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Veneno Cura

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Drama min 2007 M/16 15/01/2009 POR

Título Original

Veneno Cura

Sinopse

Segunda longa-metragem de Raquel Freire, depois de "Rasganço". "Veneno Cura" fala de um Porto em que se morre de amor e onde há um clube, o Imperatriz, onde tudo é permitido. Um momento em que todos se cruzam na noite escura. Com Sofia Marques, Susana Vidal, Miguel Moreira e João Garcia Miguel, entre outros. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Veneno Cura

Jorge Mourinha

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Luís Miguel Oliveira

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Críticas dos leitores

Veneno Cura

Conceição D.

Magnífico, este filme da jovem realizadora Raquel Freire. Veneno Cura é prova de que o cinema português pode ser de autor(a) sem perder a capacidade de atrair pela sua narrativa, pela força dos sentimentos em confronto, não deixando espaço para a indiferença do espectador. Filme que expõe a força do (des)amor, à volta do qual gravitam as personagens, em histórias que, tenuemente, se vão cruzando, tendo o rio Douro como pano de fundo verdadeira plataforma onde as personagens, por entre cores sofridas, de algum modo se plasmam com ele, na vida e na morte. A solidão do amor, o desespero absoluto, mas também a força do amor, a conquista da felicidade, misturam-se neste filme duro mas também poético. Convincentes as interpretações dos actores. Banda sonora excepcional. Belas imagens do Porto. Parabéns!
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O porto do Amor...

Rui Rocha

Um filme repleto de conteúdo, onde a tensão emocional é a base de histórias de procura e perda de amores impossíveis. É um filme jovem, português, contemporâneo, emocional, realizado por uma jovem, portanto tem tudo para ser derrubado pela crítica especializada. Como mero espectador, fico chocado com a dureza cruel como a maioria da crítica profissional classifica o cinema nacional contemporâneo. É uma pena que pareça terem de dizer mal, apenas para se sentirem relevantes. A crítica positiva é mais construtiva que o "derrubismo" ou o "bloquismo", saber dizer bem é de importância vital na construção de algo que se quer bom! Eu tive o privilégio de no final ter sido interpelado pela própria realizadora, o que devido à surpresa e ainda a digerir o filme, apenas lhe fiz o justo elogio. Este filme é um marco na estrada que necessariamente será o caminho do cinema contemporâneo português. Para quem não leu... São as palavras da própria realizadora: "Fiz este filme porque neste mundo onde as nossas vidas são cada vez mais precárias, solitárias e frágeis temos que inventar e construir a forma como vivemos os nossos afectos e sim, a forma como amamos. O amor fere, o amor cura. O amor é curarmo-nos dos afectos onde dói mais. Amar é sempre revolucionário. O amor é ‘infinito-bravo’". Raquel Freire
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Um filme a não perder!

Catarina T.

É sobre Amor, sim, e, é profundamente um manifesto sobre o Lugar primordial onde ele começa, onde começa a Política, onde começa a fome, onde começa o olhar, onde começamos a tocar a realidade do mundo: o corpo (sem divisões cartesianas). Falar dos venenos puros: territórios fragilizados, violência, transgressão. A escolha de "mon coeur s'ouvre a ta voix" é ao mesmo tempo facada e abertura. Catarina T.
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Soberbo

Susana A.F.

"Quando perdes tudo o que há para perder, o que é que te faz continuar?" Raquel Freire distancia-se de “Rasganço” e regressa à sua primeira curta-metragem “Rio Vermelho” para, a partir daí, fazer uma obra que se pode qualificar como soberba, divina, que consegue articular o fogo e o gelo em cada um de nós.. Questiona-se a (in)felicidade e o (des)amor, a vida e a morte e trazem-se à luz da tela as entranhas de cada um de nós quando se percebe o tanto que se viveu, mas ao mesmo tempo tudo aquilo que não se viveu porque não se conseguiu alcançar. É o retrato de jovens adultos que transportam consigo as marcas da contemporaneidade, o feminino despido de disfarces ou convenções sociais e um outro masculino nas relações... As cores de uma tela a vermelho e negro, a banda sonora e um leque de actores que tão bem personificam os estados de alma que se quer retratar fazem de “Veneno Cura” um dos melhores filmes portugueses dos últimos tempos.
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Temos o nosso João César de saias!

João Gabriel

Desde o João Cesar Monteiro que não via um filme assim. Cinema-cinema no panorama nacional. Até já tinha perdido a esperança. Esta realizadora é maluca, mas transpira cinema. Tem um universo único. É um autor, não há dúvidas. Temos o nosso João César de saias! Quando leio uma entrevista dela aqui?
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Sensibilidade sem limites

Vasco Trigo

Um filme poético e que aborda novos temas sem pudor ou medos (algo que infelizmente é sempre mal compreendido no nosso país, até pelos mais distintos críticos já não era tempo de arriscarmos um bocadinho?). Grandes interpretações de actores poucos conhecidos, uma banda sonora excepcional, uma fotografia irrepreensível e um argumento que põe o dedo na ferida de um porto cru. A mim emocionou-me e fez-me pensar e isso é que nestes dias mais prezo em qualquer obra de arte. Se viesse de um realizador estrangeiro, não tenho dúvida que seria recebido de forma diferente. Não percam.
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Nao se admite que um filme Portugues nao tenha critica ainda

Eduardo

Até que enfim que temos cinema português que não é às escuras, que não e pudico e que não parece uma peça de teatro feita com uma câmara ao lado. E caso para dizer: TODOS AO CINEMA. A única coisa que não percebo e porque e que o Público ainda não tem uma critica em condições a este filme. Estão à espera de dois ou três dias para dizer mal sem dar nas vistas? O cancro da sociedade e o sistema e os lobbys do dizer mal só por dizer, e dos santos da casa não fazem Milagres.
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Caramba

Samuel

E se, em vez de disparar sem pensar, esperasse um pouco até que os críticos se pronunciassem? Os filmes precisam de discussão inteligente. E, tal como todos os outros, o cinema português produz bons e maus filmes. Quer se goste, quer não se goste.
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