O Homem Duplicado

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Drama, Thriller 90 min 2013 M/16 19/06/2014 CAN, ESP

Título Original

Sinopse

Adam é um professor universitário que, apesar de acomodado à monotonia, não se sente feliz com o rumo que a sua vida levou. Um dia, ao ver um filme, percebe que, para seu horror, o actor principal é a sua cópia exacta. Ainda em choque com o que acabou de descobrir, não consegue tirar da cabeça a imagem do outro. É então que decide saber tudo sobre aquela pessoa, inclusivamente a morada e número de telefone. Quando se conhecem e se apercebem da inexistência de quaisquer laços de sangue que pudessem justificar as semelhanças, eles vêem-se a questionar a sua existência e a sua própria identidade como seres únicos e insubstituíveis. Mas esta descoberta – e tudo o que daí advém – não deixará marcas apenas neles, mas também em todos os que com eles se relacionam.<br /> Com realização de Denis Villeneuve ("Raptadas"), um "thriller" psicológico que adapta uma das mais célebres obras de José Saramago. No elenco, os actores Jake Gyllenhaal, Mélanie Laurent, Isabella Rossellini, Sarah Gadon e Stephen R. Hart. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Os problemas de adaptar Saramago

Jorge Mourinha

Apesar de cuidada, uma adaptação que desilude pelo formalismo oco.

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Críticas dos leitores

A adaptação mais eficaz a Saramago

Pedro Ribeiro

O ano de 2014 já lá vai, porém tive a oportunidade de descobrir, quase dois anos depois, que este ficou marcado pela adaptação mais próxima, ainda que longe de ser totalmente correta de um livro de José Saramago para o grande ecrã. <br />“O homem duplicado” é adaptado através de “Enemy”. Dirigido por Denis Villenueve, (Prisoners, 2013), a peça conta com a presença, no papel principal, de Jake Gyllenhaal (uma vez mais irrepreensível). Uma história sobre um homem infiel que se sente preso pelo sexo oposto e que luta consigo mesmo tentando explicar o facto de ter descoberto o seu sósia perfeito, vendo a sua vida como uma longa teia de aranha, da qual não há escapatória. <br />Um Cinema formal, um filme preso nos detalhes que perde, em algumas fases, o verdadeiro potencial da história. Não deixa no entanto de ser envolvente e de colocar o espectador num clima de pesadelo e de claustrofobia, entrando, quase muito eficazmente na mente de um homem perturbado. <br />Para os festivais se diz que “o melhor remédio é ir”, para este filme se poderá dizer que o melhor remédio é, de facto, ver.
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Eu e o outro Eu!

Paulo G.

É um filme denso algo Hitchcockiano, em que a fragmentária personalidade de Adam/Anthony conduz a uma não linearidade do curso temporal do filme e a falsas descontinuidades de "realidades". Seguramente nem todos irão gostar já que o filme é extremamente exigente, mas para quem conseguir ir acompanho a complexa e intrincada teia narrativa será deveras estimulante...
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Criticas dos nossos leitores

CMP

Não existem críticas dos nossos leitores.<br /> <br />Resposta: Existem se as publicarem!
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O Homem Duplicado

Marcela Monte

É um lugar comum, mas diverti-me muito mais com o livro...
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Inconvincente.

CMP

Este filme parece focar um tema agora em voga no cinema - a identidade! Penso que não fará jus nem ao livro, nem á temática. Acerca de identidade: melhor/ muito melhor - tivemos recentemente "O Duplo" realizado por Richard Ayoade. Neste " homem duplicado" as sucessivas metáforas foram sofrivelmente tratadas com recursos de cinema parcamente explorados - e a parte "onírica" muito mal aflorada também, penso que Freud ficaria chateado se o pudesse ver - com uma única aranha como símbolo para descodificar. Pronto - não convenceu! Não conseguiu homenagear minimamente o autor do livro, nem a sublime temática abordada."C'est domage..."
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4 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

No plano de abertura surge uma citação de José Saramago (aliás, esta obra é uma adaptação de um dos seus mais aclamados livros, "O Homem Duplicado"), "o caos é uma ordem por decifrar", e o realizador "leva-a à letra", uma vez que ao longo de 90 minutos vai lançando múltiplas possibilidades/plantando ideias algo complexas (com muitas metáforas à mistura, por ex., o aparecimento sucessivo de aranhas ainda continua a dar-me "voltas na cabeça" - quando virem a película perceberão ao que me refiro) sem nos oferecer quaisquer respostas definitivas (cabendo-nos, enquanto espectadores activos, deixar a nossa imaginação voar e, deste modo, tentar encaixar as peças do - quiçá, indecifrável - puzzle , e, consequentemente, encontrar uma das possíveis interpretações). Mas este não é o único "mestre" de que Villeneuve se socorre para "justificar" o rumo do seu filme, de facto, logo num dos primeiros diálogos, é verbalizado pela "metade" do personagem principal que: "a História repete-se sempre, pelo menos duas vezes, disse um dia Hegel, ao que Karl Marx acrescentou, a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa". <p> E feito o devido "enquadramento (pseudo)teórico" , poder-se-á contar um pouco do enredo - correndo um certo risco de revelar algo a mais - que tem por base um entediado professor de História, com uma vivência completamente monótona e repetitiva (tal como os padrões cíclicos da Historia que lecciona), tanto a nível pessoal quanto profissional, que um certo dia, por mero acaso, ao visionar um filme, que lhe havia sido sugerido, descobre que um dos personagens secundários é interpretado por alguém que é uma cópia perfeita de si. A partir desse momento inicia-se uma busca incessante/obsessiva pelo "outro" (e um jogo constante de dualidades). Quem serão "um e outro"? Clones? Irmãos gémeos separados à nascença? Uma só pessoa a quem a mente pregou uma partida, como forma de "viver uma outra vida", que lhe está vedada? Pois ... vejam e decidam-se! <br /> Não ficaram convencidos? Estou certo que mesmo após a sua visualização muitos continuarão a não o estar, pois é um filme que se destina a ser amado ou odiado (pelos mesmos motivos). Por isso, desde já vos digo que se, ao contrário de mim, são daqueles que não apreciam indefinições, ambiguidades, interrogações e simbologias (apresentadas em modo “slow motion”) mais vale nem colocarem os pés na sala de cinema. Já aos "outros" recomendo-o vivamente. </p><p> Saliente-se ainda que o interesse do filme reside não apenas na história (que muitos irão crucificar por ser uma adaptação muito livre da obra que lhe serve de base - no entanto, seria, igualmente, criticado, caso o sucedesse precisamente o contrário), mas -e sobretudo-, pela excelente interpretação de Jake Gyllenhaal (que com subtis nuances no seu "boneco" faz-nos acreditar estarmos perante indivíduos diametralmente opostos), bem como pela excelência com que a cidade de Toronto foi filmada pelo Villeneuve (servindo de excelente adereço ao ambiente depressivo, melancólico e opressivo que se impunha). </p><p> Ahh e li, numa qualquer entrevista, que Pilar del Rio afirmou que "Talvez não encontrem o livro, mas o José Saramago está dentro do filme"... e julgo que é um grande elogio! </p>
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