A Nossa Música

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Drama 80 min 2004 M/12 20/01/1999 FRA

Título Original

Notre Musique

Sinopse

Jean-Luc Godard, um dos realizadores da Nouvelle Vague francesa, regressa com um filme dividido em três partes: o Inferno, o Purgatório e o Paraíso. No Inferno, ao som do silêncio, excertos de música e quatro frases-chave, imagens de guerra, destruição, aviões, tanques, batalhas, explosões, tiros, execuções, países devastados, aldeias destruídas. No nível seguinte, o Purgatório, somos transportados para a Sarajevo actual, para uns Encontros Europeus de Literatura em que se cruzam personagens reais (entre as quais o próprio realizador) e ficcionais. Alguém visita a Ponte de Mostar, que está a ser reconstruída e simboliza a passagem da culpa ao perdão. No Paraíso, uma jovem mulher - que vimos no Purgatório - sacrifica-se e encontra a paz na água numa pequena praia guardada por Marines norte-americanos. <p/>PUBLICO.PT

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Críticas dos leitores

A história da Humanidade

Patrícia Mingacho

"A Nossa Música" é feita de ódio, de morte e de lágrimas... A guerra tem sido contemporânea da existência da Humanidade... São estas algumas das frases com que conseguimos catalogar a primeira parte do filme, tão bem apelidada de Inferno. Tendo como "pano de fundo" uma música de uma força incrível, somos bombardeados com imagens de guerra de um realismo tal que nos fazem tremer. E a cortar estas imagens temos fundos negros que nos deixam confrontados com a sensação de destruição - e a frase constantemente repetida: "Perdoai-nos uns aos outros assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido... apenas da mesma maneira como nós perdoamos a quem nos tem ofendido"... Depois temos o Purgatório, onde passeamos por Serajevo destruído pela guerra, cidade que transpira misticismo. E nesse caminho somos agraciados com frases de uma sensibilidade extraordinária: "Quem mata um homem para defender uma ideia, não defende uma ideia... mata um homem...".<br/><br/>As frases repetem-se e nós, que ainda estamos a pensar na anterior, somos novamente bombardeados com novas ideias, novas convicções. "Porque é que as revoluções não são feitas por homens mais humanos? Porque os homens mais humanos não fazem revoluções, fazem bibliotecas". É um percurso à espiritualidade de nós próprios e ao vazio dela dentro do espaço da Humanidade. No fim, como não podia deixar de ser, encontramos o Paraíso. Será ele o espaço para onde foi Olga ou será o espaço para onde acreditava que iria?<br/><br/>Um filme obrigatório para quem procura num filme mais do que o mero processo lúdico, para quem um filme é um confronto de ideias, um processo de reflexão. Um filme que nos faz acreditar que o mundo seria menos monocromático se fosse repleto da sensibilidade daqueles homens. Uma viagem à tolerância da diferença. Em suma, uma obra-prima, digna de um mestre como Jean-Luc Godard.
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"A Nossa Música" é feita de ódio, de morte e de lágrimas... A guerra tem sido contemporânea da existência da Humanidade... São estas algumas das frases com que conseguimos catalogar a primeira parte do filme, tão bem apelidada de Inferno. Tendo como "pano de fundo" uma música de uma força incrível, somos bombardeados com imagens de guerra de um realismo tal que nos fazem tremer. E a cortar estas imagens temos fundos negros que nos deixam confrontados com a sensação de destruição - e a frase constantemente repetida: "Perdoai-nos uns aos outros assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido... apenas da mesma maneira como nós perdoamos a quem nos tem ofendido"... Depois temos o Purgatório, onde passeamos por Serajevo destruído pela guerra, cidade que transpira misticismo. E nesse caminho somos agraciados com frases de uma sensibilidade extraordinária: "Quem mata um homem para defender uma ideia, não defende uma ideia... mata um homem...".<br/><br/>As frases repetem-se e nós, que ainda estamos a pensar na anterior, somos novamente bombardeados com novas ideias, novas convicções. "Porque é que as revoluções não são feitas por homens mais humanos? Porque os homens mais humanos não fazem revoluções, fazem bibliotecas". É um percurso à espiritualidade de nós próprios e ao vazio dela dentro do espaço da Humanidade. No fim, como não podia deixar de ser, encontramos o Paraíso. Será ele o espaço para onde foi Olga ou será o espaço para onde acreditava que iria?<br/><br/>Um filme obrigatório para quem procura num filme mais do que o mero processo lúdico, para quem um filme é um confronto de ideias, um processo de reflexão. Um filme que nos faz acreditar que o mundo seria menos monocromático se fosse repleto da sensibilidade daqueles homens. Uma viagem à tolerância da diferença. Em suma, uma obra-prima, digna de um mestre como Jean-Luc Godard.
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