Western

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Drama 119 min 2017 21/06/2018 ALE, BUL, Áustria

Título Original

Western

Sinopse

<div>Um grupo de trabalhadores alemães chega a uma zona remota da Bulgária para construir uma central hidroeléctrica. Ali, a maioria deles  adopta uma atitude de superioridade em relação aos habitantes locais, o que rapidamente os torna indesejados. A única excepção é Meinhard, um homem tranquilo e pouco dado a excessos que, por isso mesmo, depressa começa a ser ostracizado pelos colegas. Com o tempo, Meinhard (Meinhard Neumann) começa a fazer algumas amizades junto da  população. Com eles, apesar das diferenças culturais e da barreira linguística, vai descobrir um sentimento de comunidade que nunca tinha experienciado na sua própria terra…</div> <div>Estreado na secção “Un Certain Regard” no Festival de Cinema de Cannes, um filme dramático sobre preconceito, rivalidade e poder, escrito, produzido e realizado pela alemã Valeska Grisebach (“És a Minha Estrela”, “Sehnsucht”). PÚBLICO</div> <div> </div>

Críticas Ípsilon

A grande cowboyada europeia

Luís Miguel Oliveira

Um olhar, um gesto, uma maneira particular de mexer as ancas (como nos westerns…) pode ser toda a razão de ser de um plano. É um muito, muito bom filme.

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Críticas dos leitores

Western

cdds

Filmado em jeito de western (nos enquadramentos das personagens e das paisagens, nos tiques dos atores e no ascendente da força física ou armada nas relações pessoais), insere um elemento diferente: a importância do respeito assente no reconhecimento da diferença do(s) outro(s). Parece coisa pouca, mas não é. Os jogos de poder manifestam-se pelos diferentes recursos que os personagens exibem, surgindo o respeito como um recurso inalienável e de difícil salvaguarda, dando origem ao clima de tensão que a realizadora mantem ao longo de todo o filme. O cenário é em território europeu com os seus espaços em disputa constante por parte dos que entendem poder exercer e legitimar o seu ascendente, seja económico, tecnológico ou cultural, mas que disfarçam mal o seu verdadeiro objetivo que não é ter apenas uma influência reconhecida, mas sim submeter o outro ao seu domínio.
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Filmado em jeito de western (nos enquadramentos das personagens e das paisagens, nos tiques dos atores e no ascendente da força física ou armada nas relações pessoais), insere um elemento diferente: a importância do respeito assente no reconhecimento da diferença do(s) outro(s). Parece coisa pouca, mas não é. Os jogos de poder manifestam-se pelos diferentes recursos que os personagens exibem, surgindo o respeito como um recurso inalienável e de difícil salvaguarda, dando origem ao clima de tensão que a realizadora mantem ao longo de todo o filme. O cenário é em território europeu com os seus espaços em disputa constante por parte dos que entendem poder exercer e legitimar o seu ascendente, seja económico, tecnológico ou cultural, mas que disfarçam mal o seu verdadeiro objetivo que não é ter apenas uma influência reconhecida, mas sim submeter o outro ao seu domínio.
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Filmado em jeito de western (nos enquadramentos das personagens e das paisagens, nos tiques dos atores e no ascendente da força física ou armada nas relações pessoais), insere um elemento diferente: a importância do respeito assente no reconhecimento da diferença do(s) outro(s). Parece coisa pouca, mas não é. Os jogos de poder manifestam-se pelos diferentes recursos que os personagens exibem, surgindo o respeito como um recurso inalienável e de difícil salvaguarda, dando origem ao clima de tensão que a realizadora mantem ao longo de todo o filme. O cenário é em território europeu com os seus espaços em disputa constante por parte dos que entendem poder exercer e legitimar o seu ascendente, seja económico, tecnológico ou cultural, mas que disfarçam mal o seu verdadeiro objetivo que não é ter apenas uma influência reconhecida, mas sim submeter o outro ao seu domínio.
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Comentário a um leitor comentador

Maria Silva

O José Miguel Costa, leitor/ comentador, devia passar a ser crítico oficial do Público, pois os seus comentários são de um rigor e de um bom senso, sem os intelectualismos dos "oficiais" (maior parte das vezes pedantes e pseudo-) deste jornal. Sigo sempre as recomendações do JMC e nunca me decepcionaram. Posso gostar mais ou menos, mas são apreciações sempre muito realistas, lúcidas, fáceis de perceber.
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3 estrelas

José Miguel Costa

"Western" (escrito e dirigido pela alemã Valeska Grisebach) não é um filme de cowboys em terras do Tio Sam (aliás, se se atender exclusivamente ao seu ritmo quase poder-se-á defini-lo como um "anti-western"). No entanto, a escolha deste título não deixa de ser apropriada se considerarmos a ironia e a metáfora narrativa que lhe está subjacente, na medida em que explora as questões inerentes às deficientes/desequilibradas relações intraeuropeias, nomeadamente no que concerne à tentativa de total hegemonia política e económica (imposta arrogantemente, sem qualquer esforço de diálogo e/ou respeito pelas diferentes identidades sociais e culturais) promovida pelos impiedosos "colonos" alemães para com os "países parentes" (aqui representados através da Bulgária) mais pobres (e nessa perspectiva poder-se-á encará-lo como um autêntico western do século XXI no velho continente).

As criticas ao colonialismo dos tempos modernos, rivalidades/ tensões nacionalistas e preconceito(s) é levada a cabo num tom que roça o registo documental (em modo de "realismo contemplativo"), com uma singela simplicidade (sem necessidade de apelar a clichés fáceis/ generalistas e moralistas - apenas lhe interessa descrever as dinâmicas interrelacionais) e uma grande habilidade narrativa (não seguindo quaisquer trilhos expectáveis ao colocar-nos perante um grupo de homens alemães rudes - na generalidade actores amadores, incluindo o enigmático e solitário protagonista - e incapazes de criar laços/comunicar com a população nativa da região na qual se encontram a trabalhar num projecto de construção de uma central hidroeléctrica, por julgarem-se superiores devido à sua ascendência germânica - excepção feita ao "dito cujo" protagonista, alegadamente anti-social e desenraizado).

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