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Lola

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Drama 113 min 2009 M/12 23/09/2010 FRA, Filipinas

Título Original

Lola

Sinopse

Lola, em filipino, significa avó. O neto de Lola Sepa foi assassinado pelo neto de Lola Puring, ambas são muito pobres e é esta tragédia que ligará o seu destino: uma tentará encontrar forma de pagar o funeral do falecido, a outra, uma maneira de pagar a fiança do assassino. Na primeira audiência de tribunal, o amor e a força das duas vão confrontar-se pois estão ambas dispostas a tudo pelos netos, mesmo que um seja a vítima e o outro o homicida.<br />Realizado por Brillante Mendoza ("Massagista", "Serbis", "Kinatay"), retrata a cultura filipina focando os problemas sociais, a pobreza, a luta diária pela sobrevivência, mas também evidenciando um profundo respeito pelos idosos. Prémio do júri no Festival de Veneza em 2009. <p> </p>PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Lola

Mário Jorge Torres

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Um big bang chamado Brillante Mendoza

Vasco Câmara

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Lola

Jorge Mourinha

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Críticas dos leitores

Avós Lolas

Telmo Fernandes

Eis um filme que dá que pensar, não só pelo que ele é intrinsecamente mas pelo que ele nos diz do estado actual do cinema. Em primeiro lugar, o privilégio que é, nos dias que correm, dominados pela lógica esmagadora 'pipoca+acção+coca-cola+arroto' do circuito comercial, ver um filme de origem filipina. Esse estatuto de privilégio e raridade explica, quanto a mim, o segundo ponto: o do exacerbado estatuto adquirido pelo realizador (pelo menos a avaliar por este filme, o único que vi) e todo o hype bem-pensante que o rodeia. Finalmente, há o filme em si, um simpático mas limitado (não apenas, obviamente, no sentido dos recursos) objecto cinematográfico, que tem como mais-valias duas bravas protagonistas geriátricas (as 'lolas', do título) com quem sofremos do princípio ao fim, para além da curiosidade antropológica do retrato documental de uma Manila miserável, caótica e aquática. Como fragilidades, para mim, um argumento hesitante (aquela da avó aceitar o dinheiro em troca da absolvição do assassino do neto tem que se lhe diga...) e esta pretensão um bocado irritante de fazer passar um filme pela realidade tal como ela é (que tem, como supra-sumos os irmãos Dardenne, criadores de verdadeiras pérolas do cinema de terror). A ver, apesar de tudo (mas sobretudo porque são os tempos que são). PS: a propósito, no Porto a curta-metragem não foi projectada com o filme...
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Continuo aguardando....

Daniela

Continuo à espera que o filme “Lola” chegue ao Porto! Vamos ver se o temporal de ontem não atrasa a chegada! Agora, o que posso fazer, é esperar que a UCI salve a situação - com o filme "Vão-me Buscar Alecrim" foi isso que aconteceu! Que saudades do Nun'álvares de antigamente!!!! Daniela
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Intragável!

Rui Jorge

Intragável... Horrível sob todos os aspectos. Depois há sempre uns iluminados que vêem arte em tudo o que mexe. Duas horas de absoluta tortura, incluindo ainda uma curta-metragem perfeitamente abominável. Assim não há pachorra!
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Lola, Brillante, Lola

Carlos Natálio / http://ordet1.blogspot.com/

Depois do sadismo impossível de Kinatay (2009) - vencedor do prémio de melhor realizador na edição de Cannes desse ano – e dos sorrisos amarelos com que foi presenteado na sua terra natal, Brillante Mendoza precisava urgentemente de se lavar. Aproveitando a eminente estação das chuvas e consequentes inundações nas Filipinas, resolve banhar-se nelas, na sua luz escura, no seu vento, e filmar este Lola. Mas nestas purificações permanece algo que já não se lava, que já não sai: um forte sentido de auto-descoberta artística. Daí, neste melodrama proletário, a câmara de Brillante Mendoza continuar a ser uma espécie de fuzil realista que ora sobe, ora desce, vem, vai, entre as personagens ou para além destas. Contudo, mais do que uma necessidade de nos emergir, o filipino ergue-se como presença opressiva, quase xamanística, no mundo de sacrifício das suas duas Lolas, as duas avós que andam a braços com feridas familiares que envolvem os netos. Um foi assassinado, o outro preso por suspeita da morte do primeiro. Perante isto, Lola quer justiça e Lola também quer justiça. Uma quer enterrar o neto condignamente, escolher o seu caixão e saber quem o matou, a outra libertar o “culpado”, o seu neto, sem que isso da culpa seja um assunto para ali chamado. Se há um lado emocional, lírico, que a ratoeira de Fassbinder sempre procurou esconder, Brillante Mendoza prefere justapor o domínio dos exteriores, como estratégia quase documental, ao domínio da representação naturalista (magníficas interpretações das actrizes filipinas Anita Lindo e Rustica Carpio) e o resultado, um inusitado “lirismo de intervenção”. Joga-se o “pobre” do cinema com o “rico” no cinema para um retrato das diferenças sociais. E essa condição, desperançada, evidencia o imiscuir do social no natural. Do natural, em Lola, salta à vista uma cidade afogada, presa nos ritmos de funerais, de trajectos impossíveis, de estratégias para obter dinheiro. Do social, os tribunais, os créditos, as casas de banho avariadas. Os dois, um. No filme, os elementos, a chuva e o vento são a exteriorização de um obstáculo que é interior, de superação de trauma da morte e prisão de um ente querido. Este reforço da dificuldade material de subir, descer, entrar, não é de somenos. Enquadra-se num obstáculo físico próprio da terceira idade e nesse sentido Lola é um filme sobre o espaço. O espaço entre corredores, portas, barcos, casas - cubículo, passeios, que têm de ser percorridos, que têm de ser sobrevividos. E nisso, sobretudo nisso, o cinema de Brillante é inexcedível, demonstrando um talento quase sobrenatural para construir uma sombra opressiva, comovente, que reclama o centro da nossa observação. Mas, e rendemo-nos a ela? Sim. E o enigma de Lola é exactamente esse. É que essa é uma sombra que vê as personagens tão lá no fundo que os créditos, empréstimos, os seguros, sempre presentes, parecem vir do além. Essa é a demonstração mais perversa, mais adulta do que é viver na pobreza, sobretudo porque isso implica a escolha de amar de uma maneira que os ingénuos pensam menos limpa, mas que os sábios sabem ser mais completa. É esse amor que um neto tem ao seu dispor - nas mangas que a avó lhe traz à prisão, nos pintainhos no caixão - que ironicamente este nunca será capaz de calcular. Ironia em Manila. Mas afinal onde é que Brillante não é assim tão brilhante? A resposta é, nos momentos funcionais, quando a acção ou a cena é clássica e tem de avançar. Como por exemplo nas sequências na polícia ou tribunal. O final deixa uma noção de desesperança, a tal ratoeira onde há que ser prático. Sem que Lola deixe de ser uma fábula sobre o dinheiro e a sua presença vital, não pode também deixar de ser uma história de sobrevivência. Porque é importante que a televisão da existência não seja penhorada, nem sequer apareça desfocada. Os mortos leva-os o rio.
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Bom filme

Carlos

Realmente é lamentável o Porto não ter espaço para filmes que não sejam hollywoodescos. O abandono das salas de cinema na cidade é o reflexo mais evidente da fuga das pessoas para os subúrbios. A cultura no geral não tem espaço nesses ”lugares” individualistas. Adeus Porto! O próximo é Lisboa!
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Porto cinematográfico?

João Gouveia

É lamentável filmes como estes não chegarem cá, ao Porto. É vergonhoso.
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