Sou o Número Quatro

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Ficção, Acção 110 min 2011 M/12 17/03/2011 EUA

Título Original

I Am Number Four

Sinopse

Chegados à Terra vindos do planeta Lorien, eram nove os guerreiros sobreviventes. Porém, nem todos conseguiram escapar à fúria dos seus inimigos ancestrais, os Mogadorianos: o número um foi morto na Malásia, o número dois em Inglaterra e o número três foi capturado no Quénia. A sua morte apenas pode ser em sequência, o que significa que chegou a vez do número quatro. Agora, para poder escapar, ele tem de se misturar na comunidade humana começando por adquirir o nome de John Smith (Alex Pettyfer). Mas, para que se possa preparar para o que se segue, John terá de aprender a dominar os seus poderes e, numa luta pela sobrevivência, ainda tem de descobrir quem verdadeiramente são os inimigos que enfrenta... Esta aventura realizada por D.J. Caruso ("Paranóia","Olhos de Lince"), foi produzida por Michael Bay, o realizador de "Transformers".<p/> PÚBLICO

Críticas dos leitores

Mais do mesmo

Raúl Reis

Agora que Harry Potter se sente velho para andar sentado nos bancos da escola e que os vampiros da saga Twilight começam a cansar as “velhas” gerações de adolescentes, a corrida a alternativas está manifestamente aberta. Se eu fosse produtor, realizador ou se, em geral, fizesse dinheiro com a indústria da Sétima Arte, sentiria certamente a tentação de aproveitar o filão que a saga Twilight soube aproveitar como poucos. Qualquer argumentista em princípio de carreira sabe qual é a receita. Tudo começa com personagens jovens e atraentes. Os papéis de adolescentes de 17 anos têm de ser interpretados por actores de 25, porque todos os liceais deste mundo têm vontade de atingir rapidamente a maioridade e parecer-se com os jovens adultos que veneram. A seguir, junta-se uma parte de mistério que pode ser explicada através de antigas tradições ou lendas (se forem celtas ainda melhor). Em vez disto, aceitam-se interferências extraterrestres ou poderes divinos (que quase nunca se explicam). O outro ingrediente essencial é uma história de amor. Como sabem todos aqueles que já foram adolescentes (conheço quem não o tenha sido…), nesses anos vivem-se as mais dramáticas histórias de amor que, habitualmente, nem sequer são correspondidas ou tão pouco reveladas. E para bem apimentar a mistura acrescentam-se alguns maus da fita. Aqui a dose fica à discrição do autor, mas convém que estes vilões o sejam mais na aparência que nos seus actos. Ninguém na plateia quer ver o herói sofrer demasiado. Uma receita deste género garante suspiros durante toda a projecção. O efeito mantém-se depois do final do filme com os suspiros de todas as espectadoras: “ele é tão giro…”. Mencione-se aqui o aspecto habitualmente conservador dos argumentos deste género. O público não está preparado para heroínas com dotes sobrehumanos. Por isso, se quiser que o seu argumento funcione, faça como toda a gente e coloque no papel principal um garboso rapaz. A menina será sempre virginal e desprotegida, apesar de poder ter uns acessos de heroísmo que ficam sempre bem e são politicamente correctos (se é que alguém sabe o que isto significa nos tempos que correm). O filme que me provoca esta longa reflexão, pela qual peço perdão, é “Sou o Número Quatro”. Um trabalho que reúne os elementos da receita acima referidos, mas que se esquece de nos contar uma história decente. Senão vejamos. John (Alex Pettyfer) é um adolescente com poderes extraordinários. Ele aparenta ser humano como todos nós (na verdade não, porque é muito mais bonito que a média) mas é o quarto de uma série de extraterrestres que têm por missão proteger o planeta Terra de outros “aliens” com más intenções, os Mogadorians (que de transmontano só têm a persistência). John tem de circular constantemente para não ser descoberto pelos mauzões. Mas, um belo dia, John cruza-se com a bela Sarah (Dianna Agron) e encontra-se diante do mesmo dilema do protagonista de “Twilight”: como esconder da sua amada os super poderes? Sem revelar mais de “Sou o Número Quatro”, resta dizer que John, na sua luta contra os Mogadorians, vai encontrar um aliado do sexo feminino (Teresa Palmer), o que fornece a vertente politicamente correcta. O filme está cheio de efeitos especiais e, por vezes, faz lembrar muitas outras histórias (“Twilight”, “Terminator”, “Superman”, etc.), mas os fãs deste género vão certamente encontrar aspectos agradáveis. Quem procurar acção, tem de ter paciência e esperar pelos últimos 15 a 20 minutos. É aí que os criadores de “Sou o Número Quatro” libertam a criatividade dos seus especialistas em CGI e propõem um verdadeiro festim de imagens e sons, quase como se estivéssemos num arraial minhoto com fogo-de-artifício lançado aos nossos pés.
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