O País das Maravilhas

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Drama 110 min 2014 M/12 26/03/2015 ALE, ITA, SUI

Título Original

Le Meraviglie

Sinopse

É Verão na Toscana (Itália) e a família de Gelsomina sobrevive da apicultura. Wolfgang, o pai, é um alemão pessimista de ideias muito próprias. Apesar da sua juventude, é Gelsomina quem comanda a lógica familiar. As suas três irmãs mais novas obedecem-lhe e trabalham sob as suas ordens. Enquanto o campo está a ser destruído pelos pesticidas e a vida dos enxames a alterar-se a cada dia, um programa de televisão chega àquele lugar, oferecendo um prémio à família mais tradicional. O concurso das maravilhas rurais é apresentado por Milly Catena, uma mulher belíssima por quem as crianças se deixam deslumbrar. Gelsomina quer participar na competição, mas o pai proíbe-a. Nesse momento, o patriarca aceita Martin em sua casa, um rapaz vindo de um programa de reinserção social. A tensão entre o forasteiro e Gelsomina sente-se a cada momento, mas ela está determinada a mostrar a sua força. De tal modo que, no final daquele longo Verão, tudo para eles será diferente…
Vencedor do Grande Prémio do júri no Festival de Cinema de Cannes, um filme dramático assinado pela realizadora italiana Alice Rohrwacher ("Corpo Celeste"). O elenco conta com Maria Alexandra Lungu, Alba Rohrwacher (irmã da realizadora), Sam Louwyck, Monica Bellucci e Luis Huilca, entre outros. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

O pai tirano e a abelha-mestra

Jorge Mourinha

A história é menos interessante que o tratamento, mas Alice Rohrwacher sabe muito bem o que está a fazer.

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O espectáculo da natureza

Luís Miguel Oliveira

Há algum tempo que não víamos “o campo”, a ruralidade, a entrarem num filme de maneira tão expressiva e tão palpável, a ponto de se tornarem a sua matéria.

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Críticas dos leitores

Filme excelente

Maria Bastos

Foi muito boa escolha este filme para ver gratuitamente no CCB. <br />Retrata uma realidade rural de famílias pobres, arrastadas pelo autoritarismo egoísta de um patriarca e pela passividade de uma mãe que assiste à infelicidade, sofrimento e degradação física da filha, sem tomar qualquer iniciativa de salvação, aceitando naturalmente as circunstâncias em que vivem, compactuando assim com a autoridade rude do pai. <br />Existe uma identidade muito próxima entre a realidade retratada no filme e vivências de uma geração ainda recente de famílias rurais portuguesas caracterizadas pelo domínio paterno autoritário com consequências irreversíveis na educação retrógrada dos filhos.
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O País das Maravilhas

Jose godoy

É muito bom. Gostei muito.
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Incrível

Paulo

De uma delicadeza bela!
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MÁGICO!

CP

De uma beleza, e intimidade, não convencionais no cinema, talvez em Erice no "Espírito da Colmeia"... e em poucos mais. <br />O olhar que a realizadora nos oferece é o mesmo que acontece, através da ténue e frágil existência humana na idade da inocência (nas crianças) e a da idade da razão (nos seus pais) e tem o seu próprio lugar. É um filme, em que as pessoas pertencem a um “lugar” e dele cuidam - sabem aonde e como estão. O lugar é a sua condição. A moral, a ética, e as leis não existem ali (uma quinta na Toscânia, aonde uma família se dedica à apicultura, tendo por chefe de família, a mais velha das filhas, no inicio da sua adolescência) talvez esta opção, de aparente negligencia sobre a autoridade familiar, seja dos factos mais subversivos do filme. Uma família que se autoregula, através de uma lógica própria – uma coerência interna, não imposta pela globalização (que também ali, e por quase acidente) tenta invadir o “lugar”. <br />Pelo meio um absurdo concurso/ uma absurda televisão/ para turistas voyers (aonde é que eu já vi isto ???), tenta-se, mas em vão, contaminar a genuinidade do lugar e das pessoas que o habitam.
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4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

Eis que de Itália chega-nos a "versão século XXI" do incontornável filme de Ettore Scola, "FEIOS, PORCOS E MAUS" (cuja acção presentemente decorre numa Toscana nada maravilhosa, escondida dos roteiros turísticos). Todavia, na sua essência esta obra diverge da original porque, para além de ser, igualmente, dura e bruta, é, em simultâneo, terna e sensível (pese a aparente incongruência - e no fundo, a caracteristica que lhe confere alma/originalidade). Talvez por isso mesmo (e também por estarmos em presença de um "quase documentário" realista com uns toques de lirismo e comédia - uma outra "incongruência"-, que retrata a vida campestre de uma atípica família italiana de ascendência alemã, algo hippie, que subsiste graças à produção de mel), "primeiro estranha-se, depois entranha-se", pelo que é uma película que vamos aprendendo a gostar (de modo cada vez mais intenso) à medida que vai decorrendo tempo sobre a sua visualização. <br /> <br />O foco centra-se sobretudo na doce e inocente Gelsomina (a "gata borralheira das colmeias"), a adolescente que, sem qualquer queixume, "segura as pontas" de uma família desestruturada (embora afectiva ... à sua maneira) que vive um pouco à margem das regras da sociedade em que está (des)inserida, e cujo principal sonho é participar no programa de televisão, "O País das Maravilhas" (concurso populista freak show que premeia as melhores empresas familiares do país), por forma a angariar dinheiro para a subsistência dos seus familiares. E através dela são afloradas temáticas de cariz social e político (sem serem, contudo, exploradas a fundo, uma vez que mais que um "panfleto de denúncias" -embora também o seja-, a realizadora aposta mais na exploração dos afectos), nomeadamente, a crise económica, a falência do Estado Social, a inversão dos papéis na família tradicional, a exploração do trabalho infantil, o machismo, a alienação dos media. Tudo isto recorrendo a alguns episódios surrealistas verdadeiramente deliciosos.
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De fugir!

Rui

Um filme aborrecido e triste que nos rouba quase duas horas de vida...
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