Estão Todos Bem

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Drama 99 min 2009 M/12 25/03/2010 EUA, ITA

Título Original

Sinopse

Frank Goode (Robert De Niro) é viúvo, reformado e um pai dedicado que, aos 60 anos, vive quase exclusivamente para as reuniões familiares em que consegue juntar os seus três filhos: Rosie (Drew Barrymore), Amy (Kate Beckinsale) e Robert (Sam Rockwell).

Quando todos desmarcam as férias há muito combinadas sem sequer lhe darem uma explicação, o velho senhor resolve fazer uma visita surpresa a cada um deles. E é assim que descobre que, afinal, as vidas dos seus filhos são tudo menos perfeitas e que durante todo este tempo lhe estiveram a esconder algumas partes das suas existências para não o desiludirem.

Esta comédia agridoce, realizada por Kirk Jones (Nanny McPhee - A Ama Mágica e O Que Se Espera Enquanto Se Está à Espera), é um remake do filme homónimo, realizado em 1990 pelo italiano Giuseppe Tornatore. PÚBLICO

Críticas dos leitores

Uma viagem de comboio

Raúl Reis

Encontrei Frank Goode no comboio. Quando vi este homem de postura altiva e orgulhosa, com uma certa idade e tendência para coxear, estava longe de imaginar quem ele era. Parecia-se com Robert de Niro mas era mais humano e emocional que a minha impressão do actor americano. Durante alguns minutos, Frank Goode olhou pela janela do comboio como se estivesse a rezar. De repente, voltou ao convívio do compartimento em que só estávamos os dois e explicou-me que antes de se reformar fazia cabos telefónicos. Disse-me que fez milhares – ou seriam milhões? – de quilómetros de fio. Que trabalhou sem parar. Para criar quatro filhos que agora estão muito bem na vida. Apesar de os seus filhos estarem bem, Frank Goode é um homem preocupado. Desde que a sua esposa faleceu, Frank tenta manter a casa em ordem, manter-se vivo e manter o contacto com os filhos. “E isto é o mais difícil”, explicou. Um dos seus filhos é artista plástico e vive em Nova Iorque, o outro é músico e faz parte de uma orquestra reputada. “E tenho ainda duas filhas, duas miúdas maravilhosas; que já não são tão miúdas como isso”. Apesar do que me diz, Frank ainda as vê como crianças; como todos os pais aliás. “Uma delas é proprietária de uma empresa de publicidade e a outra é bailarina em Las Vegas”. Frank Goode contou-me como foi a vida da família. Como lhe custou ultrapassar a morte da mulher. Como ela mantinha a família unida apesar da distância. “Eles passavam a vida ao telefone, os meus filhos e a minha mulher. Agora que ela não está entre nós só me saem atendedores”. Mas Frank sabe que os filhos gostam dele, só que “não têm tempo”. “Todos eles vivem para o trabalho e, a minha mais velha, tem também um miúdo. Sabe como é difícil conciliar a vida profissional e uma família...”. Frank vai visitar os seus filhos. Não os avisou. Quer fazer-lhes uma surpresa. Primeiro quer ir ver David, o artista, a Nova Iorque. Apesar de não o admitir, vê-se que David é o preferido de Frank. “Ele nunca atende o telefone”, queixa-se o senhor Goode. Só depois irá a Chicago ver Amy, a Denver ver Robert e finalmente a Las Vegas, onde está Rosie. Frank aparenta ser um homem robusto, mas observo que toma comprimidos regularmente durante o trajecto. Talvez um problema cardíaco o aflija. Tenho vontade de lhe dizer que de certeza que todos os seus filhos estão bem. Que todos gostam muito dele e que – sem dúvidas – gostariam de passar mais tempo com ele, mas que a vida é mesmo assim, feita de contradições e impossibilidades. Tenho ainda mais vontade de lhe dizer que eu, que também sou filho, tantas e tantas vezes me pergunto porque é que não vou mais frequentemente a casa dos meus pais. Por fim, lanço-me: “Sabe Frank, eu a si não me preocupava; tenho a certeza de que os seus filhos, onde quer que estejam, estão todos muito bem”. Frank não pestaneja. Olha-me nos olhos e diz: “eu sei que toda a gente tem problemas, incluindo eles, por isso não me diga que está tudo bem. E como é que eu posso ter a certeza do que quer que seja a milhares de quilómetros de distância?”. Calei-me. Frank tem razão. Desejei-lhe boa viagem e saí na estação seguinte. Deixei-o a falar com uma velhota que não parava de fazer palavras cruzadas e nos questionava incessantemente com perguntas: “... palavra de três letras, a começar por “p”: homem com progenitura... porque é que eles usam estas palavras caras que ninguém percebe?”.
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Para pais verem

margarida lima

Como se pode achar este filme enfadonho? O pai trabalhou para dar o melhor, mas esqueceu-se da atenção que eles precisavam ("a mãe dizia, mas eu não ligava"). Aquele pai ainda foi a tempo de recuperar os filhos. Um filme para pais e filhos.
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Enfadonho

Peter Lawrence

Se está a pensar ver um filme com alguma comédia, não vá ver este filme. É chato todos os minutos. Muito dramático e enfadonho. Se está muito contente e feliz e vai ao funeral da mãe do seu melhor amigo e pretende dissimular um pouco a sua cara de felicidade, então este é o filme indicado.
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