Amanda (Helena Bonham-Carter) quer um filho mas anda ocupada com a abertura da sua galeria de arte. O marido Lenny (Allen), jornalista desportivo, sugere que recorram à adopção. Adoptam um garoto particularmente intrigante, o que leva Lenny a tentar localizar os pais biológicos da criança. Encontra a mãe (Mira Sorvino), que é uma actriz de filmes porno e prostituta ao domicílio. Isto é apenas o início, porque esta comédia delirante que se passa em Nova Iorque, no século XX, ainda vai parar ao Olimpo das tragédias gregas. Depois do traumático "Maridos e Mulheres", e depois do trauma que foi a separação do casal Woody Allen/Mia Farrow, o realizador surgia com uma surpreendente leveza, como se (re)descobrisse o burlesco dos seus tempos iniciais. Não por acaso, também, "Poderosa Afrodite" marcou uma mudança no "casting" dos filmes de Allen, que começava aqui a procurar corpos e rostos diferentes daqueles que vinham constituindo a sua "tribo". Por exemplo, Mira Sorvino, que receberia o Óscar para melhor actriz secundária.

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