Alex Rider: Operação Stormbreaker

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Aventura, Acção 93 min 2006 19/10/2006 GB, ALE, EUA

Título Original

Stormbreaker

Sinopse

Baseado no primeiro livro da série Alex Rider, de Anthony Horowitz, que foi um sucesso de vendas, é a história de um adolescente de 14 anos que se torna agente secreto. Depois da morte do tio, espião, que o protegia desde a infância, Alex é recrutado para ser agente secreto dos serviços britânicos e trabalhar infiltrado. Mas será que Alex consegue desempenhar esse trabalho e mesmo assim lidar com todas as crises de adolescência? Alex Pettyfer, o protagonista, já destronou o mais famoso agente secreto do mundo, 007 - James Bond - para as adolescentes dos países em que o filme estreou. <p/>PUBLICO.PT

Críticas dos leitores

Operação: franchise

Carlos Natálio - www.c7nema.net

Ano 2000 – o escritor, dramaturgo e argumentista Anthony Horowitz escreve "Stormbreaker", trazendo para o universo literário infanto-juvenil as aventuras de Alex Rider, um espião britânico adolescente. O livro, beneficiando das iniciais ondas de sucesso dos primeiros "Harry Potter" e da crescente expectativa que se criava à volta da adaptação de J.R.R. Tolkien, acaba também ele por ser um sucesso. Nos anos seguintes, Horowitz lança mais cinco livros, planeando para breve o sétimo e último livro (mais uma vez, na esteira do ciclo de J.K. Rowling) das aventuras de Rider. Ano 2006 - Geoffrey Sax realiza "Stormbreaker", primeira adaptação ao grande ecrã do herói adolescente. O núcleo deste "Stormbreaker" pretende lançar outro "franchise" britânico (estando já prevista a adaptação cinematográfica de toda a série) com base em três linhas ficcionais. A primeira, o já referido background literário, nas pegadas do mágico de Hogwarts (alvo aqui de um esperado "gag"). A segunda trata de partir do universo narrativo das "crianças espiões", já experimentado em "Spy Kids" ou "Agent Cody Banks", actualizando o preceito a um público mais velho.<BR/><BR/>Por fim, e em consequência da ideia anterior, o ter um herói mais velho permite "reutilizar", numa perspectiva juvenil, fragmentos do universo de James Bond, o maior dos espiões. No meio de todas estas coordenadas, a obra de Geoffrey Sax parece-nos um objecto perdido. Tudo porque ao invés de conjugar bem todos estes níveis, investe em cada um parcelarmente. Assim, é verdade que estamos perante o mais básico dos "setups", de correspondente início de saga (o "velho" herói que deixa o seu lugar - neste caso, o tio Ian Rider - e o passa à jovem "esperança" que tem de tomar o seu lugar, enfrentando uma fase de aprendizagem). Mas a opção concretizada na transposição de Horowitz passa sempre por adaptar cada elemento em si ao público-alvo.<BR/><BR/>O resultado é um argumento singelo e descomplicado, sendo que a sua inverosimilhança surge na medida da infantilização de quase todas as suas personagens e intenções. Convivem assim a mais dura das motivações do herói para a aventura (a morte do seu parente e chantagem dos serviços para quem trabalhava, no sentido de Alex Rider vingar a morte do tio) com o mais infantil e despropositado móbil de acção de um vilão de que há memória.<BR/><BR/>Ainda outro paradoxo. Do alto do seu grande orçamento de "blockbuster", "Stormbreaker" aposta, e bem, nas vistosas sequências de acção e na boa preparação do seu protagonista Alex Pettyfer (escolhido num "cast" de entre mais de 500 candidatos), contrastando, no entanto, com a fraqueza das restantes personagens, estas de uma estilização que pretende aligeirar o filme, mas acaba por traí-lo. Entre os casos mais notórios estão uma anedótica versão de Q, encarnada por Ian Hunter (que receita cremes mortíferos para o acne), o génio do mercado informático Darrius Sayle (Mickey Rourke, versão "xico-esperto") e seus directos ajudantes: a robótica e germanizada Nadia Vole (Missi Pyle) e uma homenagem cabotina a Lon Chaney, no desfigurado Mr. Grin (Andy Serkis). O filme conta ainda com muitos outros nomes de peso, entre eles, Ewan McGregor, Alicia Silverstone ou Bill Nighy, claramente tentando tirar o melhor partido desta aventura, um pouco "alien" aos seus respectivos universos.<BR/><BR/>Resta-nos identificar "Stormbreaker" como um primeiro passo desordenado e sem força para um "franchise" que certamente cumprirá mais as expectativas da faixa etária abaixo da do herói. Ironicamente, permanece irresolvida a questão que abre o filme. Questão essa colocada por um professor durante uma aula de Alex Rider: "What defines us?". É simples perceber o que define Rider, mais difícil será certamente extrair semelhante conclusão quanto ao filme. Nota: 4/10.
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