Godard, O Temível

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Comédia Dramática, Biografia 107 min 2017 M/14 24/05/2018 ITA, FRA

Título Original

Le Redoutable

Sinopse

Paris, 1967. É durante a rodagem do filme "O Maoísta" que o já aclamado realizador franco-suíço Jean-Luc Godard se apaixona irremediavelmente por Anne Wiazemsky, uma actriz alemã de apenas 20 anos, que virá a tornar-se sua musa. Um ano depois, já casados, ambos parecem ter alcançado alguma estabilidade. Mas, ao perceber a péssima recepção da crítica especializada ao filme, Godard deixa-se afundar numa crise existencial que se agrava com a instabilidade social originada pela revolução de Maio de 1968. Tudo isto deixará marcas profundas na sua forma de ser e na forma como conduzirá a sua carreira daí em diante.
Com realização e argumento de Michel Hazanavicius ("Agente 117", "The Search", "O Artista"), um filme biográfico sobre uma época determinante da vida de Jean-Luc Godard – o multipremiado realizador de "O Acossado" (1960), "O Desprezo" (1963), "Pedro o Louco" (1965), "Fim-de-Semana" (1967), "Número Dois" (1975), "Eu Vos Saúdo, Maria" (1985) ou, mais recentemente, "Filme Socialismo" (2010) e "Adeus à Linguagem" (2014). "Godard, O Temível" adapta a obra "Un An après", da autoria de Anne Wiazemsky (falecida em Outubro de 2017) e tem Louis Garrel, Stacy Martin, Bérénice Bejo, Micha Lescot e Grégory Gadebois como protagonistas. PÚBLICO
 

Críticas Ípsilon

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Luís Miguel Oliveira

Godard? É apenas a caução de Michel Hazanavicius para filmar rabos de raparigas com caução.

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Críticas dos leitores

3 estrelas

José Miguel Costa

“Godard, o Temivel”, a biografia (em registo cómico) de um período temporal limitado (1968 a 1970) do famoso cineasta franco-suiço sob a perspectiva de Michael Hazanavicius (tendo por base o livro de memórias da sua ex-mulher, a actriz alemã Anne Wiazemsky), por certo, irá colocar os cabelos em pé aos cinéfilos puristas. Aqui d’el rei que está a "blasfemar-se" contra o príncipe da nouvelle vague, ao transfigurá-lo através de uma obra não “hermértica” e acessível ao grande público (que horror!!). <br /> <br />Verdade que o filme não prima pela “profundidade”, nem tem por objectivo constituir-se como um documento histórico, no entanto, não é de menosprezar que dá-nos a conhecer (mais que não seja “pela rama”) a crise de identidade que se apoderou do mesmo à data (motivada sobretudo pela má recepção critica ao seu filme “O Maoista”, a radicalização politica em consequência do efervescente Maio/68 e pelo declínio da paixão da sua diva Wiazemsky) e que serviu de catarse transformadora no seu percurso cinéfilo, culminando no divórcio da nouvelle vague (e consequente criação do “Grupo Dziga Vertov”, com a proclamação da célebre frase “O Cinema Morreu, Godard Morreu”). <br />Em simultâneo, somos confrontados com o processo de cristalização dos aspectos mais negativos da sua personalidade (antipatia, egocentrismo, arrogância intelectual, insegurança, instabilidade emocional … ) que o tornam irascível para todos aqueles que o rodeiam. <br /> <br />Hazanavicius fá-lo de um modo não disruptivo (sem “queimar a imagem” do realizador e/ou efectuar quaisquer juízos de valor – nós até acabamos quase por “percebê-lo”/desculpá-lo … “coisas de génio”!), simples (não confundir com “simplório” – até porque destaca-se pelo seu elegante formalismo estético) e genuinamente divertido/satírico (sem resvalar na caricatura excessiva). Para além do mais, que melhor homenagem poder-lhe-ia ser feita do que ser encarnado pelo talentoso “menino bonito” Louis Garrel (que, provavelmente, tem aqui o papel da sua carreira).
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