O Nascimento de Cristo

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Drama 101 min 2006 M/6 07/12/2006 EUA

Título Original

The Nativity Story

Sinopse

A história do nascimento de Cristo. Durante o reinado de Herodes, a cidade de Nazaré é governada com mão de ferro. É um tempo dominado por impostos elevados e pela pobreza. Para assegurar a estabilidade da família, Joaquim decide casar a filha Maria com um homem honrado, José. Maria aceita, desconhecendo que o seu destino a tornará numa das mulheres mais importantes da História. Uma milagrosa gravidez, uma árdua viagem e um amor profundo conduzirão ao nascimento de Jesus.<p/>PUBLICO.PT

Críticas dos leitores

A Palestina de há 2000 anos, tal e qual

Nazaré

Entre "A Última Tentação de Cristo" e "A Paixão de Cristo", houve 16 anos de quase ausência de filmes sobre a vida de Jesus, excepção feita apenas a dois duma série intitulada "Visual Bible" (Evangelho segundo Mateus, e segundo João). O primeiro levou ao extremo uma tendência fantasiosa que levou a incompreensões desnecessárias, apesar dos grandes méritos que tinha, enquanto o segundo trouxe ao de cima um gosto pelo rigor, quanto à letra do Novo Testamento assim como aos factos da História. A história da Natividade, que agora nos chega, é claramente nas linhas desse gosto. No topo das qualidades desta fita coloco o cuidado em reconstituir a vida quotidiana nas aldeias da Galileia, algo que quase não se lê no Novo Testamento por talvez parecer demasiado óbvio a quem escrevia, apenas nos tendo ficado referências ao contexto de opressão e penúria que se vivia então. Aldeias perfeitamente normais, apenas perturbadas pela sombra dum rei-fantoche (Herodes, pelo grande Ciarán Hinds), e dum exército pagão ocupante.<BR/><BR/>Com esta fita é-nos possível entender como, mesmo que sem negar a tradição judaica, a vinda de Jesus significou várias rupturas com costumes e modos de pensar, e logo desde a sua concepção. Só por isso, o filme é uma revelação. Mas há a própria vivência de Maria e José, admiravelmente representada por um par de actores muito bem escolhidos e dirigidos (Keisha Castle-Hughes, Oscar Isaac). E há a cena do nascimento e da adoração pelos pastores e pelos Magos, uma visão — não há outro termo — plena de beleza e drama, transmitindo-nos ao mesmo tempo a humildade e a transcendência daquele momento.
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A derradeira perspectiva feminina

Ângela Ribeiro

Acredito que o sr António Cunha não viu o mesmo filme que eu. O melhor que este filme tem, no meu humilde entender, é a confrontação do público com duas realidades: a juventude de Maria que se depara com um compromisso arranjado pela família, com um homem que mal conhece e com a Responsabilidade Divina que lhe foi destinada e um José que não tinha experiência nenhuma de parteiro, atrapalhado e apaixonado. É um filme que mesmo sem sabermos, adivinharíamos realizado por uma mulher; realista, contextualizado na história, sem falsos "dourados", que pode ser visto por qualquer pessoa de qualquer religião. Para mim, enquanto cristã, só lamento ser falado em inglês e não em aramaico (língua dos pobres), senão seria quase perfeito, o Rei dos Reis nascido entre os mais pobres dos pobres...<BR/><BR/>Nota: respeito os filmes das décadas de quarenta e cinquenta, mas estes não foram tão fiéis à história quanto este é, que revela estudo e respeito pelos textos evangélicos. Ah, e quanto aos reis magos, nunca tinha pensado que eles fossem acompanhados pelos criados, mais um pormenor importante, adorei... "Estarolas", disse?
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A Natividade

António Cunha

Porque é que este filme tem o título, em português de Portugal, "O Nascimento de Cristo"?! Senhores tradutores, existe uma palavra para isso: Natividade, tal como no título original, "The Nativity Story"! Este filme parece feito para uma hipotética audiência perdida algures nos anos cinquenta do século XX. Aliás, diria mesmo que parece ter sido realizado nessa altura, porém sem o brilhantismo que alguns filmes dessa época carregam (como por exemplo, "Ben–Hur", de William Wyler, 1959). Catherine Hardwicke, a realizadora, não nos consegue levar às alturas com este filme (nem com nenhum outro que tenha feito). Penso que qualquer outro realizador teria feito um trabalho muitíssimo melhor. E esta história merecia realmente uma realização apaixonante, tudo o que falta a este filme.<BR/><BR/>Os três Reis Magos parecem os três estarolas de tão ridículos e Heródes é tão previsível que até aborrece. O anjo que aparece a Maria nem sequer comento... Escapam os dois actores principais, Keisha Castle–Hughes (Maria) e, principalmente, Oscar Isaac (José). Keisha, ainda assim, longe da sua notável interpretação em "Whale Rider – A Domadora de Baleias" (que lhe valeu uma nomeação a melhor actriz principal nos Óscares 2003). Até a música de Mychael Danna empalidece no meio de tanta banalidade. E não há muito mais a dizer… Nota: 1/5.
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