Corrigindo Beethoven

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Drama 104 min 2006 M/12 16/11/2006 ALE, EUA

Título Original

Copying Beethoven

Sinopse

A poucos dias da estreia da Nona Sinfonia, Beethoven (Ed Harris) precisa de ajuda para transcrever as partituras. Anna Holz (Diane Kruger), uma jovem estudante de música no Conservatório de Viena, acede prontamente em ajudá-lo, apesar de conhecer o difícil carácter do compositor. Anna é arrastada para o difícil e tempestuoso mundo de Beethoven, mas vê a oportunidade como um momento único por estar a participar na criação mais sublime e espiritual do compositor. <p/>PUBLICO.PT

Críticas dos leitores

Fraco

miguel

Achei o filme bastante fraco. Inclusive a cena da 9ª parece-me ridícula com a intervenção da actriz a comandar os gestos do compositor… Prefiro mil vezes fechar os olhos e escutar esta obra na aparelhagem. O filme está cheio de frases feitas e de momentos desinteressantes. Acho-o superficial, sem nunca atingir uma dimensão poética. A única coisa menos má acaba por ser o desempenho do actor principal. No fundo foi uma perda de tempo. Para quem procura um filme sobre a vida de grandes compositores, daqueles que até agora vi recomendo o excelente “Chopin Vontade de Amar” (titulo em português)
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A emoção da grande música

Rita (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)

1824. Anna Holz (Diane Kruger) uma jovem de 23 anos, estudante de composição no conservatório de Viena, é enviada como copista para trabalhar com Ludwig Van Beethoven (Ed Harris), que está a terminar a sua Nona Sinfonia. Anna vê esta oportunidade de trabalhar com o seu herói (um "monstro" intimidante) como um caminho para o seu próprio sonho de compor as suas próprias obras. O argumento de Stephen J. Rivele e Christopher Wilkinson ("Nixon", 1995) faz uso de uma personagem ficcional para se centrar nos últimos anos de vida do famoso compositor, quando a surdez conduziu a sua criação artística por novos caminhos. Infelizmente, este novo "biopic" de Agnieszka Holland ("Total Eclipse", 1995) não traz nada de novo sobre este génio louco, cujo isolamento e revolta são apenas reflexos de uma profunda necessidade de afecto. "Copying Beethoven" limita-se a contar superficialmente uma história vulgar, quase feminista, do olhar inocente que vê o lado humano por trás da excentricidade e que através da perseverança consegue ganhar o respeito e a admiração desejadas.<BR/><BR/>É só já perto do fim que "Copying Beethoven" aflora os temas interessantes do papel do artista na sociedade, a dualidade entre arte e comércio e a visão religiosa da música, como uma bênção e como a linguagem de Deus.<BR/><BR/>Ed Harris ("A History of Violence") é um grande actor, mas Beethoven é uma personagem grande demais. Até para ele. Ainda assim, a química com a actriz alemã Diane Kruger ("Frankie") funciona bastante bem, especialmente quando a relação entre ambas as personagens se altera em virtude da primeira apresentação pública da Nona Sinfonia. Mas, por outro lado, "Copying Beethoven" tem outras personagens totalmente dispensáveis como é o caso de Karl (Joe Anderson), o sobrinho de Beethoven, e Martin Bauer (Matthew Goode), o namorado de Anne, que parecem surgir apenas para efeito de conflito, sem qualquer influência no desenrolar da narrativa.<BR/><BR/>Apesar de não ser uma grande obra, este filme é sobre uma grande obra. E a câmara de Agnieszka Holland é profundamente musical. E, se de repente, ficamos com pele de galinha no meio de cinema, com o peito apertado e o olhos marejados de emoção... isso pode bem ser a Nona Sinfonia de Beethoven. Nota: 5/10.
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Entre o melhor e o pior

Nazaré

Pontos altos desta fita: 1. Ed Harris parece ter nascido para ser Beethoven no écran. Muito mais do que uma peruca e uma barriga, este tão subestimado actor norte-americano enverga uma personalidade e um carisma que muitos tentam e quase nenhum consegue. Magnífico. 2. Toda a cena da estreia da Nona Sinfonia é uma autêntica proeza cinematográfica, em que a condensação do tempo não sacrifica, até evidencia, o efeito avassalador que terá tido essa audição para os abençoados por lá terem estado em 1824 — um acontecimento que ecoou por todo o século XIX na Europa. A obra é ouvida duma ponta à outra, mas de forma resumida por saltos muito bem calculados, e o pormenor da marcação do tempo pela copista pode parecer anedótico, mas é uma maneira brilhante de evitar que seja um mero concerto encravado dentro do filme, a continuidade é perfeita.<BR/><BR/>3. O argumento (a chancela dos argumentistas de "Ali" e "Nixon" é aqui bem patente) oferece-nos uma interessante meditação sobre o que foi a actividade criativa do grande compositor naqueles últimos anos de vida — daí que o título original tenha um sentido mais amplo: a sombra do Beethoven clássico (como exemplificado pela lista de sonatas de piano) era de tal maneira omnipresente que parecia impossível a todos, incluindo ao próprio, escapar-lhe. Aquele a quem chamavam o anti-Cristo da música criou obras livres dessa sombra para poder chegar mais perto do que ele próprio sentia como a presença divina através da música. E se não o compreendiam, era porque a expectativa era sempre a de uma nova cópia. Quem era surdo afinal? 4. A música é interpretada impecavelmente.<BR/><BR/>Isto, para dizer que vale a pena ver esta fita, apesar de tudo. Pois é claramente deficiente em muitos aspectos, e ainda por cima há cenas confrangedoras (como a do ditado musical no leito da morte) que, para além de serem uma cópia (de "Amadeus"), são cópia adulterada. Tendo em conta a categoria dos argumentistas e da realizadora, será culpa da produção? Para mim, a melhor representação deste compositor ainda é o telefilme inglês dum ensaio da sinfonia "Bonaparte/Eroica" ("Eroica", 2003).
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