilema de Omar vai-se intensificando ao longo do filme, tendo este todos os elementos de um verdadeiro drama shakespeariano. O final é totalmente surpreendente, optando o realizador por dar todos os elementos necessários e forçar o espetador a reconstruir o que terá sido o previsível final. <br /> <br />Não podemos considerar este filme como anti-isrealita, apesar das imagens do muro que separa a Cisjordânia ou das torturas sofridas por Omar na prisão. Também do lado palestiniano, não será pacífico, pois aborda um tema tabu que são os “colaboracionistas”. É essencialmente um filme em que o realizador procura demonstrar que os palestinianos são seres humanos como qualquer um de nós.
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“Omar” - Um drama shakespeariano no Médio Oriente.

Nelson

Numa altura em que se reacendeu de forma trágica o conflito israelo-palestiniano, estreou nas salas de cinema portuguesas o filme "Omar". <br /> <br />O realizador palestiniano Hany Abu-Assad volta a efetuar um filme tendo como pano de fundo este conflito, à semelhança de “Paraíso Agora” de 2005 (ambos nomeados para Óscar de melhor filme estrangeiro). <br /> <br />Tal como no filme de 2005 (sobre dois bombistas suicidas), em “Omar” o realizador usa o conflito apenas como cenário para os seus personagens. O seu objetivo é sempre mostrar as pessoas: os seus sentimentos, emoções, pulsações que condicionam os seus atos (mesmo que alguns sejam reprováveis). No fundo quer demostrar que os palestinianos são seres humanos normais, sujeitos às mesmas fraquezas e virtudes, merecendo a mesma dignidade que a restante humanidade. <br /> <br />A história deste filme é sobre Omar, os seus dois amigos (Tarek e Amjad) e sobre Nadia (irmã de Tarek) com a qual mantem uma relação secreta longe do conhecimento de Tarek. Os três amigos planeiam e executam um ataque matando um soldado israelita. Os serviços secretos israelitas conseguem provar que Omar esteve envolvido no ataque e propõem uma escolha impossivel para Omar: uma previsível prisão perpétua ou a liberdade caso este entregue Tarek, que os israelitas pensam ser o cérebro desta célula “terrorista”. Omar é libertado, tendo 30 dias para fazer o que os israelitas querem ou voltará para a prisão. <br /> <br />A partir daqui Omar parece estar condenado a um destino trágico, independentemente das escolhas qua faça. Não quer trair os seus companheiros e o seu povo, mas o facto de ter saído “muito cedo” da prisão israelita, torna-o aos olhos da sua comunidade um possivel “colaboracionista”, uma suspeita que o consome, e que o compele a fazer de tudo para provar o contrário. <br /> <br />Mas contra isto concorre a paixão intensa e arrebatadora que sente por Nadia e o desejo de querer construir com ela uma vida em comum, que não será possível se for preso. Mas como ter uma relação com Nadia e ao mesmo tempo entregar o seu irmão aos israelitas? <br /> <br />Este dilema de Omar vai-se intensificando ao longo do filme, tendo este todos os elementos de um verdadeiro drama shakespeariano. O final é totalmente surpreendente, optando o realizador por dar todos os elementos necessários e forçar o espetador a reconstruir o que terá sido o previsível final. <br /> <br />Não podemos considerar este filme como anti-isrealita, apesar das imagens do muro que separa a Cisjordânia ou das torturas sofridas por Omar na prisão. Também do lado palestiniano, não será pacífico, pois aborda um tema tabu que são os “colaboracionistas”. É essencialmente um filme em que o realizador procura demonstrar que os palestinianos são seres humanos como qualquer um de nós.
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OMAR

Joaquim Kaddosh

Fui ver o filme OMAR e gostei, mas... pareceu-me uma abordagem do problema israelo-palestiniano manifestamente maniqueísta - os Palestinianos são os cowboys (os bons da fita) e os Israelitas os Índios (os maus da fita). Um simplismo que não abona uma interpretação estupenda e uma óptima realização.
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4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Qualquer filme palestiniano, e este não constitui excepção, inevitavelmente explora/denuncia as agruras de um povo oprimido, humilhado, revoltado e à beira da catástrofe social que (sobre)vive, literalmente ao "molho", num ínfimo espaço territorial (quase estéril) confinado por um "muro de vergonha" (fruto de uma situação geopolítica complexa sem solução à vista). No entanto, ao contrário de todos os outros, este não é apenas um simples produto de pendor político (embora, também o seja), uma vez que o realizador teve a inteligência de o "desradicalizar " (não abdicando, todavia, de efectuar um retrato - sem maniqueísmos - intimo, intenso e perturbante q.b. da interacção entre israelitas e palestinianos) e, consequentemente, "comercializá-lo/humanizá-lo", ao adicionar um ingrediente-chave, o romance (e não há qualquer dúvida que conseguiu contar-nos uma das mais belas/cativantes histórias de amor -e lealdade- dos últimos tempos, " à la Romeu e Julieta"); bem como, ao "aligeirá-lo", socorrendo-se, por vezes, para o efeito, de um tom agridoce e algo cómico ("vendendo", deste modo, a sua mensagem de uma forma mais eficaz a audiências cinéfilas mais vastas - inclusive, foi nomeado por Hollywood para óscar na categoria de "filme estrangeiro"). E claro que seria extremamente injusto se não mencionasse que para atingir este objectivo também (muito) contribuiu a excelente química/empatia existente entre os actores (todos eles sem qualquer experiência de representação e residentes no território ocupado).
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Médio Oriente

Marcela Monte

Uma bonita chamada de atenção para a importância da PAZ. Dos gestos mais simples, como o beber um copo com os amigos, aos valores mais universais, como a lealdade, a amizade, a honra, tudo fica diferente. Vale a pena ver!
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