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Melancolia

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Ficção Científica, Drama 134 min 2011 M/12 01/12/2011 SUE, FRA, DIN, ALE

Título Original

Melancholia

Sinopse

Melancholia é um planeta gigante, escondido atrás do Sol, que agora se encontra em rota de colisão com a Terra, numa "dança de morte" que ameaça a total destruição do planeta. Justine é uma jovem frágil e depressiva a viver a sua festa de casamento com Michael, o homem que ama. Claire, a equilibrada irmã mais velha e suporte emocional da família, é casada com John e mãe de Leo. As duas irmãs têm personalidades opostas e uma relação ambivalente que oscila entre o amor profundo e a raiva. Mas, quando chega o momento previsto para o embate dos planetas, as duas mulheres têm reacções contraditórias. E, contra todas as probabilidades, a sua relação inverte-se...<br />Mais do que um filme-catástrofe, "Melancolia" é, segundo Lars Von Trier, um filme sobre a natureza humana e as suas reacções num contexto de hecatombe, seguindo a premissa de que as pessoas depressivas tendem a reagir de um modo estranhamente calmo em situações limite. O elenco conta com a participação de Kirsten Dunst, Charlotte Gainsbourg, Kiefer Sutherland, Alexander Skarsgård, Charlotte Rampling, John Hurt entre outros. O filme, em competição na edição de 2011 de Cannes, deu a Dunst o prémio de melhor actriz. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

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Luís Miguel Oliveira

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Jorge Mourinha

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Vasco Câmara

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Críticas dos leitores

Pegue-se pela ponta que se quiser, é obra de mestre

Nazaré

<p>A ponta que eu prefiro é dos rituais: a primeira parte dilacera os duma boda, a segunda os da morte esperada. E vai dizendo muitas coisas terríveis, às vezes sem que no momento lhes sintamos o impacto. É por isso que será desmerecê-lo sair da sala com uma ideia feita e pronto a esquecê-lo. Porque é uma obra feita com imensa seriedade e amor, e com a maior arte. E então a sequência inicial, a lembrar quadros surrealistas ao estilo de Dalí. Uau!<br />Agora se percebe a tentativa desajeitada de Terrence Malick de realizar uma "meditação cósmica" sobre a vida. Assim se vê o que é não chegar aos calcanhares de Lars von Trier, certamente o mais significativo realizador dos últimos 25 anos.</p>
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Fim do Mundo – Versão Lars Von Trier

J.F.Vieira Pinto

<p>Choveram "meteoritos" por todo lado, sobre a cabeça de Von Trier. Depois de Cannes, falou-se mais do supérfluo, ignorando-se o essencial. E o essencial chama-se: cinema!<br />Cá pelas nossas bandas, os críticos "oficiais" dividem-se entre o execrável e o razoável.<br />Pelo meio, Lars Von Trier ganha o prémio de "melhor filme do ano", isto, já com o filme em exibição. Pergunta-se: se a crítica dita "oficial" refizesse os respectivos artigos seriam da mesma opinião?<br />"A vida na terra é má", diz Justine, a personagem interpretada pela Kirsten Dunst. É o "aceitar" da fatalidade anunciada: o choque do planeta Melancholia com a terra. Como para tudo há uma solução, é com a ajuda da "tia quebra-aço" que se constrói um abrigo de... paus!<br />"Melancolia" não será a obra-prima de Von Trier contudo, a sua visualização numa sala de cinema torna-se obrigatória. Num ápice, as duas horas e um quarto esfumam-se. Tem uma fabulosa banda sonora e a oportunidade de ver (ou rever) actores europeus "desaparecidos" das nossas salas: Charlotte Rampling, John Hurt, Udo Kier entre outros mais ou menos consagrados. Afinal de contas, "Melancolia" é um filme do velho continente e, para que a melancolia não vire depressão, deixe-se envolver na personagem de Justine. <br />Fiquemos descansados: não está previsto nenhuma colisão de qualquer cometa ou planeta sobre a terra! Ver "Melancolia" é também uma maneira saudável de sairmos da depressão (essa real) em que vivemos...</p>
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Simplesmente, Fascinante!

Ana Alexandre

O melhor filme que vi neste ano.<br />Lars continua a levar-nos pelos labirintos dos nossos medos e angústias, através das suas personagens, com excelentes interpretações. Gostei de percorrer este caminho! A fotografia é também belíssima!
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Desilusão

Xavier Martins

<p>Estava, confesso, empolgado com a estreia deste novo Lars Von Triers. Mas, depois de tanta expectativa, no meio de tanto alarido uma coisa a reter: o filme é decepcionante, um pomposo e vazio exercício de estilo. Nada mais.</p>.
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Simplesmente Lars

Pedro F. Silva

<p>Lars von Trier conjura novamente a sombra da discórdia sobre o seu nome com a publicação de mais uma obra cinematográfica. A última vez que tal sucedeu corria o ano da graça de 2009 e "Antichrist" estalava como uma bomba no festival de Cannes. Ninguém sabe muito bem quais têm sido as intenções mais recentes deste dinamarquês, contudo, se por algum momento, estas roçaram o desejo de fundar uma nova escola de cinema, conseguiu-o. "Antichrist" foi sem dúvida um primeiro passo importante, "Melancolia" é agora, muito provavelmente, o resultado da maturação desse processo estilístico e é, indubitavelmente, a confirmação do nome de Lars von Trier nos anais da história do cinema.<br /><br />"Melancolia" dramatiza a colisão de um planeta homónimo com a Terra e explora as reações de uma família particularmente disfuncional a este cenário de Apocalipse. A narrativa decorre, à semelhança do que se viu em "Antichrist, por meio de uma divisão em capítulos lembrando muito remotamente Quentin Tarantino. Para este caso particular Lars von Trier escolheu montar a operetta em dois atos que separam brutalmente a ação.<br /><br />O primeiro ato descreve essencialmente algum contexto biográfico das personagens. Neste é-nos introduzida uma família e são exploradas algumas das suas disfunções. Ficamos a conhecer aquilo que se pode designar de personagem principal e um pouco do seu contexto. Quem viu "Antichrist" sabe que as personagens neste universo de Lars não servem quaisquer propósitos extra senão guiarem-no neste exercício camuflado de pura masturbação e descoberta psicográfica. Aqueles que já acompanham o percurso de Lars sabem exatamente ao que me refiro, para aqueles que não o tenham feito fica um pequeno esclarecimento: Lars von Trier não parece preocupar-se em produzir obras que venham de encontro aos possíveis louvores da crítica, ele pretende explorar o seu universo pessoal (não necessariamente biográfico) e muito provavelmente desconstruir psicologias que oscilam quem sabe entre a sua própria e a de outros e mesmo a dos seus espectadores. Todo este processo é construído à custa de um prazer solitário no qual Lars controla todos os ritmos.<br /><br />O segundo ato serve o propósito de preparar todo o floreado necessário à verdadeira índole da fita: a colisão do planeta com a Terra e o clímax psicológico que sucede apenas ao nível do espectador. As personagens-marionete de Lars estão já demasiado entorpecidas, estão frígidas em consequência de um excesso de estimulação desmagnetizante. Nesta altura o espectador está já também completamente absorvido, precisa de respirar, deixar de vez este mundo onde falta o oxigénio. O culminar narrativo é intensíssimo, na verdade, difícil de esquecer e de tirar da cabeça nos dias seguintes à visualização.<br /><br />Assim espremido parece muito pouco, mas este resumo não faz jus ao universo apresentado. Este é um filme de fragmentos. Já assim foi com "Antichrist", o importante não é a união, muito menos a lógica, tudo quanto interessa é a sensação. A imagem é tudo em "Melancolia". Toda a carga dramática, toda a transmissão filosófica, todo e qualquer pequeno detalhe é exibido por meio duma filmagem impecável, de uma qualidade de imagem ímpar e de uma seleção de planos invejável. Este é um universo para ser bebido exclusivamente através do olhar.<br /><br />A crítica classifica a obra como Drama/Ficção Científica. Realmente a componente dramática está muito presente em toda a composição, mas não na sua forma usual através da interação das personagens. Tudo é introduzido de forma implícita e subtil. O simbolismo é levado ao extremo neste mundo de fragmentos. Os diálogos são desprezados. A prosa habita apenas a oscilação de planos da câmara e vive no arrastar lento das cenas, denunciando ao nível técnico a clara inspiração em "2001: A Space Odyssey" de Stanley Kubrick.<br /><br />Não se tente racionalizar esta maneira de viver o cinema, não me parece que este seja o objetivo de Lars. As críticas implícitas como, por exemplo, a discussão muda de cariz mais filosófico sobre a questão da saúde mental humana e outras dramatizações derivadas existem apenas nas entrelinhas. Aqui está a grande genialidade deste filme-fotografia, onde todo o processamento é feito na íris.<br /><br />Por último, deixo uma nota muito positiva a Kirsten Dunst que tem neste filme e até à data o papel da sua vida, como aliás nunca julguei que conseguisse. Dunst despe-se, melhor dizendo) numa sensualidade suprema e numa representação arrebatodora, muito afastada do regime de filme pipoca a que nos habituou em filmes de "entretenimento" como "Spider Man".<br /><br />Em suma, este é sem dúvida um filme a ver. Simpatize-se ou não com a realização, esta é uma obra "de forma" que deixa a biblioteca cinematográfica de qualquer um incompleta, caso não seja vista, pelo menos, uma vez.<br /><br />CLASSIFICAÇÃO: 8/10</p>
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Nauseante, sim. Mas no mau sentido.

Maria Whal

<p>Caramba, empolguei-me tanto com as angústias existenciais da pobre menina rica (angustiaram-me sobremaneira aqueles pequenos-almoços na varanda do palácio sobre os "greens", a devorar croissants mergulhados em chazinho e embrulhados em mantinhas pura lã virgem), mas tanto, aquela questão absolutamente dolorosa do "mas caso-me com este gajo podre de bom e que me adora ou afinal não me apetece é nada" ou ainda aquela outra do "quero morrer, tragam-me as torradinhas à varanda e preparem-me um banho quente" mexeram muito comigo. <br /><br />Consegui perfeitamente entrar no desespero da personagem que se espraiava de mamoca ao léu junto aos fetos de um riacho de águas cristalinas. Despedacei-me interiormente com a verosimilhança de toda aquela imensa depressão afogada em passeios a cavalo pelos bosques e de fatinho "comme il faut". Oh meu Deus, tanta "griffe"! Oh, deuses, tanto cabelo sedoso e sebes aparadas!!!... <br />A angústia cresceu tanto, mas tanto em mim, que consegui adormecer e acordar já quase em cima da explosão planetária final.<br />Enfim, como resumir a coisa lars-von-triana?...<br /><br />Ah, já sei! Uma bela merda.</p>
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O regresso do bad boy de Cannes

Miguel Costa

<p>O "bad boy" de Cannes nunca desilude. E desta vez presenteia-nos com um belo filme sobre o fim do mundo (consequência da aproximação de um planeta gigante que se encontra em rota de colisão com a Terra). Um "filme-catástrofe" à la Lars Von Trier, ou seja, um anti-"Armageddon ou anti "O Dia Depois de Amanhã". De facto, é um filme sem Heróis e sem final feliz; onde não há multidões em pânico e/ou histeria (o apocalipse é-nos mostrado apenas através da visão de 4 pessoas); e a extinção do mundo surge-nos como algo que até nem é necessariamente trágico e/ou catastrófico (afinal como refere uma das personagens, "a Terra é má e não merece que choremos por Ela"), especialmente se nos for "servida" ao som de Richard Wagner e com imagens em ultra "slow motion" (que são autênticas "pinturas em movimento"). A verdadeira catástrofe, tal como em todos os filmes do Lars Von Trier, encontra-se ao nível das relações humanas.<br /><br />Sem dúvida é um dos filmes do ano, a par da "Árvore da Vida" de Terrence Malike (embora sejam antagónicos, pois enquanto este é um quase elogio da morte, o outro pode ser encarado como um elogio da vida) - e o curioso é q ambos foram concorrentes ao prémio de melhor filme em Cannes, tendo o Malicke levado a melhor.</p>
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Excelente catástrofe nauseante

David Bernardino

<p><br />Lars Von Trier, 2 anos depois de "Anticristo", volta a trazer-nos um filme catástrofe nauseante e original. Na verdade, o realizador dinamarquês só não é totalmente original porque acaba por copiar o estilo que já havia ele próprio apresentado em "Anticristo", mas isso não é nenhum defeito, antes pelo contrário, trata-se de uma orgulhosa afirmação. <br /><br />Para nos localizarmos, em "Melancholia" Lars propõe o acompanhamento de duas personagens, mais concretamente duas irmãs. Numa primeira parte focamo-nos em Justine, interpretada por Kirsten Dunst, no seu dia de casamento. Na segunda seguimos Claire, transposta por Charlotte Gainsbourgh (mais uma vez, "Ela" em Anticristo), pouco tempo depois. O nome "Melancolia", além da metáfora para todo o sentimento que acompanha Justine ao longo do filme, bem como o próprio espectador, é o nome atribuído ao planeta misterioso que se aproxima da Terra ao longo dos dois episódios da película.<br /><br />Lars Von Trier traz aqui uma visão muito própria de catástrofe, por um lado o casamento falhado de Justine, por outro o planeta que se aproxima em colisão com a Terra. Esta visão é acompanhada por um estilo artístico único. Veja-se a cena inicial, em câmara lenta, acompanhada por Wagner, Tristan Und Isolde, uma fascinante passagem de imagens, muitas delas com uma simbologia de pesquisa interessante.<br /><br />Ora, este "Melancolia" é um filme simultaneamente grandioso e minimalista. A arte inerente ao planeta que se aproxima, todas as cores e imagens complexas (veja-se a cena em que Kirsten Dunst observa o planeta à beira rio, despida, de noite), atribuem um sentimento de grandiosidade inegável. Um fim fatal para toda a vida que se aproxima com o próprio aproximar da "melancolia". <br /><br />Por outro lado, temos o minimalismo: um cenário apenas, a mansão de Claire e John, onde na primeira parte se realiza o casamento e, na segunda, Claire, Justine, John (Kiefer Sutherland) e o filho de Claire e John esperam, apenas os quatro, a passagem do planeta pela Terra. Não temos acesso a imagens mundiais, telejornais, multidões em pânico nas grandes metrópoles. Nada disso. Nenhum desses clichés dos filmes de apocalipse estão presentes, e isso é simplesmente esmagador. O espectador segue o provável fim do Mundo apenas do ponto de vista destas 4 personagens, numa isolada mansão de campo. Quão mais claustrofóbico se poderia tornar?<br /><br />No entanto, não nos podemos esquecer de que "Melancolia" trata primariamente a incómoda depressão de Justine (ainda que essa seja a metáfora que dá gás a todo o filme), e para isso a primeira parte do filme, a do casamento, é um verdadeiro murro no estômago. É aqui que entram fantásticas, apesar de curtas, participações. John Hurt e Charlotte Rampling como os pais das irmãs, Alexander Skarsgard enquanto marido de Justine e Stellan Skarsgard como seu patrão. Todas as personagens são delicada e pormenorizadamente cuidadas, com características firmes e, sobretudo, realistas. <br /><br />Em termos de prestações, esta é provavelmente a melhor prestação de Kirsten Dunst até à data, tendo ganho o prémio de melhor actriz em Cannes este ano. É complicado ter uma opinião sólida acerca desta actriz. Ora parece uma tonta que faz maus papéis ("Spider Man", "Elizabethtown"), ora aparece como uma actriz de culto em filmes menos comerciais ("Virgens Suicidas", "Eternal Sunshine of the Spotless Mind"). Bem, aqui Kirsten chega de facto a um novo patamar, não fosse Lars Von Trier conhecido por espremer as suas actrizes principais até ao tutano. Quanto a Charlotte Gainsbourgh, Von Trier fez a aposta segura ao trazer a actriz que já tinha feito uma interessante e muito exigente interpretação no seu filme anterior. Kiefer Sutherland está muito bem, como sempre, com um papel à sua medida e que lhe encaixa como uma luva: um homem da ciência bem abastado fascinado pelo aproximar do planeta.<br />Outra nota e que é um ponto muito, muito alto no filme é a banda sonora. Música clássica, ópera, incomodamente invasiva mas sempre justificada!<br /><br />Lars Von Trier regressa então às salas com aquele que é talvez o seu melhor produto até à data, num momento pessoal complicado, em que foi considerado "persona non grata" no festival de Cannes por ter feito polémicas declarações nazis e anti-semitas, tendo sido banido do festival. Se essas afirmações o são ou não depende da interpretação, mas pessoalmente diria que artistas que fogem ao comercialismo alimentador de pipoca gostam muito de por vezes provocar e chocar a audiência, e foi decerto isso que aconteceu.<br /><br />Em suma, é provavelmente um dos melhores filmes do ano e irá certamente valer uma nomeação para Óscar para a sua actriz principal, e merecidamente. Vale muito a pena ver dum ponto de vista artístico, embora seja de complicada digestão.</p>
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Doentio

Francisco Machado

<p>O filme arrasta-se numa evolução demente e paranóica, evidenciando despropositados tiques de pseudo intelectualismo.</p>
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A não perder

Mila Bom

Bela fotografia, excelente luz, argumento interessante, boas interpretações.<br />Gostei muito.
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