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O Labirinto do Fauno

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Thriller, Fantasia, Drama 112 min 2006 M/16 01/03/2007 ESP

Título Original

El Laberinto del Fauno

Sinopse

Espanha, 1944. A Guerra Civil já terminou há cinco anos, mas um grupo de rebeldes continua a lutar, invencível, nas montanhas de Navarra. O Capitão Vidal, um oficial fascista, tem ordens para eliminar os rebeldes nesse território remoto. Ofélia, uma rapariga sonhadora de dez anos, muda-se com a mãe, grávida e frágil, para Navarra, para finalmente conhecer o padrasto, o Capitão Vidal. Mas ele não faz qualquer esforço para se aproximar da enteada. Sozinha, Ofélia procura companhia e amizade em Mercedes, uma cozinheira que trabalha para as tropas do padrasto. Até que um dia, Ofélia, fascinada por contos de fadas, descobre um grandioso labirinto a desmoronar-se atrás da fábrica em que se instalara o padrasto. No centro do labirinto, conhece Pan, um velho brincalhão que diz conhecer a sua verdadeira identidade. Segundo ele, Ofélia é uma princesa, filha desaparecida do Rei das Fadas. E Pan oferece-lhe a oportunidade de voltar ao mundo secreto e governar o reino de seu pai. Mas primeiro, deverá executar três tarefas antes da Lua cheia... E ninguém pode saber, nem a mãe, nem Mercedes, e muito menos o Capitão Vidal, que planeia mandá-la embora. O tempo esgota-se para os rebeldes e para Ofélia. Todos têm de combater a crueldade para conseguirem a liberdade. "O Labirinto do Fauno" foi um dos filmes mais nomeados aos Óscares, totalizando seis nomeações: Melhor Filme Estrangeiro, Argumento Original, Banda Sonora, Direcção Artística e Melhor Fotografia. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Conta-me histórias

Jorge Mourinha

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O Labirinto do Fauno

Vasco Câmara

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Críticas dos leitores

O Labinto de Fauno

Patrícia Mingacho

Este filme é um labirinto de imagens belas, é um constante contemplar do imaginário humano, é um deambular no universo de um conto de fadas para adultos...como transparece beleza, como aquele verde nos leva às profundezas das florestas encantadas onde, na imensidão dos ódios, andam à solta homens maus...<BR/>Poderia contar-se uma breve história acerca deste quadro fantasmagoricamente belo... onde, de uma forma semelhante ao que tinha sentido naquela obra-prima de “A cidade das crianças perdidas” fui catapultada para o mundo de onde todos nós gostaríamos de ter permanecido mais horas para onde, quando o presente assola o nosso pensar, temos vontade de voltar a entrar...<BR/>Tantas ideias que surgem quando o avançar da história nos faz, pela dimensão cruel de certas imagens, reter a respiração, desviar o olhar... e também poderemos descodificar, tal como alguém me disse, o que podemos ver quando negamos o olhar...<BR/>Aquela criança pintada da cor da força, articulada dos bens morais que muitos homens esquecem, faz-nos aplaudi-la e desejar que a humanidade consiga um dia atingir o pedestal da bondade, pela escolha daqueles que são iguais a nós em vez de ambições desumanas...quanto confronto há naquele ser...quantos caminhos que tece e destece, quantas vontades quebradas e, no meio de tudo aquilo, onde reside a verdade e a fantasia tal como no meio de todos nós, onde existe o que realmente é e o que apenas consegue penetrar o nosso olhar, como se de um punhal se tratasse?<BR/>Esta é também uma história de guerra feita de soldados, que embora pudessem ser de chumbo, são humanos...são os facínoras da nossa época, os fantasmas que habitaram aqui tão perto...<BR/>Quantas histórias podia contar com tudo aquilo que o filme transmite...quantas palavras teria que acrescentar para descrever todas as sensações que o filme despoleta...Se há filmes que reúnem em si um universo de atributos este, pela história encadeada de histórias antagónicas, pela perfeição das imagens que alimentam o nosso olhar, pela representação daquela boneca que nos faz querer agarrar consegue deliciosamente aprisionar-nos nessa tela de magia mas também de ódio, sangue e morte tal como a tela timbrada com o cunho da humanidade...<BR/>
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Beleza e brutalidade

Rita | cinerama.blogs.sapo.pt

O realizador de “El Espinazo del Diablo” (2001) e “Hellboy” (2004) constrói em “El Laberinto del Fauno” uma fábula fantástica sobre a Espanha franquista. <BR/><BR/>Em 1944, Carmen (Ariadna Gil) e a sua filha Ofelia (Ivana Baquero) chegam a uma aldeia onde reside o novo marido de Carmen, um capitão do exército franquista obcecado com com o filho que Carmen tem na barriga e com eliminar todos os rebeldes republicanos que combatem a ditadura a partir das montanhas. Entretanto, Ofelia descobre no bosque que rodeia a casa um fauno, uma figura mitológica que a intima a cumprir três tarefas para poder converter-se na princesa que já foi um dia. <BR/><BR/>O filme de Guillermo del Toro equilibra magistralmente o drama individual, o drama nacional e o sobrenatural, este último funcionando como metáfora das atribulações emocionais experimentadas pelas personagens. Entre o tom indiscutivelmente adulto e o tom duvidosamente infantil, em “El Laberinto del Fauno” a fantasia complementa a realidade, simultaneamente reforçando e atenuando o seu impacto. <BR/><BR/>“El Laberinto del Fauno” faz uso da figura circular não apenas na narrativa, mas também visualmente através da repetição, dos reflexos e da memória perdida. De um lado está Ofelia, que tenta recuperar o passado que esqueceu, do outro está o capitão Vidal cujo maior temor é ser esquecido. <BR/><BR/>Este é um filme altamente parcial, onde todos os desalmados militares estão do lado do mal e a heróica resistência republicana do lado do bem. Tendo em conta o resultado histórico dos acontecimentos, só resta a defesa da liberdade de pensamento como única arma contra uma opressão que visa eliminar qualquer sinal de identidade (aliás, a violência em “El Laberinto del Fauno” não raras vezes é feita sobre os rostos das vítimas). Mas a discussão política vai do plano ideológico ao plano moral, onde a morte pode também significar libertação (vide a cena em que Vidal se barbeia). <BR/><BR/>“El Laberinto del Fauno” é uma obra de proeza técnica, com especial destaque para a fotografia (Guillermo Navarro), o design de produção (Eugenio Caballero) e a caracterização (David Martí, Montse Ribé) – todos premiados com um Oscar. Mas “El Laberinto del Fauno” utiliza o género fantástico para um fim mais profundo que a simples auto-contemplação, como sucede muitas vezes. Para isso valem também as fortes interpretações, começando no genial Sergi López (“Harry, Un Ami Que Vous Veut Du Bien”, “Dirty Pretty Things”), passando por Maribl Verdú (“Y Tú Mamá También”) até à jovem e desarmante Ivana Baquero. <BR/><BR/>“El Laberinto del Fauno” transpira um extremo romantismo, com planos lindíssimos e imagens grotescas, e com fluidas transições entre cenas que conduzem suavemente o espectador entre o mundo real e o surreal. Somos colocados perante a evidência do sonho quando Ofelia regressa ao seu quarto de uma das suas incursões ao mundo do fauno por uma porta que contraria todas as leis físicas. <BR/><BR/>Em “El Laberinto del Fauno” a beleza convive de perto com a brutalidade e a crueldade. Realidade é dor, e nós somos reais na medida em que os nossos corpos são marcados. Apenas através da dor física parece ser possível libertar a mente dos seus fantasmas. E depois de uma perseguição final que faz lembrar “The Shining” de Stanley Kubrick, a entrega de uma criança a um mundo limpo deixa-nos a sensação angustiosa e contraditória da possibilidade de felicidade mas também da hipótese de tragédia. <BR/><BR/><BR/>9/10
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Filme Idiota

Anónimo

Este filme parece-me estúpido, e acima de tudo, parvo!
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Inesperado

JOsé Lopes

Muito bom. Não estava à espera e saiu um bom filme.<BR/>A ver, sem a menor dúvida.
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Fascinante!

JoaoYun

Muito bonito. Vão ver!
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Bela supresa

Antoni

Viva o cinema fantástico!
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Um filme fantástico

Marco

De certo que é a melhor fábula que vi nos últimos anos. Um excelente argumento, muito boas interpretações e visualmente o filme roça a perfeição. Aconselho todos a verem-no para que me possam responder ao seguinte:<BR/><BR/>Se este fosse um filme "made by Hollywood" e falado em inglês não seria o maior blockbuster dos últimos tempos e ganharia todos ou quase todos os óscares para que foi nomeado?
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O melhor argumento

TeresaF

A melhor fantasia/realidade que vi nos dois últimos anos.
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O Labirinto do Fauno

João Lamy

Impressionante como este filme nos envolve com toda a sua fantasia e brilhante enredo. Com certeza um filme que vai deixar marca e guiar muitos realizadores...
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Crítica a O Labirinto do Fauno

Faunus

Um filme que de facto é muito bom como foi visivel através das suas nomeações e não só. Não poderemos chamar um filme de fantasia porque embora ela esteja presente, o filme não se baseia apenas nisso e aparece menos do que se esperava (O Fauno aparece em +/-10 cenas, o "homem" pálido só aparece em uma!). Cenas de violência por vezes um pouco fortes e chocantes (aí compreendi o porquê de ser para maiores de 16 anos), mas que vêm mostrar os seus efeitos especiais de grande qualidade. No geral acaba por ser um filme um pouco diferente do esperado, mas mesmo assim, muito bom e recomendável!
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